Capitulo 12

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N/P::-) ^o^ chegamos as 13 mil visualizações (^o^) e tudo graças a vcs e eu sei que muitos querem e a partir da próxima semana já poderei publicar diariamente (férias (^o^) ), ham e obrigado aos que me seguem, tenho estado tão ocupado que não tenho tido tempo para vcs, mas isso vai mudar, ham espero que aproveitem esse um dos capítulos mais grande até agora tchau (^_-)

"Caitlin!"
Mesmo fora de si, enquanto se ajoelha ali,
enforcando Cain, há algo naquela voz que a tira de
seu transe. De onde havia vindo?
Um homem dá um passo à frente, abrindo
caminho pela multidão, vestindo uma longa túnica
e carregando um cajado. Seus longos cabelos e
barba grisalhos faziam com que ele parecesse um
profeta. Ele para e olha para Caitlin, a decepção
evidente na voz.
"Solte-o!" ele ordena com firmeza.
Ao olhar em seus olhos, Caitlin, mesmo em
transe, pode sentir que há algo de especial neste
homem. Ela sente como se aquele fosse um
reencontro, como se já o conhecesse havia muitos
anos. E ela o respeita.
E é incapaz de recusar. Caitlin lentamente solta
o pescoço de Cain, e assim que o faz, ele
rapidamente escapa de debaixo dela, ofegante, e
corre em direção à floresta.
Caitlin fica em pé, e encara o misterioso homem.
Aiden. Ela tem certeza que é ele.
"Sim, sou eu mesmo,
" ele responde, lendo os
pensamentos dela. "E você e eu temos muito a
conversar."
*
Caitlin caminha em silêncio atrás de Aiden,
seguindo por uma trilha estreita que atravessa as
densas florestas da ilha. Pollepel, ela está
começando a perceber, é surpreendentemente
grande: enquanto o castelo toma apenas um canto
da ilha, o restante é completamente tomado por
estas florestas.
Eles caminham nesta e depois naquela direção,
ziguezagueando para um lado e para o outro,
subindo e descendo pela trilha. Aiden mantém um
ritmo forte, diversos metros à frente dela, e não
diminui ou se vira nenhuma vez para certificar-se
de que Caitlin o seguia.Ele deve ter presumido
que sim. Ele tem uma personalidade magnética,
há algo nele que Caitlin não consegue ao certo
identificar, que a faz segui-lo quer ela queira ou
não. Esta claro que ele é um líder.
Enquanto caminham, Caitlin pode ver trechos de
um rio distante por entre os galhos das árvores
ainda sem folhas em Abril. É primavera na ilha, e
as milhares de árvores ao redor deles começam a
florir, dando um aspecto verde-brilhante à toda a
floresta.
O lugar é muito bonito e, com certa tristeza,
Caitlin percebe que não quer sair dali.
Ela é repentinamente tomada pelo medo quando
passa por sua cabeça que ele talvez já fosse
expulsá-la
Ela não tinha tido a intenção de atacar Cain
daquela maneira. Mas ela não suportava
valentões, e ele era um dos mais repugnantes que
ela jamais havia conhecido, e ela não tinha sido
capaz de se controlar. Tudo parecia sempre se
resumir a isso: autocontrole.
Quando ainda era humana, ela não tinha sido
capaz de se controlar, enquanto mestiça, ela
certamente não tinha esta habilidade - e agora,
como uma vampira, parecia continuar tudo igual.
Quando a raiva se acumula dentro dela, ela não
pode mais segurar. Ela não conhece Aiden, mas já
pode sentir que ele não aprova suas atitudes
anteriores.
Eles caminham até o topo de montanha, e
descem pelo outro lado. Caitlin pode ver famílias
de veados correndo em todas as direções, com
pressa em sair da frente deles. Devia ser ali que o
coven caçava o jantar de todas as noites.
Ao circular outro monte, uma estrutura
finalmente pode ser vista. Localizada à beira do
rio, em uma área de areia, está uma pequena
estrutura de pedra. É do tamanho de uma cabana
de um quarto, mas construída da mesma maneira
antiquada que o castelo escocês, no outro lado da
ilha. Deve ser ali que Aiden vivia.
Aiden avança e entra na estrutura sem dizer uma
palavra, abrindo a pequena porta medieval e
deixando ela aberta para que Caitlin o siga. Ela
sente um nó na barriga, como se estivesse sendo
intimada pelo diretor da escola. E provavelmente
merecia isso.
Ela ainda sente que tinha estado certa em se
defender - e mais ainda em defender Polly - mas
ela provavelmente não deveria ter ido tão longe.
Ela poderia apenas ter batido um pouco nele e o
liberado. Mas essa não seria ela. Ela não consegue
