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Pânico crescia dentro de mim enquanto ele me fitava intensamente, não pude dizer se alguém chegaria como toda a história normal, ou que ele me calaria com um beijo, eu não tenho certeza de nada, além do meu medo e tremor visível no corpo.

"Zayn" eu o tentei chamar e o seu olhar duro e intenso continuou a me fixar. "Não o faça" eu tentei soar o mais calma, mas pude ouvir a minha voz fraquejar no vazio da sala.

"Deixa-me te mostrar" ele quase sussurrou e pude ver as íris de seus olhos se tornarem claras de ansiedade e eu neguei tentando o empurrar pelo o peito, agarrei na sua camisa em forma de dois punhos e o tentei empurrar falhando miseravelmente, tentei mais uma vez e ele só se empurrou mais contra mim.

As suas ancas estavam pressionadas sobre a minha enquanto as nossas diferenças de altura estava igualadas conforme ele descia as suas mãos e as tentava colocar na minha cintura.

"Zayn, não" eu falei mais uma vez tentando afastar as suas mãos e ele apenas pegou meus dois pulsos com uma só sua e levou até acima da minha cabeça. Tentei me soltar com as pernas e logo ele meteu a tua mão livre na minha cintura, fazendo o meu estômago se revirar, ele se botou mais alto que eu e puxou a minha cintura para cima, eu estava encurralada de todos os jeitos e só conseguia sentir as lágrimas deslizarem pelo os meus olhos. Ele é um monstro!

A sua respiração pesada passou da minha bochecha para perto da minha orelha e senti um leve ardência, e um arrepio me correu na espinha, tentei me livrar mais uma vez e meus pés já estava fora do chão, gemi um pequeno choro e senti os lábios do moreno se grudarem nos meus me fazendo todo o corpo gelar, a sua barba raspou pelo o meu queixo me fazendo cócegas.

Os meus olhos estavam arregalados em desespero e só queria saber aonde estava o meu irmão nessas horas. Zayn exerceu mais pressão sobre os meus lábios os sugando me fazendo um gemido de reprovação e me apertou mais a cintura, ele começou a mover os seus lábios contra os meus e o meu corpo fitou estático sem reação.

Uma ardência surgiu no fundo do meu estômago e eu tentei reprimir as pernas e isso pareceu o intimidar. Ou não. Ele soltou as minhas mãos e pegou mais fortemente na minha cintura, eu continuava sem reação mas as minhas lágrimas haviam secado, lentamente os meus braços deslizaram da parede e pararam no seu ombro.

O meu corpo foi empurrado mais um pouco contra a parede e suas ancas fizeram mais pressão sobre as minhas e senti o meu interior se arrepiar enquanto eu levemente abri a boca para aquela sensação desconhecida.

Senti a sua língua raspar pelo o meu lábio e eu me afastei dele arregalando os olhos, ele ficou confuso e eu respirei ofegante tentando afastar todos os meus pensamentos, empurrei os seus ombros o pegando desprevenido e com as pernas ainda trêmulas me afastei ouvindo os seus passos me seguirem. 


 N A R R A D O R  


A garotou loura subiu correndo as escadas com os sentimentos a flor da pele, ela só queria correr e se esconder de tudo e de todos, ela estava com medo, e se sentindo suja mais uma vez. Os sentimentos que estavam fluindo na sua mente eram tão obscuros para a garota frágil, justo para a sua personalidade fraca que a torturavam em todos os seus sonos.

Ninguém sabia do passado da pequena Arabella, ninguém sabia dos seus problemas e traumas, nem mesmo os seus psicólogos, e todas as noites a pequena se deitava sobre a sua cama e pensava o quanto mais ela iria aguentar.

A garota dos olhos azuis cintilantes caiu sobre a sua cama e enterrou o seu rosto entre as almofadas se amaldiçoando pelo o ocorrido. Ela se encolhe sobre a sua cama tentando, se possível acabar com a sua mente, ou talvez consigo mesma.

