arabella [zm]

Capitulo 63

[CAPÍTULO DEDICADO a minha maravilhosa leitora Samilly Mouzinho que faz aniversário dia 26 de maio!! Parabéns minha princesa, muitos e muitos anos de vida]

|| A R A B E L L A ||

"Aonde iremos?" pergunto para o rapaz ao meu lado. Estamos dentro de seu carro conversível prata. Ele tem um sorrisinho que fica tentando conter, e eu estou tremula dos pés a cabeça. Com o que eu estava na cabeça para aceitar isto?.

"Não sei, conheço muitos lugares, mas aonde você gostaria de ir?" ele pergunta enquanto liga o carro e eu me encolho levemente no meu assento. Não há lugar algum na qual eu realmente gostaria de ir, porque todos na qual eu conheço me lembram o Zayn.

"Tanto faz" dou de ombros e ficamos em silêncio. Ele liga o carro e uma batida suave de bateria começa, depois sons de violão e piano começam, eu fico confusa com o ritmo da música, ele dá-me uma leve dor de cabeça na parte de trás da cabeça e o garoto ao meu lado começa a sussurrar a letra totalmente estranha.

Sinto-me desconfortável na minha própria pele. Mal acabei de aceitar, e já me imagino deitada na cama. Ele começa a dirigir pela as ruas e puxa assunto comigo algumas vezes, finjo algum falso interesse na conversa desnecessária e meus pensamentos flutuam para fora do carro.

Eu aceitei sair com ele por causa da adrenalina. Eu tentei me imaginar sendo uma garota comum, como se fosse acostumada a fazer isso, e então deixei-me ir pelo o momento, e agora estou eu aqui sentado ao lado de um garoto que tive um esbarrão e uma conversa de dois minutos.

"Estamos quase chegando" ele diz em meio ao nosso papo e eu olho para frente reconhecendo rapidamente a rua e estremeço por completa. Cada parte de mim se arrepia, um choque se dá em minha mente e eu tenho vontade de gritar para ele virar e não entrar aqui.

"Oh" eu simplesmente sussurro com os olhos esbugalhados. Não deveríamos estar aqui, esse lugar não é nosso, e sim do moreno. Mesmo com o coração em mão, observo o moreno ao meu lado estacionar o carro e sair, ele corre até o meu lado e abre minha porta como um cavalheiro, pego em sua mão fria como gelo e fico ao seu lado. Sua mão descansa na minha lombar e eu me sinto desconfortável com seu toque demasiado intimo.

Ele nos encaminha para a entrada - como se eu não conhecesse bem a lanchonete subterrânea - e logo entramos no famoso corretor em neon. Vejo o desenho do Zayn ali, o grande coração pulsante e me entristeço levemente. Eu quero os braços daquele moreno.

"Eu descobri essa lanchonete a algum tempo atrás, um dos garotos da minha turma de inglês comentou uma vez e eu decidi vir aqui" faço cara de surpresa e sorri amigavelmente quando ele abre a porta e somos atingidos pelo o novo ambiente, hoje, um pouco vazio.

"Gostei dos desenhos do corredor, principalmente do coração" sopro baixamente e ele ri.

"Eu também gosto" ele nos conduz até perto da mesa preferida de Zayn e eu tenho vontade de o puxar para outra direção, porém isso se torna impossível quando ele puxa a cadeira para eu sentar-me.

"Obrigada" sussurro quando ele se senta ao meu lado e pega o cardápio, começamos a ler em conjunto. Ele está demasiado perto de mim e posso sentir seu perfume forte, uma colônia masculina amarga, com cheiro tão forte que tenho que me segurar para não espirrar.

"Você não ficou muito surpresa com essa lanchonete, a maioria das pessoas ficam" ele me encara enquanto coloco um braço atrás do meu encosto da cadeira, eu me recomponho e sinto minhas bochechas corarem.

"Eu já havia vindo aqui antes" dou de ombros enquanto arrumo minhas mexas de cabelo atrás da orelha.

"Oh sim, entendi agora por você já ter observado os desenhos" ele morde seu lábio e eu desvio meus olhos para o seu colo, respiro fundo quando ele se aproxima com lentidão de mim.