Capítulo 27 (Parte Kai)

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Aceitar a verdade às vezes é doloroso. Eu tenho que fingir ser um idiota, até que isso acabe. Claro, minhas tentativas o machucaram e me fizeram me arrepender.

Eu tive que ver suas lágrimas uma e outra vez, mas continuei a fingir que não sabia de nada. Ainda sentados um ao lado do outro, falando sobre minha nova namorada. Vi ele se forçar a sorrir tristemente. Tudo isso foi desconfortável e doloroso para ambos.

Depois que a reunião geral do fim de estágio estava completa, decidi que era hora de terminar a farsa com a Prao. Após isso peguei minha moto e fui visitar um amigo de uma escola de artes, para escapar dos meus problemas

Seu nome é P'Ton, ele é um veterano do 4 ano de uma outra universidade. Ele começou seu estágio este ano, então ele alugou uma casa grande com três ou quatro outros amigos e também está usando a casa como estúdio. Dormir em um beliche por alguns dias não será um problema. Claro que espero mais. Não espero que eles resolvam os meus problemas, apenas me distrair já é suficiente.

"Entre, entre. Você realmente veio?" O homem magro e com bigode me cumprimentou. Como sempre, apareci apenas com uma mochila e o Charlie.

"Estou estressado, vamos beber"

"Droga Kai. Essa casa é um estúdio, não um lugar de se embebedar.".

"Você tem garotas para chamar?"

"Você está me ouvindo?"

"Estou entrando. Em qual cama vou dormir?"

"Debaixo da minha cama."

"Ok!".

Eu já estou aqui por vários dias. Eu usei meus veteranos como parceiros de bebida. Mas não disse nada mais profundo do que isso. Os dias foram gastos com bebidas e cigarro. As garrafas foram se amontando na frente da casa, que dava até para montar uma fábrica de reciclagem. Quando tinha tempo livre ficava vendo eles editarem os vídeos e a noite bebíamos de novo.

Hoje é meu quinto dia aqui e, tudo continua o mesmo.

"Algumas das minhas calouras estão vindo hoje!" disse um dos veteranos, nos assentimos concordando.

Quinze minutos depois, ouvimos um som de carro e de vozes vindo do lado de fora. P'Ton se levantou para abrir a porta. Quatro das cinco mulheres vieram em nossa direção para nos cumprimentar.

"Olá, hoje à noite, viemos beber um pouco com vocês esta noite."

A casa que o P'Ton dissera não ser um lugar de bebedeira, se tornou totalmente o oposto. Todos continuam bebendo e conversando. Quanto mais a música ia tocando, mas divertido ia ficando. Eu estava intoxicado com álcool. Mais uma vez, uma jovem se sentou em meu colo e começou a me beijar.

Minhas mãos varriam o corpo dela. Nós nos agitamos assim por um bom tempo, antes deu segurar o seu rosto e beijá-la. Nós nos beijamos em silêncio, como beijei tantas outras mulheres, mas porquê ...

Por que a imagem do Third apareceu em minha mente.

Nossas bocas ainda estão conectadas. Eu tento pacientemente continuar, ela também tenta cooperar. Mas finalmente paramos.

Eu me lembro do beijo no Third. Penso no seu rosto cheio de lágrimas. Penso no... tempo que passamos juntos...

"Droga!" Eu exclamei como se eu pudesse limpar o peso no meu coração. E continuei xingando em voz alta até que as pessoas ao redor se viraram para me olhar.

Por quê? Por que não posso esquecê-lo?

Eu só posso sentar e baixar a minha cabeça. Não me sinto bem, de repente sinto um calor nos meus olhos. Não... eu não estou chorando...

A Gangue Dos Selvagens (Livro PT) 'Revisão'Where stories live. Discover now