Capítulo 22 - Run away

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Tradução do título: Fuja

"You came round makin' me feel so sweet. You made me fall hard. You made me want you man and nothing more. You made me say, "Oh my God". But lately I'm finding we need some reminding. Run away home with me. Run away into our past. Run away, let's kick around all we've had and lost." | Você veio fazendo sentir-me tão doce. Você faz eu me apaixonar profundamente.Você me faz querer você cara e nada mais. Você me faz dizer, "Oh, meu Deus!" Mas ultimamente tenho achado que precisamos de alguma lembrança. Fuja para casa comigo. Fuja para nosso passado. Fuja, vamos descobrir tudo que tivemos e perdemos."

(Leighton Meester, Run Away)

**escutem esse hino durante a leitura. Está no topo da página

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Um mês depois...
Manhattan, Dezembro de 2007.

O despertador soou tão sútil naquela manhã de sexta que o alarme passou quase que despercebido. Abri apenas um dos olhos, com muita dificuldade, e não encontrei a claridade. A persiana cinza bloqueava toda a passagem de luz e, por um minuto, pensei que ainda era noite e eu estava adiantada. Voltei a fechá-lo e relaxei o corpo, sentindo a inconsciência ameaçar o meu despertar, quando uma mão pesada afagou meus cabelos.

— Bom dia, raio de sol. Te vejo mais tarde! — Ed sussurrou, tão próximo a mim, que seus lábios roçaram minha testa e uma onda elétrica se espalhou por todo o meu corpo.

Sempre era difícil dizer adeus a Ed. Principalmente após aquele acidente fatídico que quase pôs a perder tudo que havíamos conquistado e que comprometeu, por completo, a minha sanidade mental.

Um mês havia se passado desde então e eu ainda me pegava pensando nas palavras que saíram da minha boca no momento de desespero. Foi um alívio saber que ele não pôde me escutar, estava claro que era da boca para fora. "Eu te amo?" Mais deplorável, impossível. Pelo menos, era nisso que eu me forçava a acreditar.

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Um mês atrás...

Após o acidente, Ed foi levado ao hospital, às pressas, imobilizado de uma maneira que fazia tudo parecer mais grave. Um grupo com, aproximadamente, vinte curiosos acompanhava toda a movimentação como se tivessem sido pagos para ficarem plantados ali. Por sorte, o motorista do veículo era um figurão em Nova York e se prontificou a resolver as questões burocráticas para manter aquele caso longe da mídia. 

Expliquei aos paramédicos a situação de Ed e falei que seus documentos certamente estariam no bolso traseiro. Não pude acompanhá-lo pois não tínhamos nenhum grau de parentesco.

Quando a ambulância deu partida, Blake, Chace, Penn, Taylor, Stephanie, Josh e até mesmo Sebastian saíram correndo do hotel e pareciam já estar cientes do ocorrido. No momento em que Blake perguntou como ele estava, comecei a chorar, copiosamente. Apenas repetindo as palavras "eu não pude fazer nada! Eu não pude pedir perdão por ter brigado com ele". Sem muito a dizer, ela apenas me abraçou e deixou que eu colocasse todas as lágrimas acumuladas para fora. Não sabia se chorava por medo ou remorso, mas eu não conseguia parar.

Já era madrugada e estávamos há horas sem obter nenhuma notícia dele. Eu cochilava sobre o ombro direito de Chace, com uma mão sobre a de Blake, quando o médico responsável pelo caso do Ed, finalmente, apareceu com um prontuário na mão.

— Os acompanhantes do senhor Edward Gregory Jack Peter Westwick.

Pulamos de nossos acentos de uma vez. Stephanie e Josh se prontificaram em atender ao profissional e a angústia teve fim por alguns segundos.

SPOTTED: Behind the Gossip  (Leighton e Ed - Gossip Girl)Where stories live. Discover now