SPOTTED: Behind the Gossip (Leighton e Ed - Gossip Girl)

Capítulo 50 - The ice is getting thinner

Tradução: O gelo está ficando mais fino.
(Da trilha sonora de Gossip Girl)

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"Nós não somos os mesmos, querida, que costumávamos ser. As estações mudaram e nós também. Havia pouco a dizer, e também pouco poderíamos fazer para impedir o gelo de ficar mais fino abaixo de mim e você. Nós enterramos nosso amor na sepultura de Windsory. Junto veio a neve, era tudo que havia restado. Mas ficamos juntos ao seu lado, enquanto os dias tornavam-se semanas. E o gelo continuava se afinando com cada palavra que nós dissemos. E quando a primavera chegou, nós fomos pegos de surpresa, quando o fluxo abaixo de nossos pés seguia em direção ao mar. Nada fora deixado para eu e você. Nós não somos os mesmos, querida e parece-me que há mais lugares para onde ir com nada abaixo nossos pés. E me entristece dizer, mas nós dois sabemos, bem, que é verdade que o gelo está ficando fino abaixo de mim e você.
O gelo está ficando fino abaixo de mim e você."

(Death Cab for Cutie, The ice is getting thinner)

O video está fixado no topo do capítulo. Recomendo a você dar o play no momento indicado para acompanhar a cena e sentir as mesmas emoções como as de alguém que está assistindo a um filme. Espero que gostem! Boa leitura <3

LEIGHTON

Tudo que eu queria era um pouco de paz!

Na quinta à noite, cheguei ao consultório da doutora Horton às 8 em ponto. Precisava remover aquele peso das minhas costas após mais um dia de trabalho martirizante. Havia acabado de finalizar uma externa com o Penn e a Michelle e, após passar uma tarde inteira sem vê-lo, eu me sentia mais que pronta para me abrir com alguém que não pudesse me julgar. 

Após uma semana de completo caos no trabalho e na vida, decidi que era hora de abrir o jogo com alguém que não pudesse me ajudar a enfrentar toda aquela situação antes que o estresse me mandasse de volta para o hospital.

Adentrei à sala bem decorada quando notificada por Christina, a assistente da doutora.

Fazia uma semana que eu não ia às nossas consultas, e eu não conseguia esconder minha aflição por meio de minha expressão. Ela indicou com a mão o acento a minha frente e tomou o caderno de anotações, indicando que tudo estava pronto para iniciarmos.

— Eu o deixei ir. — Falei de uma vez ao sentar-me de frente para ela em um confortável sofá grafite.

— E como você se sente sobre isso? — Era assim que nos cumprimentávamos em todas as consultas. Eu surtando e ela me fazendo querer surtar ainda mais.

— Péssima! Parece que eu nunca vou me recuperar. Está me sufocando e sinto como se isso fosse me matar. Isso não pode significar algo bom! Quer dizer, eu tive de deixá-lo ir. Ele precisava ir. Estar comigo não era seguro para ele. — Eu falava sem parar, dominada pela angústia de ter minha alma livre da dor.

— Você o ama? — Ela perguntou sem rodeios e, pela centésima vez, me vi sem reação.

— Não tenho certeza se devemos chamar isso de amor. Atualmente, eu venho dizendo a mim mesma que é, mas eu logo mudo de ideia e fico transitando entre o sim e o não o tempo todo. Neste exato momento, por exemplo, eu já acho que não.