Natal Com a Família Lange Voltolini (Especial)

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ESSE É NA MÍDIA É O PETER ❤️️

"Por trás de você, andam dizendo por aí
Que o fogo no seu coração apagou
Tenho certeza que você já ouviu tudo isso antes
Mas você nunca teve dúvida
Eu não acredito que alguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora
[...]
Porque talvez
Você será aquela que me salva
E no final de tudo
Você é minha protetora" (Wonderwall - Oasis)

Essa é a semana de Natal, já perdi as contas de receitas que pesquisei na internet. Quando eu morava com a minha mãe nunca tive essa preocupação de fazer uma ceia de Natal e agora nesses últimos anos tenho que preparar tudo, mas sempre acabo desistindo acabo pedindo uma pizza. Aliás é o nosso Natal.

Peter andava de um lado para o outro jogando os brinquedos pela casa enquanto eu tentava pintar uma tela, se pelo menos ele deixasse! Sei que ser mãe é incrível, mas saibam que é horrível e desgastante. Ok, eu exagerei!
Eu amo o meu filho, mas não gosto de ser mãe. Odeio ver coisas espalhadas, paredes rabiscadas e Peter tentando se matar cada vez que coloca o dedo na tomada. Odeio ver minhas coisas remexidas, ter que acordar de madrugada ou ele não parar quieto para comer.

Apesar de tudo isso, eu relevo, respiro fundo e dou um beijinho naquela bochecha gorda que Peter tem.

Rafael tem tantos compromissos, é evento pra cá, edições pra lá e sem contar que agora viaja sempre.

É desgastante! Pensei que quando casasse seria mil maravilhas, mas tudo sobra pra mim e nunca pra ele. Perguntei até para Sarah se é assim com ela também, ouvi a resposta de "Ser mãe é um porre, por quais motivos somos mulheres?"

Já tinha perdido as contas de quantas vezes tive que lembrar Rafael de comprar isso e aquilo, de fazer tal coisa e as baboseiras em casa. Eu sempre tenho que lembrar.

Agora a notícia ótima que recebi hoje de manhã é que ele não chega no dia 24 e apenas no dia 27. Meu coração despedaçou, teria que passar a ceia com Peter

SOZINHA!

Quer dizer, sei que é o trabalho dele, mas será que ele esqueceu da família?

Assim que Peter dormiu assistindo seu desenho favorito (e muito barulhento por sinal) o coloquei no quarto, apaguei todas as luzes da casa e enchi um copo de vinho tinto.

Eu precisava do meu tempo!

No outro dia acordei cedo como de costume, arrumei um bolsa pequena com as coisas de Peter e vesti uma roupa de ginastica. O Central Park é perto e tenho certeza que meu filho precisa interagir com outras crianças.

Peter era tão comunicativo, elétrico e sempre sorrindo com aquelas bochechas fofas. Ele tinha o mundo inteiro para conhecer, coisas novas para descobrir e eu só queria ele desse tamanho pra sempre.

– Mamãe, olha! – Peter abriu as mãos deixando os pequenos flocos de neves atingirem a palma. Ele sorriu contente na minha direção, mesmo sabendo que poderíamos pegar um resfriado, decidi ficar ali por mais um tempo. Corríamos pelo parque já que Peter escolheu pega-pega como brincadeira e o sorriso dele é tão fofo, que não consegui negar.

Acabamos ficando por uma hora no Central Park, não tínhamos comido nada até aquele momento, meu plano era só dar uma volta pelo lugar e ir embora, mas como sempre deu um pouquinho errado.

Levei Peter até nossa cafeteria preferida, fica perto do nosso prédio e tem um senhor que faz bolos tão bons, até parece com o que eu comia na minha vó.

(EM REVISÃO) Qualquer Negócio|Rafael Lange| CellBitOnde as histórias ganham vida. Descobre agora