Oito - Diet coke, batom e maconha

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— Menos significa que minha amiga que também é minha carona ainda não chegou porque está me fazendo perguntas bobas. – Ela ouviu o som da gargalhada de Sophie na ligação. – Olá, Sophie...

— Olá, Mimi. – A voz da amiga surgiu novamente.

— Vá se foder, eu já estou indo pra ai. Em cinco minutos esteja pronta ou vai ficar sem carona. Bye, vadia.

Camila desce as escadas rapidamente e chega até a sala onde Sinu vê um programa de culinária na TV. A mulher olha a filha de cima a baixo e faz um sinal com um polegar erguido.

— Você está maravilhosa. – Os lábios de Cami repuxam levemente para cima montado um sorriso sincero. – Nem acredito que a minha pequena ninã está se tornando essa mulher linda e confiante.

A mãe dá um beijo demorado no rosto de Camila.

— Mãe! – Ela reclama, mas ainda sem deixar de sorrir. – Eu não sou uma ninã.

— Pra mim sempre vai ser uma ninã. – Insistiu, acariciando o rosto da filha. – Lembre-se, nada de bebidas alcoólicas, nada de garotos arrogantes e não traga nenhum bebe pra essa casa.

— Zero possibilidade disso acontecer.

— Divirta-se, Kaki.

Mila dá um breve sorriso pra o apelido, lembrou-se que aquele apelido tinha tudo de seu pai e família feliz que eles um dia foram que agora sumia no tempo como uma mera lembrança.

—Obrigada, mama. – Deu um beijinho no rosto da senhora e tentou forjar seu melhor sorriso. Não queria que sua mãe soubesse das coisas que afligia. Não era culpa dela de qualquer jeito

. Uma buzinada alta, colocou ponto final na interação entre mãe e filha.

— Vá antes que Dinah Jane deixe alguém surdo.

Mila sorriu uma última vez pra sua mãe antes de sair pela porta encontrando suas duas amigas sentadas no capo do carro, numa cena atípica. O carro conversível da mãe de Dinah, chamava atenção de quem passava pela rua.

— Sua mãe tem muita coragem de deixar o carro dela na sua mão. – Mila provocou assim que alcançou a calçada. – Quem você matou pra conseguir?

A última vez que tinha saído com aquele carro, Dinah tinha se chocado contra algumas latas de lixo do velho senhor Maricke. O resultado foi serviço comunitário para loira e os delinquentes durante duas semanas. Até aquele dia as orelhas de Camila esquentavam com tudo que ouviu da sua mãe quando ela foi na delegacia da cidade buscá-la.

— Usei meus métodos de persuasão. – Dinah respondeu com um sorriso presunçoso. Ela olha Camila de cima a baixo e exclama da maneira mais Dinah de ser. – mama, uau! Você está linda.

— Será que a Cami quer impressionar alguém? – Sophie entrou na brincadeira.

A cubana revira os olhos, pois sabia de quem elas falavam.

— Calem–se, estou linda pra mim. – Mila contestou, mas obviamente que a ideia de Lauren babando nela tenha roçado suavemente no seu cérebro.

— Bem, vamos logo, tenho certeza que essa festa não vai começar sem as três espiãs demais. – Mila e Sophie se encaram um segundo antes de caírem no riso. – Vocês só estão rindo porque não tiveram infância. – Dinah provocou as amigas com um sorriso meio carrancudo.

As três amigas se vestiam de maneira diferente, cada uma evidenciando seu estilo próprio. Dinah usava seu conjunto branco de top e saia curta, com saltos que deixavam seu corpo bonito ainda mais bonito. Já Sophie tinha optado por calças jeans de cintura alta e uma blusa baby look com all stars brancos nos pés, deixando os cabelos ruivos soltos numa cabeleira semelhante a lava. A habilidade da ruiva de fazer a roupa mais básica se tornar uma tendência sempre contava ao seu favor.

Teoria do amor ao caos ✔️Where stories live. Discover now