Capítulo Vinte e Oito

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Notas

Oi gente, só estou aqui para agradecer os cometários divos de vocês e pedir para que continuem comentando, o que acham que vai acontecer, se gostaram, se encontraram algum erro, essas coisas... A opinião de vocês é bem importante para mim.

Obrigado :D, amo vocês <3


Capítulo 28

Tudo que eu passo. Tudo que acontece comigo deve estar acontecendo exatamente com o homem que está na minha frente. Talvez ele não saiba de nada. Talvez ele não se cure. Eu tenho tantas perguntas na minha cabeça que começo a ficar tonta. Quero descobrir se ele tem os mesmos poderes que eu. Mas se eu perguntar aqui e agora, não vai dar certo. E se ele não se curar? Talvez seja melhor eu nem perguntar. Eu preciso ver. Preciso o ver se curando. Preciso descobrir se ele faz as mesmas coisas que eu. E vou descobrir hoje.

Richard nos guia por um corredor pequeno, pouco iluminado e destruído. O cheiro ruim está horrível, mas não tão insuportável quanto os primeiros andares. Algumas paredes estão com alguns buracos, dando a entrada da luz das janela. Tem alguns corpos no chão. Alguns parecem estar mortos um pouco recentemente. Mas nenhum parece ser de hoje.

— Nós estamos presos aqui faz um dia — diz Richard.

Nós?

— Tem mais gente aqui? — pergunto.

Ele não responde. Apenas abre a porta do final do corredor. Nós passamos. Surpreendo-me com o que vejo. Tem um homem com cabelo preto bem despenteado, musculoso, todo sujo, segurando um machado e sentado no chão em volta de destroços. Uma mulher com uma criança que parece ter uns cinco ou seis anos. Os mesmos cabelos loiros da mãe predominam no cabelo da criança. Tem uma outra mulher com várias tatuagens pelo corpo e cabelo semi-raspado. Essa está fumando.

Mas o que me chamou mais atenção foi a falta de parede e uma parte do chão atrás de todos. Consigo ver uma grande parte da cidade por aqui. Uma ventania que vem pelo buraco gigantesco nos atinge.

Será que eles não tem aonde ir?

Todos nos olham quando entramos. Eles parecem estar acabados. Richard passa por nós e explica:

— Encontrei eles fugindo de zumbis.

O homem que estava segurando o machado se levanta. Ele também é alto e tem uma cara de bravo. Assusto-me ao vê-lo de pé. Um cara desse acabaria com um zumbi apenas com uma mão.

— E trouxe eles para cá? — pergunta ele com a voz fria.

— Eles precisavam de ajuda — diz Richard.

Ele parece nem ligar para o homem. Talvez já esteja acostumado a lidar com ele. Mas a mulher com a criança parece estar bem assustada, mesmo estando longe dele.

Ando até o centro da sala, não muito perto do lugar que falta chão. Tenho que dizer que não tem só nós dois e que à um lugar bem melhor que esse para ficar.

— Tem mais de nós — digo. — E nós viemos de um condomínio. Lá tem vários sobreviventes e acho que podemos levar vocês.

Por um momento, todos me olham sem expressão e sem dizer nada. Sinto-me ameaçada com o olhar do outro homem. Mas ignoro. Então ele caminha em minha direção.

O meu coração dispara quando o monstro fica à centímetros de mim.

— O que estavam fazendo aqui? — ele pergunta com sua voz grossa e assustadora.

Ignoro o meu medo. Tenho que enfrentá-lo.

— Nós estávamos procurando remédio para a nossa parceira ferida — digo, seca.

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