Doze - Ela não tem nome e você não tem segredos :D

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A moça deu um gole na cerveja. Fez uma careta e cuspiu de volta no copo.

— Tudo bem? – Se viu na obrigação de perguntar. Era tãaaao prestativa.

A loira imediatamente olhou para Alycia, aparentando alívio por ela ser uma garota.

— Acho que não estou mais acostumada com sabor de cerveja. –  Sorriu sensual e mordeu os lábios. Alycia franziu o cenho interessada. O ar sério da loira era atraente, provavelmente ela estava na universidade. – A cerveja na Austrália é mais fraca.

— Austrália? – Alycia sorriu, surpresa. – Que lugar da Austrália?

— Sidney.

Os olhos dela brilharam.

— Meu pai é Australiano, passei boas férias em Sidney. Você nasceu lá?

— Que legal. – A loira sorriu e acrescentou, rapidamente: – Sim, nasci lá, mas talvez eu tenha perdido o sotaque.

— Então o que uma Australiana faz perdida nessa cidade e aparentemente sozinha?

A desconhecida deu um sorrisinho tímido e curvou os ombros, como se tivesse conversando consigo mesmo antes de responder:

— Eu terminei a faculdade a dois meses e acabei de arrumar um emprego. Então decidi beber pra comemorar, e você?

Alycia ergueu-se, encostando-se na bancada bem de frente a loira que acompanhou com os olhos a movimentação. Quando Evans estava apenas um braço de distância, ela teve mais certeza que aquela moça de brilhantes e audaciosos olhos verdes era ainda mais bonita de perto. Muito.

— Briguei com minha prima. – Respondeu. Contaria só um pedaço de toda a história, a loira poderia imaginar o que quisesse. – Agora me pareceu uma boa coisa, senão eu não teria encontrado você. – Ela completou, sem perder a oportunidade de flertar.

A moça exalou com os lábios entreabertos. Alycia era tão confiante, que sua voz podia hipnotizar as mulheres, e ela tinha convicção disso.

— Você parece ser o tipo que sabe exatamente o que dizer pra deixar alguém envergonhada.

— Não queria te envergonhar, – Evans se aproximou mais um pouco com os olhos fixos no dela. – Eu só sou sincera.

—É uma coisa boa. Uma coisa muito boa.

A música parecia que tinha ficado mais alta, ou as duas doses e rum que Alycia tomou estavam começando a fazer efeito. O fato é que a cada minuto seu desejo de beijar aqueles lábios rosados aumentava. Ela podia sentir os olhos azuis observando-a. Se fosse em outra ocasião ela teria avançado o sinal, mas era diferente... Não diferente ruim. Apenas diferente.

— Hum, eu tenho que ir. – A moça disse, com um sorriso meio bêbado.

— Posso te levar até a saída?

— Na verdade, você poderia me levar pra qualquer lugar agora. – Ela olhou a moça por sob as sobrancelhas em pé.

Alycia se levantou deu um último gole em seu rum, e pegou em as mãos delicadas, puxando para a saída traseira da boate, trombando alguns visitantes que ferviam na pista, mas duvidava que alguém estivesse fervendo tanto quanto elas duas. As mãos suadas, os corpos tremendos de ansiedade pela antecipação, como se cada passo adiasse o deleite.

Quando chegaram na parte de trás do Cassino, e notaram que estavam sozinhas, Alycia só teve tempo de sorrir antes de seus lábios serem atacados.

Suas mãos subiram pela cintura delicada, e encontraram abrigo no seu rosto, onde ela segurou delicadamente. Não sabia se estava sendo muito delicada ou muito apressada, mas o gemido que seguiu a mordidinha que ela deu naqueles lábios respondeu sua pergunta. Alycia sentiu vontade tirar a sua roupa, de tirar a roupa da loira.

Teoria do amor ao caos ✔️Where stories live. Discover now