3° Oi de novo

1.9K 141 21
                                    

Enquanto deslizava o dedo pela tela do meu celular uma lágrima caiu, eu era apaixonada por ele.

Sério, Mia?
Ninguém nunca percebeu

Ri da minha própria consciência e uma vontade de mandar oi crescia dentro de mim.

Mensagem Direta
You: sem querer parecer chata, mas qual é o jogo do próximo vídeo? me conta por favorrr.

Eu teria que ter muita sorte para ele reparar na minha mensagem de novo, cá entre nós, a sorte não anda muito ao meu lado. Tirei o notebook do meu colo e deixei no sofá.

Fiz meu prato e comi em silêncio, trocava algumas palavras com Mandy e minha mãe tentava arrancar risada de mim. Amanda foi embora por volta das 20:00, preparei minhas aulas e depois assisti um filme com a minha mãe.
Amanhã seria sábado, um dos melhores dias e tranquilos que eu tinha, minhas aulas só seriam no primeiro horário da manhã.

Fiz tudo que tinha que fazer, deitei na cama, coloquei o celular do lado do meu rosto rezando para ele me responder.

Já estava no segundo sono até que o celular piscou e vibrou, com muito sono e esperança desbloqueie ele.

Mensagem Direta
@ cellbmandy: só queria dizer que eu te amo.

Bufei frustada, muito fofa a mensagem Amanda, mas bem que você poderia ter mandado outra hora.

*sábado*

Acordei com o despertador, tomei um banho rápido e coloquei um jeans com um moletom preto.

O tempo em São Paulo estava frio, garoando e simplesmente amava ele assim. Fiz um rabo de cavalo alto e fui para a cozinha.

– Bom dia minha flor, está melhor? –minha mãe perguntou assim que entrei na cozinha, deixei um beijo na sua bochecha e sentei na mesa do café.

– Não é como se eu tivesse no fundo do poço – ela deu um sorrisinho e trouxe meu chá que eu tanto amava.

– Camomila, só tinha esse ontem – ela sentou na minha frente, com os óculos e começou a ler o jornal.

Minha mãe fazia um belo tabalho de pai, até na hora de ler o jornal.

— Não tem problema, eu gosto de camomila — tomei o chá e comi alguns cookies.

— Vai nessa chuva dar aula? — ah, e o papel de mãe estava de volta, revirei os olhos e minha mãe me repreendeu com o olhar.

— Não posso faltar por causa de uma chuva, mãe – arrumei minha postura— Tem como me emprestar seu carro?

— O que? Claro que não – fiz um biquinho e ela bateu no meu braço — Não faz essa cara!

— Por favor, mãe. Eu preciso ir no dentista depois da aula – forcei uma cara fofa e ela entregou a chave.

— Se a polícia te parar, eu nem sou sua mãe – gargalhei e peguei a chave
— Obrigadinha – afastei a cadeira e me levantei — Bom, te vejo mais tarde.

— Vamos almoçar fora hoje, não esquece – deixei um beijo na testa dela. Fui para sala e peguei minha bolsa.

Cheguei na garagem depois de conversar um pouco com a mãe da Amanda, não era a primeira vez que pegava o carro da minha mãe. Admito que toda vez que eu sento no banco de motorista me sinto uma adulta.
Mamãe só deixa eu usar o carro dentro do bairro, como o colégio de inglês era no bairro eu normalmente ia com o carro dela.

(EM REVISÃO) Qualquer Negócio|Rafael Lange| CellBitOnde as histórias ganham vida. Descobre agora