Ja esta quase na hora, terminarei de me vestir e seguirei para busca-la. Sinto-me inteiramente feliz com tudo, posso até estar parecendo um bobo apaixonado e meloso, com todo esse papo clichê de amor, mais fazer o que se é assim que eu me sinto. O susto que eu tomei, não foi nada comprada a minha cara de espanto. A Charlie esta simplesmente, pelada em minha cama. Cubro os olhos, sentindo cada vez mais raiva dessa mulher.

__SAI AGORA DO MEU QUARTO CHARLIE__ grito sem paciência.

__Ah, irmãozinho. Não faz isso comigo. Eu sei que você gosta do que vê__ se insinua, vindo em minha direção.

__Não chegue mais perto, ou eu não responderei por mim__ ameaço me afastando.

__Vai me bater, como fez antes? e se a sua escravazinha, descobrisse que você gosta de bater, o que ela acharia disso ãn?__ mais uma vez se refere a Analu dessa forma, só que infelizmente não posso me aproximar ou descobrir os olhos. Maldita.

__SAI__ Grito mais uma vez impaciente.

__Saio sim, mais saiba que isso não vai ficar assim. A concubina vai ter o que merece e você vai se arrepender do que esta fazendo__ sai apressada do quarto, agora enrolada na minha toalha. Não posso acreditar, a Charlie esta completamente maluca. Precisarei ficar de olho nela. Furioso, termino de me vestir e rumo até a casa da minha amada, só ela agora para fazer eu me acalmar. Sinto os nervos a flor da pele. Tomo alguns comprimidos que estão dentro do carro, afim de relaxar.

   Paro em frente ao prédio e entro. O porteiro, apenas libera a minha passagem e eu subo animado para ver a minha garota. O elevador demora séculos a chegar no andar. Porém ás 07:00 em ponto toco a campainha e aguardo. O amigo da Ana chamado Ray que eu conheci no outro dia atende a porta. Ele veste um terninho rosa com brilho e usa um perfume extremamente doce, que me embrulha um pouco o estômago. Sinto vontade de tampar o nariz, mais me contenho. Ele estende a mão em  minha direção e eu fico sem saber o que fazer. Não vou tocar nele.

__Lo que tiene y hermoso, Tiene que grosero_ diz, torcendo o nariz, e dá passagem para que eu entre.

__Boa noite__ digo formalmente.

__Ai, falando assim eu me derreto. Que voz grossa e máscula__ ele diz e toca meu ombro. Nesse momento prendo a respiração, evitando me mover. Não sei o que fazer. Só quero que ele pare de me tocar imediatamente. Estou suando frio só de imaginar toda a sujeira em suas mãos, sendo passada para mim. A milhões de bactérias e germes me fazem tremer de medo.

__Ray, o que eu falei sobre encostar?__ Ouço a voz mais melodiosa que ja ouvi. Analu vem andando pelo corredor, simplesmente maravilhosa. Esqueço de respirar. Não sei mais para que serve.

__IIH, desculpa senhor tic nervoso. Eu não quis__ Quase não ouço o que ele diz, não fosse pelo infame apelido.

__Senhor quem?__ pergunto só para confirmar.

__Ninguém. Vamos logo amor, não quero me atrasar__ Pega em minha mão e me arrasta para fora do apartamento. __Fecha a porta quando sair__ diz rapidamente ja se encaminhando para o elevador.

__Eu ainda quero saber que apelido é esse__ digo sério. Mas logo depois sorrio com aquilo. O caminho até minha casa foi rápido. Conversamos bastante sobre tudo. Com ela tudo se torna mais fácil. Chegamos.

__Preparada amor?__ pergunto confiante.

__Com você? sempre__ responde convicta. Então vamos né.

    Abro a porta de casa e meus pais como de costume estão sentados na sala de visitas. Minha mãe quando percebe a nossa presença, levanta e vem em nossa direção. Para a nossa frente e nos encara sem dizer uma palavra. O clima fica tenso. A mulher ao meu lado aperta a minha mão com mais força, retribuo o aperto. Minha mãe sorri e corre abraçando a Ana.

Aceito o Desafio  [Livro 1] SENDO REVISADOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora