Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL

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Under levanta sua enorme garra pra Dylan, mas ele atira. Seu coração é pego por várias balas que saem da escopeta. O monstro perde os sentidos novamente e cai.

O elevador está descendo faz muito tempo. Parece que ele nunca vai chegar ao objetivo. Isso me deixa tensa.

De repente, o corpo do monstro levanta novamente. Não adianta atirar no coração. Ele regenera de qualquer forma.

Dylan corre para longe dele. Então, o monstro vira seus grandes olhos vermelhos para mim.

Desespero-me quando ele solta um urro alto. Então, eu o vejo pular. Não um pulo normal. É de pelo menos uns vinte metros do chão.

Corro para longe quando vejo seu corpo se aproximar de mim. O chão treme com sua queda e o elevador solta um barulho agonizante.

Caio rolando. Sinto o chão se inclinar. Ele quebrou o elevador.

Então, bato contra uma parte inclinada da ponta do chão. Ela me segura para não cair do elevador.

Vejo o corpo do monstro vir em minha direção escorregando. Um pouco mais à frente, o pente da pistola que tinha caído.

Eu miro no monstro, mas quando atiro, nada sai da minha arma. Então, ergo o braço, agarrando o pente que caia em minha direção.

Troco os pentes rapidamente e atiro no monstro. Uma das minhas balas atingem o coração do monstro e ele se desvia de mim soltando urros de dor.

O Under cai do elevador, mas se segura na borda dele. O chão se inclina mais ainda com o seu peso sendo concentrado de um lado só. Olho para baixo e vejo que o chão não está tão longe assim.

Acho que dá para pular.

Olho para trás e vejo todos se segurando para não escorregar para fora do elevador.

— Temos que pular! — grito. — O chão não está longe! Vamos sobreviver!

Sem mais enrolação, eu me deixo cair. Propositalmente, Caio sobre o monstro e o levo junto comigo até o chão.

A sensação é como o do dia que pulei do hospital e quase morri. Meu coração está quase saindo pela boca. Não consigo respirar. O monstro solta urros e sua saliva quase atinge meu rosto. Seu corpo também é gosmento e nojento.

Então, eu sinto o impacto do monstro com o chão e rolo para sair de cima dele. Vejo todos caindo no chão também. Então, o enorme pedaço de metal que era o elevador começa a escorregar do ferro que está o segurando e cair na direção que estamos.

— Corram! — grito, levantando.

Saímos da área circular e entramos em uma passagem enorme. Minhas pernas quase não aguentam e eu por pouco não caio. Mas assim que percebo estar segura, desabo no chão, junto aos outros.

Olho para trás, bem a tempo de ver o enorme pedaço de metal cair sobre o monstro e se espatifar. O enorme elevador se transforma em milhões de pedacinhos de concreto e ferro.

Uma grande nuvem de fumaça sobe e eu não consigo ver mais o chão. Não vejo mais o corpo do monstro.

Tento parar de pensar nele e recobrar a respiração normal. Meu pulmão arde fortemente e meu coração dói a cada batida. Sinto minha cabeça doer um pouco.

Não consigo levantar do chão. Olho ao redor. Estamos em um lugar enorme de pedra. Acima de nós, o teto tem um grande símbolo de infecção esculpido.

Do outro lado, há uma parede com uma porta escondida. Percebo que é uma porta, pois há uma fresta pequenininha entre duas partes das paredes. Parece uma rachadura. Acima da porta, há uma televisão. E aos dois lados da televisão, duas armas enormes.

SinistraWhere stories live. Discover now