simplesmente esquecer certas coisas. Pelo menos
tinha começado a perceber isso a respeito de si
mesma. Já era um começo.
Ela entra na pequena cabana de pedra. Ela era
mal iluminada, Caitlin atravessa um pequeno
corredor e chega até o escritório de Aiden.
Esse quarto, também, tinha sido esculpido em
pedras medievais, com um teto arredondado e
duas grandes janelas com vista para o rio. Era
simples e sóbrio, com uma bonita vista do rio que
parecia tomar conta de todo o lugar.
Caitlin se senta na enorme cadeira em frente à
mesa de Aiden, enquanto ele toma seu lugar atrás
dela. Ela pode sentir a brisa do rio entrando pela
janela, e isso a refresca. Ela se vira e olha para
Aiden.
Ele está sentado atrás de sua mesa, encarando-a.
Aiden era um homem, ou vampiro, estranho. Alto
e forte, seus longos cabelos prateados, penteados
com esmero, desciam até abaixo de seus ombros,
mesclando-se com sua barba. Ele tinha olhos
azuis intensos, que se fixaram nela, sem vacilar.
Aiden aparentava ter 60 anos, mas ela sabe que
ele é muito mais velho. Um homem intenso. Não é
do tipo que gosta de enrolação. Nunca. Não que
ele parecesse severo, não era isso. Ele só não
parecia ser frívolo.
Ele encara Caitlin intensamente, olhando dentro
dos seus olhos, e ela sente que ele esta
descobrindo tudo que precisa simplesmente a
encarando. Isso a deixa desconfortável. Ela tenta
imaginar o que poderia ser.
"Eu te trouxe até aqui,
" começa ele, com uma
voz profunda em tom oficial que, apesar de tudo,
acalma Caitlin,
"porque Caleb me pediu.
Considere como um favor a um velho amigo. Ele
me garantiu que você seria uma pessoa de fácil
convívio, harmoniosa, que se daria bem com o
restante do meu coven. Como sabe, há apenas 23
de nós, 24 agora, com você aqui, e que eu aceito
novos vampiros muito raramente. Devemos viver
em harmonia uns com os outros, se vamos
conviver bem aqui.".
"Eu não comecei a briga,
" Caitlin se defende.
"Cain começou tudo. Por que você não o
repreende? Ele é o idiota da história."
No momento em que diz isso, Caitlin sabe que
está certa, mas também sabe que, como sempre,
havia falado sem pensar, e que não deveria ter
sido tão dura.
"Cain tem seus problemas, você tem razão. Não
perdoo seu comportamento. Mas também não
desisto do meu povo, mesmo se eles têm
problemas. Esse coven existe para isso. Devemos
aprender a trabalhar nossas diferenças, a superar
nossos próprios defeitos. Cain está tentando. Não
tanto quanto deveria, eu admito. Mas ele vai ser
responsabilizado por seus atos de hoje, isso eu lhe
garanto."
Caitlin começa a responder, mas ele ergue a
mão.
"Apesar do que você possa estar pensando, eu
não lhe trouxe aqui para lhe repreender; pelo
contrário, estou bastante orgulhoso da forma como
se comportou hoje e de como você defendeu
Polly.".
Caitlin de repente sente todo seu corpo se
relaxar. Ela nunca, em toda sua vida, tinha ouvido
alguém dizer que estava orgulhoso dela. E passa a
enxergar Aiden com outros olhos. Ela gosta dele.
Ele parecia ser o pai que ela nunca havia tido.
"Eu já sei o seu lado da história. E sei o dele. Na
verdade, eu vi tudo antes mesmo que
acontecesse,
" ele afirma de maneira enigmática.
Isso faz com que Caitlin fique confusa. Seria
possível que Aiden previsse o futuro? E se ele o
tinha previsto, por que não tinha evitado? Ela fica
ainda mais intrigada com ele.
"Então por que estou aqui?" Caitlin pergunta.
Aiden a observa por um momento, e então se
vira e olha para fora da janela, para o rio, soltando
a respiração. Ao falar, ele continua olhando para a
água.
"Era a hora de conhecê-la,
"
, ele responde. "De
contar-lhe sobre este lugar. Presumo que Polly já a
tenha informado,
" ele completa, sorrindo. "Ela não
tem medo, como eu poderia dizer, de começar
uma boa conversa."
"Mas há mais que você precisa saber. A Ilha
Pollepel é um lugar muito especial. Aceito
recrutas seletivamente, e os treino
cuidadosamente. Embora todos aqui sejam
desajustados de alguma maneira, rejeitados pela
comunidade vampira, todos que saem deste lugar
são uma força a ser reconhecida. E nós,
coletivamente, somos uma força a ser reconhecida.

Memórias De Um VAMPIRO (Transformada, Amada, Traída, Destinada, Desejada, Ect)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن