Capítulo Dezenove

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Notas do Autor


Gente, fiz um trailer para a fanfic!!! Infelizmente ainda não dá para ver por alguns celulares, mas já estou tentando resolver o problema ^^

Link: https://www.youtube.com/watch?v=R2rVzeoYd7Y


Capítulo 19


Estamos bem perto do condomínio.

Meu coração está apertado desde que deixamos o corpo de Adam para trás. Tem algo pesado em meu peito. Talvez sua morte tenha sido culpa minha. Harry estava certo. Parece que eu não estou querendo viver, de tantas vezes que ele ou outra pessoa já me salvou. Adam morreu tentando me avisar que o tanque do posto ia explodir. Se eu não estivesse tão perto do posto, talvez ele teria conseguido se proteger do pedaço de ferro que voou em sua direção. Ele não estaria perdendo tempo gritando para eu sair dali.

Ou melhor, se eu não tivesse saído de trás do bar e começado a atirar igual uma maluca, ele ainda estaria andando conosco e nada disso teria acontecido.

Ninguém falou nada até agora. Isso por um lado é bom, pois não estou afim de falar com ninguém. Mas por outro é ruim. Não sei se Harry está bravo comigo pelo que aconteceu. Mas depois, sei que vou ter que contar tudo a eles. Tudo que sei sobre a LPB...

De repente, começamos a ouvir gritos que parecem serem de protestos ou de multidões enfurecidas. Não de muito longe. Parece ser do...

— O condomínio... — diz Ariana.

***

Assim que passamos pelos guardas que ficam em volta do condomínio, percebo que a entrada já está visível. O barulho está mais próximo e me preocupa muito. Começamos a correr até a entrada, o que faz meus pés doerem mais e meu cansaço atacar.

Assim que entramos no condomínio, nos deparamos com várias pessoas com cartazes improvisados e gritando. Vários guardas tentam parar a multidão, mas não está adiantando muito. No meio da gritaria, consigo entender "ESTAMOS COM FOME" e "PRECISAMOS DE AJUDA". Juro que ouvi uma mulher chorando gritar "EU QUERO SAIR DAQUI!"

Então, vejo Zayn.

Ele corre até nós desesperadamente.

— Onde vocês estavam? — pergunta ele.

— Depois explicamos... — digo. — O que está acontecendo?

— Eles estão protestando. — Explica Zayn. — Protestando por causa de alguns prédios faltarem alimentos.

Estão de brincadeira, não é? Reviro os olhos. Eles não percebem que é difícil encontrar alimentos para sete prédios?

Vejo uma pistola no porta-armas de Zayn. Sem pensar, eu a pego e avanço um pouco. Miro para cima e atiro. Na hora, todos se calam e olham para mim. Analisando bem as pessoas, só vejo Menores e Guardas. Nenhum — que eu saiba — é Sinistro ou Maléfico.

Literalmente, eu não pensei antes de fazer isso. Agora eu não sei o que falar...

— Eu sei que é ruim ficar sem café da manhã... — improviso. — Ou almoço. Ou jantar. Mas é mais difícil ainda procurar alimentos que não foram devorados por zumbis ou sirvam de casa para moscas. — Sinto que já falei isso em algum lugar... — Os Sinistros estão fazendo o máximo que podem. Isso é muito difícil para nós. Ir lá fora, enfrentar essas coisas... Perdemos gente quase toda semana. Acabamos de voltar de um jogo em que fazemos toda semana. E pegamos um caminho diferente das outras pessoas na volta. Isso causou nosso atraso e a perda de um Sinistro. Sei que saímos para nos divertir, não para encontrar alimentos. Mas isso pode acontecer com qualquer um enquanto procuramos o suprimentos para vocês. Algumas pessoas são mais fortes que outras. Algumas são maiores que outras. Mas todos somos iguais. Nós todos somos mortais. Então, nos arriscamos para encontrar alimentos. Soube recentemente, que vamos para um shopping. Mas precisamos encontrar um caminho seguro até lá. Temos certeza, que quando formos para lá, voltaremos com roupas e alimentos. Apenas... Esperem um pouco mais... nós daremos um jeito.

SinistraWhere stories live. Discover now