34º Bistrô dos corações perdidos.

1.5K 102 45
                                    

"Eu estou perdido na luz
Eu rezo para a noite
Para me levar, me levar para
Depois de tantas palavras
Ainda nada ouviu
Não sei o que devemos fazer
Então, se alguém pode me ver agora, deixá-los ver você" (Lost In The Light - Bahamas)

Amarrei com força meu tênis de corrida, era isso que eu precisava. Aproveitando que Sarah e Amanda já tinha se levantado naquela tarde, decidi sair pra caminhar com Victor.

– Bom dia, meu amor! – mamãe passou cantarolando junto com Malu – Como está?

– Hum? Bem?! – respondi um pouco confusa pela sua alegria de manhã – E você? Tá sendo legal assim mesmo ou só por causa das meninas?

– Já sou de casa, linda. A tia não precisa fazer 'A fina' – Sarah apareceu no corredor junto com os cereais na tijela e uma maçã na outra mão.

– Aham, entendo – roubei a maçã da sua mão e sorri – Tá afim de correr ou vai pra casa? Aliás, cadê a Amanda?

– Uma pergunta de casa vez, mocinha – Clara deu um tapa na minha bunda e saiu rindo por causa da minha indignação.

– Pra casa, claro. Eu lá tenho cara para correr? – ela perguntou, neguei rapidamente e rimos – Sim, Mandy, foi também. Ela tem que preparar algo para o curso.

– Hum – disse sem animação, dei um beijo na bochecha da Sarah – Antes de terminar de comer toda a comida da minha casa, tente deixar um pouquinho para mim – peguei o celular em cima da mesa e saí.

Coloquei os fones, fui até o prédio do Victor, cantando algumas músicas agitadas que eu amava.

– Bom dia, margarida – gritei assim que a porta se abriu – Tudo bem?

– Merda, fala baixo! – Victor pediu com os dedos nas têmporas – Oi, vamos?

– C'mom!

– Saca só, eu vi sua conversa ontem com o Cellbit – Victor cruzou os braços como se eu tivesse na palma da sua mão e se encostou na parede do elevador.

– Você por acaso é algum stalker? Huh? – cutuquei sua barriga e ele começou a rir.

– Não aja como se eu fosse o errado, que merda era aquelas indiretas? – Victor agarrou minhas mãos esperando por uma resposta.

– Para a namorada dele, ela disse algumas coisas sobre mim e não gostei – retirei meus pulsos do aperto feito pelas mãos de Victor e encostei no outro lado do elevador – Eu tentei ser legal, mas as pessoas me testam.

– Você adora uma briga, pode admitir – Victor arrumou o fone nos ouvidos e sorriu sacana para mim – Cara, deveríamos sair hoje, tipo algum lugar bacana, tô odiando ficar aqui.

– Saudades de uma praia, se as meninas conseguissem pegar uns dias livres, poderíamos passar um final de semana no Rio, o que acha? – perguntei animada com a proposta. Precisava viajar, sentir aquele friozinho na barriga enquanto o avião decolava.

– Claro, eu adoraria! E sua viagem pra Orlando? – caminhamos até a pista de cooper sem pressa.

– Ela foi adiada, preciso ver as férias da minha mãe, até porque esse ano o Gu vai comigo – sorri.

(EM REVISÃO) Qualquer Negócio|Rafael Lange| CellBitOnde as histórias ganham vida. Descobre agora