Capitulo 9

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Kyle, sobrevoa as encostas da Úmbria, mergulhando ao circular sobre a cidade medieval de Assis.  Ele dá uma boa olhada em seus muros medievais, e na enorme igreja que domina o vilarejo. Sob a luz do por do sol, os aldeões cuidam de seus afazeres, acendendo tochas, arrebanhando o gado e guardando galinhas e cabras. Todos se apressam em todas as direções, como em preparação: esta parece ser uma cidade que teme a noite.  Kyle sorri. Ele lhes daria um novo motivo para ter medo. Há poucas coisas que Kyle aprecie mais do que levar medo e pânico à vida de plebeus, causandolhes pesadelos que levariam anos para esquecer. Ele odeia as massas. Plebeus sempre haviam perseguido a sua raça, desde que Kyle conseguia lembrar, e ele acha que já é passada a hora de dar
lhes o troco.

Sempre que encontra uma oportunidade, faz questão de não desperdiçá-la. Kyle voa ainda mais baixo, mirando a praça da vila, não muito distante da igreja, na esperança de que sua aparição dramática e inesperada chame a atenção de alguém, talvez atraindo Caitlin para fora. Se aquela garota deplorável estivesse ali, ele não queria perder tempo em prendê-la. Ele já está impaciente para retornar ao século XXI, continuar sua guerra e acabar com esta pequena distração de uma vez por todas. Obviamente, ele tem que responder ao Conselho, e eles a querem viva.

É irritante, mas necessário. Ele poderia concordar, - capturá-la por agora apenas para satisfazê-los. Mas ele a escoltaria de volta, e não iria embora enquanto não a visse torturada e morta.  Na verdade, ele apreciaria bastante tudo isso. Mas desta vez, ele não deixaria nada para o acaso. Se eles demorassem, ele mesmo a mataria – com ou sem a aprovação deles.

Ao aterrissar com estilo na praça da vila, comsuas asas negras completamente abertas, com um efeito que faz cachorros correrem e galinhas voarem, aldeões de todos os lugares começam a gritar.  Velhas senhoras fazem o sinal da cruz, e crianças correm, temendo por suas vidas. É como se uma bomba tivesse explodido. Alguns homens mais corajosos agarram seus instrumentos de trabalho e partem para cima dele. Kyle sorri, ele adora esse tipo de humano. Se eles fossem vampiros, talvez se tornassem amigos. Kyle desvia facilmente quando um deles o golpeia desajeitadamente na cabeça com uma enxada; ele então se estiva e, com um único golpe, arranca a cabeça do corpo do homem.

Kyle se maravilha com a visão do sangue que jorra.  Ele se inclina, enfiando suas presas no que resta do pescoço dele, e bebe avidamente, sentindo o sangue cursar suas veias com excitação.  É o lanche da tarde de que precisa. Kyle caminha até dois homens e os pega pelo pescoço, erguendo-os com facilidade, e batendoum no outro com tamanha força que os mata imediatamente. Gritos são ouvidos por todo o pátio e os sinos da igreja soam, à medida que todos fogem para dentro de suas casas, trancando portas e barrando janelas. 

Uma gangue de doze homens se aproxima, correndo colina abaixo, todos armados com instrumentos de trabalho, gritando e avançando na direção de Kyle.  Ele sorri; os aldeões ainda não aprenderam a lição. Kyle não espera. Ele também avança contra o grupo, encontrando-os na metade do caminho, e quando eles atacam, ele de repente salta sobre toda a gangue, aterrissando atrás deles. 

Antes que possam reagir, ele agarra a pessoa mais próxima pela cabeça, puxando os cabelos e erguendo-a do chão. Ele a balança como uma boneca de pano, e então a arremessa contra o grupo, que cai como peças de dominó.  Antes que eles se recuperem, Kyle agarra uma desuas foices e golpeia descontroladamente.

Com sua velocidade vampira, ele ataca o grupo de humanos afobados como se eles fossem um monte de feno, partindo-os em pedaços. Dentro de poucos instantes, estão todos mortos. A praça da vila é agora um campo de batalhas ensanguentado.   Kyle salta por cima dos corpos mutilados, caminhando casualmente em direção à igreja.

Enquanto isso, as portas da igreja batem e são trancadas. Kyle sorri, se perguntando por que os humanos sempre achavam que trancar portas fizesse alguma diferença. Kyle se prepara e chuta as grandes portas da igreja, arrancando-as das dobradiças.  Ele entra na antiga igreja de Assis, atravessando a nave. À medida que avança, vai arrancando os bancos, arremessando-os contra as janelas e estilhaçando os vitrais antigos.  Ele ergue o braço e arranca um candelabro gigantesco, suspenso por cordas, girando-o sobre sua cabeça.  Quando ele solta a corda, o candelabro é lançado para o outro
lado da igreja, quebrando os vitrais da parede oposta.

Kyle avalia a destruição – é uma bela visão. Poucas coisas superam o prazer de destruir uma igreja. Ele sente a presença de Caitlin. Seguindo seus sentidos, ele é atraído para um corredor, desce um lance de escadas, e chega aos níveis inferiores da igreja.  Ao fazer a última volta, ele se surpreende com o que vê. Parado no meio do quarto está um velho padre, baixinho e com cabelos grisalhos, encarando-o com o semblante sério. Kyle imediatamente percebe que o homem é da mesma raça que a sua. Ele fica surpreso ao vê-lo com roupas de padre, um sacrilégio contra sua raça. “A garota que você procura partiu há muito tempo,” diz o padre, sem nenhum medo.

Ele encara Kyle com coragem inabalável. “E você nunca irá encontrá-la,” completa. Kyle sorri, “É mesmo?” - ele fala.Kyle dá alguns passos na direção dele, mas o homem não dá sinais de que vai recuar. Ele é bem mais corajoso – ou burro – do que Kyle pensava.  “Você pode me subjugar,” o padre fala, “Mas Deus domina todas as coisas. Você pode me matar hoje, mas Deus com certeza irá matá-lo um dia, e eu serei vingado.

A morte não me causa medo.” “Quem disse que irei matar você?” Kyle pergunta, se aproximando, “Isso seria fácil demais para você. Penso ao invés disso, em torturá-lo lentamente.” “Isso não faz a menor diferença para mim,” o homem responde. “Não importa o que você faça, nunca irá encontrá-la.” Kyle se aproxima do padre, e salta sobre ele. Mas o homem o surpreende no último segundo, erguendo o braço e jogando um punhado de cinzas sagradas nos olhos de Kyle.

Kyle cai ao chão, atordoado, com os olhos queimado. Cinza sagrada. Um golpe baixo. A doré insuportável, os olhos de Kyle não tinham contato com elas há séculos. “Eu te renuncio em nome de Satanás,” o homem declara. “Que estas cinzas sagradas lhe destruam, mandando-o de volta para o lugar de onde jamais deveria ter saído.” Ele joga mais cinzas sobre a cabeça de Kyle, repetidas vezes. Mas Kyle de repente recupera suas forças e parte para cima do padre, acertando-o com força e levando-o ao chão. Em cima dele, Kyle segura o pescoço do homem e aperta com força. O homem arregala os olhos e o encara, certamente em choque. “Seu ignorante,” Kyle dispara. “As cinzas sagradas matam apenas os mais fracos de nós. Eu desenvolvi imunidade a ela há centenas de anos.”. O homem luta para respirar enquanto Kyle o estrangula. Kyle abre um sorriso.
“E agora, é minha vez,” Kyle diz. “Você e eu agora vamos nos conhecer melhor. Bem melhor.”

Memórias De Um VAMPIRO (Transformada, Amada, Traída, Destinada, Desejada, Ect)Where stories live. Discover now