Capitulo 43

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[N/A: LINDÕES POR FAVOR NÃO ESQUEÇAM DE LER A MINHA FANFIC COM O NIALL 'Cigarette Smoke'.]


As mãos de Zayn passavam por minhas costas e agarravam com mais força os meus cabelos, a minha boca permanecia entre-abertas e as minhas coxas pressionadas uma contra a outra. Em alguns momentos podia ouvir Zayn resmungar alguma coisa, ou quando ele sem querer sobrava contra a minha bochecha podia sentir o hálito matinal dele, nada agradável, porém é o Zayn, e ele está guiando o meu corpo, de nada tenho o que reclamar.

"Zayn? Acorde vamos nos atrasar" ambos ouvimos a voz de Noah. Ele parecia estar perto, seus passos no corredor eram silenciosos. 

Saio rapidamente do colo do garoto tatuado e sinto as minhas pernas trêmulas de medo, sabe-se lá o que aconteceria se Noah entrasse agora no quarto e se deparasse com essa cena, provavelmente ele bateria no Zayn e nunca mais me olharia. O moreno continua no chão, ele se vira de bruços e finge que está dormindo, eu continuo em pé, ainda do lado do Zayn e quando eu começo a andar para a porta do banheiro Noah entra no quarto e me olha.

"O que você ainda faz aqui?" Noah pergunta rispidamente enquanto encara o corpo de Zayn no chão. "Zayn, eu sei que você está fingindo dormir, levanta porra"

"Pare de falar palavrão" eu resmungo e meu irmão revira os olhos.

"O que você ainda faz aqui? Com o Zayn, a propósito" ele sorri de forma irônica e sinto minhas pernas bambearem. Será que ele sabe? Será que ele ouviu?. 

"N-nada" gaguejo e tento andar porém Noah me atrapalha.

"O que está acontecendo?" Noah se vira para Zayn. O garoto apenas dá de ombros e me olha, ele continua com a expressão normal, porém posso perceber o seu punho esquerdo cerrado com força, como se quisesse bater no meu irmão.

"A Arabella só entrou aqui no quarto procurando não sei o que e tropeçou em mim" Noah dá um passo a frente e fica encarando Zayn. 

"Por que será que eu não acredito?" posso sentir a raiva de Noah exalar do seu corpo. Ele desconfia sim, e com toda a razão. O que faz a irmã dele com um distúrbio psicológico dentro do quarto de um garoto que a um mês atrás o odiava? Não faz sentido. 

"Noah, foi isso" eu sussurro e ele se vira para a mim. 

"Eu não quero você perto dele!" Noah enfim explode, ele começa a gritar, o seu pior grito, algo do tipo agudo e grave, sem um pingo de emoção na voz dele. Tapo as minhas orelhas rapidamente sentindo a minha dor de cabeça, sinto vontade de chorar, eu nunca mais senti isso, a tempos que eu não tenho os meus ataques, eu melhorei e muito, porém eu não suporto quando gritam, os barulhos altos.

"Não grita" eu choramingo, sento no chão e me arrasto até a parede, fico sentada com as costas apoiadas e as mãos tapando os meus ouvidos, aquela dor de cabeça é insuportável, é algo como enxaqueca só que tri vezes pior, como se estivesse dando marteladas em minha cabeça, como se fossem ferrões de abelha picando a sua pele, é algo extremamente doloroso, que me faz desistir de aguentar essa dor. 

"Arabella, eu-" eu apenas nego a cabeça e afasto as minhas pernas de Noah, a minha visão está pouco embaçada, porém ainda posso ver o Zayn me olhando, com a sua expressão preocupada e o corpo rígido.

"Eu quero ir embora" eu falo baixo, tentando controlar a minha voz e não deixando nem se quer uma lágrima cair.

"Eu te levo" eu nego e me afasto de Noah. Por mais que eu ame meu irmão, por mais que ele seja a única pessoa no mundo que me conhece, que me ame e me protege com todo o seu coração, eu quero respirar longe dele nesse momento, sair e me sentir livre, fazer o que eu quiser, sem ele ou meus pais me pressionarem.

"Eu a levo, deixe" Zayn se oferece e pega em minhas pernas e braços, ele me gruda contra o seu peito e eu apoio minha cabeça em seu ombro rodando meus braços em seu pescoço, o seu peito quente se gruda contra o meu pequeno corpo gélido e me leva para fora do quarto, ele desce as escadas e ouço os seus passos, ele abre a porta da frente e estreme com o frio, ele só tem uma peça de roupa vestida no corpo, porém mesmo assim me leva para fora, indo em direção ao seu carro e me colocando no banco de trás. 

