Capítulo 30

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Sem Revisão...😔
   #4 interracial 👏
#penúltimo capítulo

    Henry estava a quase uma hora parado, olhando fixamente para o reflexo a sua frente. Seu semblante é de  tristeza. Acabara de enterrar as suas filhas. O caixão tão pequeno, quanto elas. Toda a família estava lá. A dele e a de Analu.
  O irmão da mulher que amava, estava em fúria. Não aceitava que aquilo tivesse acontecido a sua irmãzinha. Tudo por culpa do Henry, pensava. Se minha irmã não tivesse conhecido esse maldito, nada disso teria acontecido. Era o que dizia, em pleno ato de fúria.
Analu, não pôde comparecer ao enterro das pequenas. Ainda estava hospitalizada. Frágil e inconsolável.
  "Minha irmã estaria muito mais feliz, se não tivesse te conhecido" foi o que disse. Aquilo tocou o mais profundo de Henry. Ele sabia que era verdade. Mesmo que indiretamente, contribuiu para tudo o que está acontecendo. Estava devastado. E ouvir aquelas coisas não estavam ajudando em nada com o sentimento de culpa.
  A mídia estava em cima. De algum modo, toda a vida do casal foi divulgada para uma revista de fofoca. Diziam ser fontes seguras. Anônimas. Mas Henry sabia exatamente de quem se tratava. Isso só contribuía para todos os sentimentos negativos que estavam se aflorando dentro do homem piorassem. Dor, revolta, medo, culpa. E o mais destrutivo de todos os sentimentos e desejos. Vingança. Henry não enxergava que, a mesma revolta que sente agora, foi a que impulsionou seu atual inimigo contra si. Porém a dor o cegava. Sempre o cegou. Não sabia lidar com aquele sentimento.
Henry não conseguia perceber que a mulher que amava, estáva agora numa cama de hospital precisando de todo o seu apoio. Que a dor que ele sente agora, está sendo dez vezes pior para a  mulher. Ela sequer teve a chance de ver as filhas ou tocar nelas. Não pôde ir ao velório e enterro. Estava magoada. Henry não havia ido visitá-la uma vez sequer, desde que tudo aconteceu. Analu entendia. Sabia o quão difícil era para Henry, lidar com toda essa situação. Sofreu demais. Mas, ela só queria que passassem por isso juntos, como uma família. Mas a individualidade do Henry sempre falava mais alto. Analu não é de se abater com qualquer coisa. Sempre foi uma mulher muito forte. Desde jovem. Entretanto, aquilo tudo era novo para ela. Sua vida virou de cabeça para baixo. Conseguiu o emprego dos sonhos, se apaixonou, engravidou. Teve a vida ameaçada diversas vezes e por fim, perdeu os seus tão aguardados tesouros. Era demais para uma mulher. Perder um filho nunca é fácil. Elas não tiveram sequer uma única chance. O destino estáva sendo cruel demais.

    Analu passou sete dias internada. Todos os dias, sua família ia visitá-la. Até mesmo o David, foi vê-la. Se tornaram grandes amigos. Conversavam sobre tudo. Até a pequena Izzie, já conheceu.
  Hoje, a mulher recebeu alta. Estava terminando de se vestir, quando ouviu batidas na porta. Seu coração disparou em expectativa como todas as vezes que ouvia baterem na porta, mas logo tratou de se acalmar. Já havia se conformado que Henry não lhe visitaria ali. Sem problemas. Veria ele em casa, lhe daria uma bronca e depois, um milhão de beijos para matar a saudade. Sorriu. "Entre" ela disse ainda sorrindo. O primeiro sorriso sincero que deu, após tudo que aconteceu. E o motivo desse sorriso era ele. Henry. Estava de costas para a porta, não viu quem entrou. Mas se foi permitido pelos seguranças, era alguém de confiança. Continuava distraída. Quando sentiu o cheiro dele tão próximo. Sua pele se arrepiou inteira. Coisa que não passou desapercebido pelo homem. Sorriu.
"Um beijo pelos seus pensamentos" ele disse, tão próximo que Analu precisou segurar na parede a sua frente, para não cair. Aquele homem a impactava demais. Perdia todo controle. Ela ficou de frente para ele e o abraçou. Tão forte que se fosse possível, entraria em seu peito e se guardaria ali. Eternamente. Choraram. Choraram tudo o que tinham para chorar. sentiram-se melhor. Era daquilo que precisavam. Apenas um do outro.

   Foram para casa deles. O apartamento. Henry já havia retirado tudo que pertencia as meninas. Não queria ter que olhar todos os dias para a sua eterna dor. Não aguentaria. Nem a Ana. Ela também não suportaria.
O caminho foi feito em completo silêncio. Apesar de estar livre do hospital, Ana ainda se sentia cansada. Dormiu quase que todo o caminho. Henry apenas a admirava. Como era linda e cheia de vida. Mesmo de aparência cansada e um pouco mais magra, continuava perfeita. Ela merecia viver bem. Com alguém que não a magoasse tanto. Sim. Era o que ela merecia. Mas, Henry é egoísta demais para permitir que, o amor da sua vida fizesse um outro alguém, além dele feliz.

   "Amor, chegamos" disse Henry do lado de fora do carro, esperando apenas que ela acordasse. Admirando-a. Não se cansava de fazer. Ela sorriu.
"Desculpe. Eu acabei dormindo" ela respondeu um pouco sem graça. Henry ajudou-a a sair. E foram caminhando a passos lentos até o elevador do prédio. As mãos de Analu, suavam demasiado. Estava nervosa e com medo de voltar ao apartamento. A pior noite da sua vida começou nesse lugar. Não era apenas isso. Temia ver as coisas das suas filhas no quarto. Não aguentaria.
  Tomou algumas respirações profundas e seguiu. O tempo todo com as mãos dadas ao seu noivo. Ele era a sua fortaleza e ela a dele. E continuaria sendo assim, se dependesse apenas dela. Porém não dependia.

    Olá manas... Desculpem o desaparecimento! Sinto-me envergonhada com isso.
Como vocês estão? Espero que bem! .
Eu continuo na mesma vibe de sempre... Devagar quase parando! Hahahahah espero que gostem do capítulo. Preciso dos comentários de vocês... Enfim. Aproveitem o capítulo beijocas. Penúltimo 😫

 
  

Aceito o Desafio  [Livro 1] SENDO REVISADOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora