35º I'm fool for you.

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– Então, eu sou classificada como as melhores? – apoiei meu queixo nas mãos assim como ele.

– Mas é claro que é! Sua luz interior é melhor do que eu e o Felps juntos.

– Convencido! – alcancei seu braço e o empurrei de leve.

– Isso dói, sua agressiva – ele reclamou com uma careta de dor – Imagina quando você tiver filhos? Eles irão sofrer na sua mão.

Franzi a testa e respondi:

– Não me vejo com filhos – Rafael ficou surpreso e depois deu de ombros – É difícil pensar que temos de viver por uma pessoa, sabe? Eu vejo como minha mãe ficava para me criar até um tempo atrás.

– Concordo, eu quero ter uma família e tals, mas não é algo que tem prioridade na minha lista – ele respondeu sorrindo. É disso que eu falo quando afirmo que temos pensamentos semelhantes, mesmo sendo tão diferentes um do outro.

– Imagina, seus filhos todos ruivos e com sardas correndo para lá e para cá – ele brincou, meu rosto ficou vermelho de vergonha e para disfarçar apenas concordei – Aquele seu ficante tinha o que? Olhos castanhos?

– Hum, Rafael? – perguntei meio rindo, como ele sabia do Henrique? – Que ficante?

– Aquele da tatuagem – ele respondeu ainda esperando uma resposta, mas percebeu que eu sabia que nunca tinha citado ele – -Quer dizer... hum... Você me falou dele!

– Não falei não – disse convicta da minha resposta, Rafael coçou a nuca e suspirou.

– Tá, tá, admito que dei um stalkeada em você! – ele disse meio tímido, por um parte eu acheio meio fofo aquelas bochechas vermelinhas e por outra, achei justo já que eu estou sempre no lugar dele.

– Belo stalker você – apontei o dedo no  seu rosto e ele tirou o mesmo – Enfim, eu não durei duas semanas com ele. O garoto era chato e achava mesmo que estávamos namorando.

– Que loucura, não é?! – Rafael usou o tom irônico dele, ele acabou rindo e arrumando o cabelo – Tô brincando, mas veja só, seus filhos serão fofos.

– Eu sei, aliás sou muito gata mesmo – usei meu tom convencido.

– Não, mas imagina hipoteticamente, se eu fosse o pai dessas crianças? Elas não irão ser os bebês mais lindos do mundo? – ele disse em uma tranquilidade que me fez engasgar com a saliva.

– Hipoteticamente eu não sei se terei paciência para escutar seus gritos todo santo dia.

– Hipoteticamente, apenas em algo hipotético, eu também não aguentaria... – ele tentou pensar em algo – Sabe, enfim. Em um futuro hipotético, bem hipotético mesmo – ele riu de um jeito debochado – Seria maneiro morar na sua casa, ela é enorme.

– Mas se é em um futuro, claramente eu sairia de casa e alugaria um apartamento – respondi. Já que estamos na brincadeira, vamos brincar direito.

– Em um futuro hipotético, eu iria querer uma casa igual a sua – ele termina.

– Mas é claro que iria – revirei os olhos fazendo ele rir. Eu estava com tantas saudades desse riso escandaloso – Como chegamos nesse papo mesmo?

(EM REVISÃO) Qualquer Negócio|Rafael Lange| CellBitWhere stories live. Discover now