Capítulo 10 - 4 in the morning (versão estendida)

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— É claro que ele não está bem, Super Girl. Ele bebeu quase tudo que tinha no bar, comprou vários tipos de drogas e eu já perdi as contas de quantos maços de cigarro ele fumou.

— Não é isso que vocês fazem aqui? — Falei com estranheza e chequei o ambiente rapidamente. Ed corria sérios riscos de vida. E não era pelo risco iminente de receber uma bala no peito.

— Você está tirando uma com a minha cara? — Ele jogou o cigarro no chão e amassou pisoteou com força. Meu coração achou o caminho até a boca em fração de segundos. — No final de tudo, ele tentou ir embora escondido sem pagar um centavo. Quando os caras ali foram cobrar, — Ele apontou para os outros homens que o cercavam com as pernas afastadas e os braços cruzados — ele começou a dizer um monte de palavrões e distribuiu socos, como se estivesse certo. Mas, aqui não toleramos esse tipo de afronta. Ainda mais com viadinhos britânicos. — Ele falou impaciente.

— Viadinho é o seu pai, seu babaca! — Ed gritou, despertando do momento de transe. Contive a vontade de rir daquela resposta. Acho que era o nervosismo. Nunca havia passado por uma situação como aquela.

— Agora você morre, filho da puta. — Ele desarmou o gatilho e se preparou para atirar. As pessoas se alarmaram e começaram a se afastar.

— Ed, seu idiota, cala essa boca! Você quer morrer? — Falei em tom baixo, com os dentes cerrados, para impedir a leitura labial. Minha respiração estava pesada e minhas pernas tremiam como se não tivessem ossos pra sustentá-las.

— Sai da frente, magrinha. Anda! — Ele gritou.

— Tudo bem, eu saio — Estendi ainda mais as mãos — Mas, deixa eu levar ele comigo. Ele é um idiota... — Abaixei os braços lentamente e dei um tapa no braço dele. — Que não sabe o que faz. — Bati novamente — Você está fazendo merda o dia todo, será que não aprende? — Falei enquanto distribuía tapas nele, eu estava tão dominada pela raiva que não me preocupei com a reação do valentão que nos observava.

— Ai, Leigh... — Ele disse com dificuldade, devido à embriaguez.

Neste exato momento, eu percebi que os homens nos observavam com diversão nos olhos e feições sarcásticas, como se fôssemos dois palhaços em um circo.

— Quer saber, moço? Me dá essa arma que eu mesma quero fazer isso. — Eu gritei furiosa e estendi a mão em direção ao homem que ele se esquivou.

— Ficou maluca, menina? — Ele guardou a pistola no suporte da calça.

— Fiquei! Eu estou enlouquecida com ele. Todo dia é a mesma coisa. Lembra de quando eu disse que era só uma amiga? Quem me dera! Quem me dera... Infelizmente eu casei com esse traste — Apontei para ele e cerrei os lábios. — A gente tem um bebê em casa e ele vem fazer essa vergonha na rua. — Baixei os olhos para parecer sentida com a situação. Ed não se pronunciou. Parecia estar vivendo uma aventura estilo "Lucy in the sky with diamonds". Eu não me importava com o que ele ia dizer ou pensar, mas foi o melhor que eu consegui fazer para impedir uma tragédia. Ou, pelo menos, tentar.

— Não fica assim, moça. — Um homem ruivo e forte, que se assemelhava a um lenhador, falou compadecido.

— Eu estou cansada disso, moço. Cansada, Edward! — Olhei para ele, simulando a aflição — Quanto ficou a conta desse imbecil? — Falei enquanto mexia na bolsa para pegar o cartão — Eu vou pagar e resolvo o problema dele em casa — Dei outro tapa nele, mas dessa vez foi um pouco mais forte.

SPOTTED: Behind the Gossip  (Leighton e Ed - Gossip Girl)Where stories live. Discover now