arabella [zm]

Capítulo 59

Os passos desajeitados se tornam cansados quando eu encaro a minha casa logo a minha frente, a noite caía depressa, o céu se tornava escuro e fechado, tudo se parecia dramático demais. O carro de meu irmão estava estacionado bem a frente, minha mãe ainda não estava em casa. Eu só tenho vontade de entrar naquela casa e falar que ele não manda em mim, eu quero correr até a casa de Zayn e pedir desculpas, eu quero tanto, que no final apenas me sento na calçada e encaro meus sapatos sujos.

Respiro fundo três vezes e decido finalmente o que fazer, me levanto e passa a mão em meus cabelos os ajeitando, começo a andar e sinto meus pés calejarem, o celular está em meu bolsa e vibrou a tarde inteira, eu não fiz questão de olhá-lo, pouco me importa. Ando quase sem forças pela as ruas, atravesso ruas e avenidas, passo por bares e restaurantes, e logo estou na rua conhecida. Ando mais alguns quilômetros e sinto pingos de chuva caírem em meus cabelos e corpo, logo a chuva se torna mais forte e eu corro até a casa conhecida, a esse momento já estou ensopada.

Toco três vezes na campainha, abraço meu corpo e tremo de frio, trovões soam pelo o céu e eu estremeço com o barulho alto, ouço passos atrás da porta e a tranca faz barulho, a porta se abre e vejo o moreno de tronco nu e um moletom azul marinho pairando sobre a sua anca.

Eu sinto vontade de o abraçar, de o xingar, de o beijar e o tacar na parede, mas tenho vontade de o odiar, eu quero o odiar, porém são tantos sentimentos aqui dentro que eles se misturam.

"Porra, o que você está fazendo aqui?" ele me olha curioso e saí rapidamente fechando a porta atrás de si.

"Me desculpa" eu peço sentindo os meus dentes baterem, passo a mão por meus cabelos molhados os colocando para trás.

"Ok, agora vá para sua casa se agasalhar" ele simplesmente pede e eu nego com a cabeça.

"Não! Por favor me escuta, eu não queria falar aquilo, eu estava apenas-" ele me corta rapidamente com um sorriso sínico.

"Foda-se Arabella, eu tenho mais nada haver com você" ele dá de ombros enquanto me encara com firmeza, respiro fundo e baixo meu olhar.

"Eu não vou ficar implorando suas desculpas, mas eu quero dizer que eu sinto muito, até demais" eu sussurro quase exausta, tudo isso se tornou algo grande demais, uma tempestade em um copo d'água.

"Não me importo, pegue você e as suas desculpas e vão embora daqui, eu tenho uma foda ali dentro para terminar" ele começa a gritar e eu dou um passo para trás, sinto meu peito queimar, minha garganta se fecha como se houvesse uma corda em volta dela.

"Como?" eu pergunto, como se meu coração estivesse se partindo em mil pedaços e sendo espalhado por todo o mundo, eu não consigo respirar e tudo dói, parece que não vou aguentar tudo o que explode aqui dentro.

"Isso o que você ouviu, eu tenho uma foda para terminar, pois você interrompeu com essas suas malditas desculpas" meus olhos lacrimejam e eu dou três passos para trás saindo da parte coberta e me enfiando debaixo da chuva constante.

"Você tinha toda a razão em estar bravo comigo, mas com essa atitude eu apenas vejo que meu irmão tem total razão" eu nego enquanto abraço o meu corpo.

"Seu irmão nunca irã ter razão nenhuma sobre mim" ele revira os olhos enquanto se aproxima, eu me afasto até que ele esteja fora da parte coberta e se molhe.

"Ele tinha razão quando disse que você era um cafajeste, que não era bom para mim" uma lágrima desce pela a minha bochecha e se mistura com a chuva.

"Você se acha muito, eu sou demais para você" ele começa a me atacar novamente e eu quero gritar, correr, eu quero bater nele, mas eu quero apenas o odiar.

"Você não é nada, e nunca será, seu bosta!" eu grito enquanto me aproximo do seu peito e deixo um soco forte, meu punho dói e ele não se move um músculo "Você não vale nada, você é um nada, é apenas um garotinho assustado que perdeu o primeiro amor e se acha no direito de ser o quebrador de corações, mas deixa eu te avisar, você não é nada!" eu grito loucamente enquanto soco o tronco, meus cabelos batem contra meu corpo e grudam em minha roupa, a minha loucura se espalha e eu começo a gritar, as lágrimas banham meu rosto e sinto meu corpo tremer.

"Não fala dela!" ele grita enquanto segura meus braços e eu apenas nego.

"Eu te odeio!" eu grito enquanto me solto dele "Você destruiu a minha vida" eu sussurro a última parte e ele apenas passa a mão por seus cabelos, ele tem o maxilar fechado, ele nega três vezes e bate nas próprias pernas.

"Eu não me importo!" ele apenas viro de costas e saí andando para a parte coberta.

"Se você entrar nessa casa, você nunca mais vai me ter" eu juro e ele apenas olha por cima do ombro e abre a porta, ele entra e a fecha com força, fico parada no meio da rua, a chuva caí com força em cima da minha cabeça e eu apenas desejo que esse dia nunca tivesse acontecido.

Começo a correr pelo o caminho e choro o máximo que posso, me sinto vazia em todos os cantos do meu ser, tudo dói e eu me sinto devastada, eu o odeio demais, eu sinto falta demais, eu o quero demais, ele é alguém na minha vida, um alguém tão importante que não sei mais o que fazer. Continuo correndo pela as ruas, com o meu coração quebrado, com meu corpo em movimento e minha mente longe, eu estou aqui, porém não estou ao mesmo tempo.

Depois de correr por tempo suficiente eu paro em frente a minha casa novamente e vejo meu irmão abrindo a porta, ele está agasalhado e com uma touca e luvas, seu rosto está inchado e quando ele se percebe de mim bem a sua frente, ele apenas fica me encarando. Eu ando até a sua frente e fico o olhando, passo a mão por minha bochechas e respiro fundo.

"O que ele fez?" ele pergunta baixo e eu começo a chorar bem a sua frente enquanto abraço o meu próprio corpo.

"Ele quebrou o meu coração" eu sussurro e ele olha para trás de mim.

"Vamos tocar piano" ele me puxa e abre a porta de casa, porém rapidamente eu o puxo para um abraço, o molho por inteiro e ele apenas funga contra meu cabelo.

"Me perdoa, eu deveria ter te ouvido" tento me desculpar pela a segunda vez no dia e ele apenas ri.

"Você é livre, pode ficar com quem quiser, aquilo foi drama" ele começa a rir porém vejo seus olhos cheios de lágrimas.

"Tudo bem você me deixar crescer agora, eu preciso disso" eu faço uma pequena brincadeira e ele revira os olhos.

"Vamos tocar um pouco de piano, tenho saudades" ele abre a porta de casa e eu assinto, limpo minhas lágrimas e fundo antes de sorrir levemente.

"Também tenho saudades" sussurro enquanto caminho, o peito pesa e o corpo dói, porém o primeiro passo para crescer é ter um coração partido.

XX

demorei pra caralho para postar, algumas vezes a preguiça era maior e outras eu apenas estava ocupada kdjskdjskrldj GRITO.

drama time nessa história, zayn cornou a bella, tadinha, se fodeu

noah percebeu que fez fuá atoa e vai tocar um piano de boas

teve discussão na chuva, lempre do troye e da gabriela, que coisa né

CHOREI NO CAPITULO ELE É UM FDP,,,

amo vocês <3

love all, agah.