Ela respira profundamente como todas as vezes que tenta seguir em frente, mas dessa vez, ela apenas puxou o ar para o pulmões e voltou a chorar selvagemente, desejando estar em outro lugar, ou ser até outra pessoa. Como se os fragmentos do seu coração estivessem cada vez mais partidos e espalhados sobre o seu quarto, ou pela a aquela tarde de quando era criança.

Ela chorava mais ainda se lembrando do ocorrido e relacionar a sua infância atordoada, como se com as lágrimas a sua dor também iria sair, mas mesmo assim ela estava ali, presente com a loura.

Ela se sentia afogada pela a as próprias lágrimas e sendo esfaqueada pela a própria dor, como se ela estivesse em uma ruína, caindo cada vez mais, estando mais sozinha e presa nos inúmeros pensamentos. E então nos últimos anos ela aprendeu a evitar as pessoas. Todo mundo.

O garoto moreno estava parado na sala de piano, com o seu maxilar tenso e a camisa amassada, ainda com o gosto dos lábios de Arabella. Ele nunca teria tido essa reação se não fosse o irmão da garota a falar para se manter afastado da mesma. Mas aliás, quem na vida não gosta de desafios?.

Ele pensou em correr atrás da garota, e pedir-lhe desculpa pelo o seu jeito agressivo e infantil, mas o seu orgulho gritava mais alto. Ele apenas arrumou a camiseta e os cabelos negros os ajeitando e passando a mão sobre os seus lábios carnudos e inchados pela a pressão do beijo.

Ele saiu da sala recendo um ar frio e respirou fundo indo para a sala de estar. Noah ainda permanecia adormecido no sofá enquanto passava um jogo de lacrosse qualquer na TV. Ele pensou em acordar o amigo e pedir indiretamente um conselho, mas descartou essa possibilidade quando o seu celular tocou revelando o nome de uma garota no crã brilhando, o fazendo sorrir, e sair da casa dos Ward 's.


 A R A B E L L A 


Gostava de poder parar com os meus choros e pequenos gritos, mas eu fui interrompida quando a porta da frente bateu com tamanha violência e eu sabia que o moreno selvagem teria ido embora, junto com a minha dignidade.

Forcei a me sentar na cama e limpar as minhas lágrimas, eu me sentia exausta mesmo por esses poucos minutos a chorar, já podia sentir a minha cabeça dar sinais de enxaqueca, mas não teria eu forças para ir pegar um comprimido.

Passei a mão pelo o meu rosto limpando as lágrimas da minha bochecha e recolhendo os meus joelhos para o meu peito, colocando o meu queixo em cima dos mesmos.

Era como se eu tivesse vivido o mesmo episódio de novo, mas de uma maneira menos traumática, era como se ambos estivessem relacionados a um trauma e eu fosse forçada a o encarar diante dos meus próprios olhos, e sozinha. Então de um momento para outro era como se o suicídio me parecesse uma ideia confortável, e então eu penso mais um pouco e descubro que eu sou suficiente fraca para acabar com a minha própria vida.

Volto a me deitar sobre a cama fitando o teto branco e sem graça, por momentos pensei em dormir mas um sentimento de medo me percorreu as veias a lembrar dos sonhos que tenho, e com esse ocorrido só pioraria.


xx

hey hey, acho que o capitulo não está tão bom assim e não foi o que vocês esperaram não é? me desculpem por isso, eu realmente me esforcei! e devo agradecer a todos vocês que estão indo ao meu twitter e me elogiando pela a fanfic, isso é muito muito bom para mim! muito obrigada de verdade, eu amo-vos mesmo! JESUS! MAIS DE 100 COMENTÁRIOS E 700 VOTOS NO OUTRO CAPITULO,OBRIGADA MESMO! NEM SEI COMO AGRADECER!!! E obrigada mais uma vez por Arabella estar em #3 lugar Ficção Teen!!! e pelos 175k de lidos, nem sei descrever o quanto eu fico agradecida muito obrigada!

META: COMENTEM MUITO E VOTEM, SE TIVER BASTANTE COMENTÁRIOS E VOTOS EU PUBLICO UM NOVO AMANHÃ!!!

ATUALIZADA EM: 26/02/2019

arabella [zm]Where stories live. Discover now