"Obrigada" eu agradeço com facilidade, com tamanha facilidade que eu fico surpreendida.

"Eu vou colocar uma roupa e já desço" eu assinto e ele fecha a porta, saindo correndo do quarto e entrando em sua casa. Fico esperando, vendo alguns raios de sol ultrapassarem as nuvens e derreterem a camada de neve que se faz em cima da relva, sorri um pouco com a chegada da primavera e me lembro que esse mês é o meu aniversário, e volto a suspirar.

A porta da casa se abre e Noah e Zayn saem, um ao lado do outro. Noah tem uma expressão chateada, porém Zayn parece bravo, intrigado. Ele chegam ao carro e se sentam nos bancos da frente, eu me ajeito e espero a viagem começar. O moreno me observa com cautela pelo o retrovisor e me pisca o olho.

"Me desculpe, Arabella" Noah chama-me ao nome inteiro e eu assinto, mesmo ele não me vendo.

"Tudo bem" passo a mão pelo o seu ombro e ele sorri.  

"Vamos passar em casa, se quiser pode trocar de roupa e pegar o seu material de hoje" Noah faz questão de avisar.

"O pai vai estar em casa" sussurro e Noah olha para a trás me encarando, e Zayn faz a mesma coisa me olhando pelo o retrovisor.

"Se quiser eu posso entrar e pegar as coisas para você" Noah se oferece e eu nego.

"Tudo bem, eu entro" o medo se instala dentro do meu peito e eu lembro da última vez que eu vi o meu pai, me lembro das suas mãos me tocando, me surrando, me xingando, me lembro dos grandes roxos em meu corpo, da sua agressividade.

"Não acho boa ideia" Zayn interfere "O seu pai é um filha da puta, que maltrata vocês dois é um-" Noah o interrompe. 

"Não o podemos evitar moramos com ele" Noah volta a falar rispidamente. 

"Ele quase matou a Arabella de tando a bater!" Zayn diz rudemente e eu tento parar com as memórias em minha mente. 

"Você acha que eu não sei? Você acha que eu quero que ela apanhe dele?!" Noah grita com raiva e eu aperto o couro do banco.

"Parem" eu peço enquanto vejo o Zayn acelerar mais o carro.

O carro fica em silêncio, tudo se torna quieto e cheio de raiva, algo monótono se instala entre nós. Minha dor de cabeça continua, e então me dou conta de que eu terei que voltar a usar os remédios, me mexo no banco desconfortavelmente e quando vejo já estamos a frente da minha casa.

"Arabella, se quiser pode ficar" Noah fala mais uma vez e eu sorrio fracamente.

"Vamos" saio do carro assim como ele e vejo o carro do meu pai na garagem. 

Pego no braço de Noah e abro a porta, a casa está em silêncio, a não pelo o grande barulho que se faz quando entramos. Assim que Noah fecha a porta vejo o meu pai aparece no corredor, ele tem uma cinta na mão, uma cinta com uma grande fivela prata e o couro marrom gasto e pouco desfiado, a sua cara trás uma enorme carranca e ele parece zangado.

"Qual dos dois vai ser o primeiro a apanhar?" agarro com força o braço de Noah e sinto vontade de chorar, chorar de medo e desespero, sinto uma grande vontade de dormir e nunca mais acordar, ou simplesmente desmaiar e ser levada daqui, para longe desse monstro na qual é consagrado como o meu pai. 

XX

em primeiro lugar: o noah está desconfiando.

em segundo lugar: a bella está começando a crescer (vadizinha).

em terceiro lugar: sasporra vão tomar um cacete por ter passado a noite fora (mesmo avisando a mãe deles).

em quarto lugar: eu quero chorar por imaginar o anjinho da bella apanhando :( 

em quinto lugar: VOTEM E COMENTEM, TÃO PENSANDO O QUE? QUE EU TO AQUI POR AQUI AMO VOCÊS? pois é, eu to aqui pq eu sou trouxa e amo vcs, mas tudo bem, tudo ótimo!. 

obrigada por tudo, obrigada por cada vote e comentário, eu amo muito vocês, obrigada obrigada!!!. 

love all, agah. 

arabella [zm]Where stories live. Discover now