6° Lei de Murphy

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Postei sem revisar, se tiver algum erro me avisem!! Boa leitura.

"Ela não mostrava que estava com medo
Mas se sentir sozinha era demais para suportar
Mesmo que todos dissessem que ela era forte
Eles não sabiam que ela mal conseguia continuar
Mas ela sabia que ficaria bem"
A little too much - Shawn Mendes

Cinco horas da manhã estava em pé me arrumando para ir pro colégio. Meu mau humor de manhã é facil de se notar, minhas olheiras são bem mais profundas, meus lábios normalmente ficam secos e rachados, meu cabelo tá fica bem desastrosos. Se vocês acham que perco tempo com maquiagem, estão errados. Um mania feia que eu tenho é achar que ser feminina demais acaba me fazendo uma piranha, cá entre nós também não tenho saco de ficar uma hora passando rímel na frente do espelho.
Coloquei a mochila nas costas, meus óculos estavam no rosto e só passei um pouco de perfume. Como de costume, acordei antes da minha mãe, peguei um suco que estava na geladeira e tomei rápido.
A campainha foi tocada e já sabia que era Amanda, abri a mesma e ela me recebeu com a cara inchada de sono e um sorriso forçado.
- Sinto muito, ela vai ficar bem - sorriu para mim e retribui, nos abraçamos por alguns minutos - Deus sabe o que faz, amiga.
- Eu sei, mas me pergunto porque isso sempre acontece com as pessoas boas, sabe? - ela afirma e me abraça mais forte. Perder alguém que ama é um assunto que nós nunca tocamos, Amanda perdeu seu pai quando tinha 8 anos, ela era bem mais apegada nele do que sua mãe. Não éramos amigas naquela época, mas toda vez que esse assunto surge ela acaba chorando por infinitos minutos.
- A vida é injusta, mas uma hora tudo vai se ajeitar. Ela irá melhorar, você vai voltar a visita-lá - antes de fechar a casa, troquei a água e coloquei ração para Malu, que dormia no tapete felpudo toda esparramada.
Tranquei a porta, Mandy chamou o elevador, seu celular tocou.
- Quem será essa hora da manhã? - ela disse, pegou o celular e assim que leu o nome na tela seu sorriso se abriu - É o Léo - ela falou animada, sorri para ela e sussurrei um "atende logo".

Rafael

A aeromoça dizia as regras de voo enquanto eu só queria dormir, meu corpo gritava por descanso. Pelo jeito não descasaria nem fodendo, ao meu lado estava uma mulher com seu filho de 4 anos eu acho, ele puxava o fio do meu fone e só queria chegar em São Paulo logo.
- Matheus, solta o fone do garoto - ela só sabia falar aquilo, se fosse minha mãe eu já teria levado um beliscão daqueles. Tentei no máximo não ficar irritado, era uma criança, certo? Ele nem sabe o que está fazendo, nem tem ideia do quanto esse fone foi caro para ser quebrado.
O avião deslizava na pista, em poucos minutos estaríamos no céu, em falar em céu, me lembrei da Mia. Dizem que meus olhos são lindos, mas nada se compara aos dela, me lembra o céu nublado como está agora, um azul tão claro que chega a ser cinza.
Mia, a garota que converso a mais de uma semana e parece que nos conhecemos a anos, ela é muito legal, me cativa muito, além de gata, a beleza dela não é essas comuns, ela parece ter o cabelo com algumas partes coloridas, eu acho divertido esse tipo de garota.
Os desenhos, ela desenha bem até demais, não sei que faculdade ela quer fazer, mas se daria bem com alguma relacionada a desenho. Encostei minha cabeça no estofado da poltrona, o garotinho tinha se acalmado, sua mãe dormia e ele só sabia me encarar.

Mia

- Qual é, você não pode simplesmente me dizer o que devo fazer - falei meio irritada para Amanda, ela estava tentando me fazer uma menina meiga para conquistar o Rafael - Eu não vou mudar por causa de homem, por favor não me faça mandar você para aquele lugar.
- Faça o que quiser, depois não venha reclamar que ele não te acha legal - ela retrucou com raiva, bufei e segui para o outro lado do pátio
- Você é inútil - gritei do meio do pátio e ela me mostrou o dedo do meio, pode até parecer brincadeira, mas eu estava tão puta com ela. Definitivamente hoje não é um dia bom para mim.

(EM REVISÃO) Qualquer Negócio|Rafael Lange| CellBitOnde as histórias ganham vida. Descobre agora