Capítulo 18 (Parte Third)

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Um assobio soou alto nos meus ouvidos. A luz do sol que entrava pelas cortinas me acordou. Abri os olhos e me vi enrolado em um cobertor grosso. Em frente ao armário, meu amigo amoroso, assobiava alegremente enquanto se arrumava.

"Eu estou indo para a aula."

"Por que você não me acordou?"

"Eu tentei te acordar cerca de meia hora atrás. E você falou que não ia para aula hoje."

"Droga, quando eu disse isso?"

"Volte a dormir. Nós ficamos assistindo filmes até de manhã. Além disso você ainda não está pronto para enfrentar o Kai, certo?" As aulas de hoje são assuntos leves, e eu realmente ainda não estou pronto para encarar o Kai.

"Obrigado pela preocupação, você dormiu bem?"

"Meu querido amigo, eu tenho um encontro depois."

Esse é o meu amigo. Too é incansável quando se trata de garotas. Se eu pudesse ser como ele. Não precisar pensar muito, não me preocupar em dar o meu coração para ninguém. Pois no final, ninguém pode garantir que o amor dure como o esperado.

"O leite está na geladeira e o cereal no armário." Too repetiu novamente.

"Er, obrigado."

"Se você ficar com preguiça de sair à tarde, há uma caixa de arroz na geladeira. Você pode aquecê-lo no microondas e comer."

"Eu não sou uma criança."

"Bem, para mim é."

"Hum, nos vemos."

Ele acenou pra mim, colocou a bolsa no ombro e saiu. Eu fiquei sozinho deitado na cama. Peguei meu telefone e corri a tela para cima e para baixo repetidamente. Eu não sei o que fazer.

Se me sinto sozinho? Sim, eu estou preste a morrer de solidão. Mas logo eu me acostumarei com esse sentimento. Passei o dia no quarto. Não entrei em contato com ninguém. Até que às cinco da tarde, escutei uma batida na porta.

Tok, tok, tok ...!

Eu estava assistindo a um filme no sofá, e tive que levantar para abrir a porta. Enquanto caminhava, pensei em como brigar com o Too, ele provavelmente tinha esquecido as chaves e, agora me fazia ter que abrir a porta para ele. Eu abrir a porta pronto para gritar com ele, mas eu engoli as palavras, pois parado em frente a porta, estava outra pessoa.

"Kai ..." eu murmurei o nome dele. Ele estava usando o uniforme de estudante, parecia cansado e estava olhando pra mim.

"Uh ..."

"Uh ... é ..." nós ficamos atordoados por um longo tempo. Não me atrevi a dizer nada, pois aprendi que o silencio é uma forma de me proteger.

"Eu trouxe as anotações para você." Finalmente, a pessoa a minha frente falou primeiro.

"Obrigado." Eu estendi a mão e peguei as anotações dele. O ar a nossa volta pareceu parar. Já não somos tão próximos, para conversamos naturalmente.

"Você está doente?"

"Não, apenas com preguiça, você ... quer entrar?" O cara alto assentiu. Eu caminhei de volta para o sofá. Na TV estava passando um filme antigo. Kai manteve uma certa distância de mim, e eu não fiz objeção.

"Eu estou aqui, não apenas para lhe dar as anotações."

"..."

"Eu vim me desculpar. Eu não deveria ter dito o que disse ontem. Eu realmente não quis dizer aquilo de verdade."

A Gangue Dos Selvagens (Livro PT) 'Revisão'Where stories live. Discover now