Capítulo Cinquenta e Seis

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Ariana nem avisa e sai. Ela volta e avisa que não tem ninguém. Todos estão lá fora, me esperando sair. Corremos para fora e já atravessamos a porta da garagem.

Descemos as escadas. O barulho de lá fora é quase insuportável. Ouço muitas pessoas gritando o meu nome.

Saímos pela porta da garagem e então vemos Maléficos andando pelo local. Eles nos veem e já avançam.

Nós corremos na direção onde há menos Maléficos. Estamos em muitos. É quase impossível não nos ver. De repente disparos começam. Em nossa direção.

— PAREM! — grita um dos Maléficos.

A maioria se esconde atrás de um carro, a outra parte se esconde atrás de uma van, como eu.

Tiros pegam bem na van. Acho que eu sou o alvo. Eu espio e vejo a localização de um deles. Saio do esconderijo, atirando com a pistola, várias vezes contra o Maléfico. Os tiros o atingem e ele cai. Outro Maléfico mira em minha direção, mas alguém atira nele primeiro.

Voltamos a correr. Eles me seguem. Mais Maléficos aparecem na nossa frente.

Pulo para trás de um carro. Tiros pegam no vidro do carro e ele estilhaça. Seus cacos caem em mim. Meu coração está quase saindo pela boca. Cada disparo é uma dor na minha cabeça.

Vejo Harry e Lena atirando. Eles fazem sinal de que está liberado e nós continuamos avançando. Um Maléfico sai de trás de um carro e eu atiro nele, antes que faça qualquer coisa.

Corro em direção a um corpo e pego o fuzil do chão. Guardo a pistola e continuo a corrida.

— Claire Roberts! — gritam Maléficos atrás de nós.

Somos obrigados a nos escondermos atrás de carros. Escondo-me atrás de um pilar.

Tiros acertam o pilar e pedaços de pedra voam para o chão. Não arrisco me mexer até os tiros pararem.

Viro-me e disparo contra um corpo em pé. De repente, um tiro pega bem perto de mim. Olho para frente e vejo um Maléfico correndo, apontando a arma para mim. Sua mira não deve estar nada boa, pois sua corrida é rápida.

Aproveito e atiro contra ele. A primeira bala pega em seu peito e ele cai.

Vejo Mandy sair de trás de um carro e correr para outro. Mas no meio da corrida, ela é atingida.

— Não! — grito. — Mandy!

Vejo seu corpo tombar contra o chão e sangue sair do buraco de sua cabeça. Lágrimas chegam aos meus olhos.

Não consigo olhar para mais nada além daquele corpo caído. Meu coração bate forte.

Ela morreu.

Um tiro pega no pilar e me faz acordar. Com raiva, saio de meu esconderijo e atiro contra os corpos de pé. Corro para o carro mais próximo e me escondo atrás dele.

Vejo que Justin já estava aqui.

— Droga, isso não vai dar certo. — ele fala. — Temos de distrai-los!

Eu olho para ele. Não tenho nenhum plano. Se explodir algum desses carros, é bem capaz do chão lá em cima quebrar e matar todos os outros. Precisamos de outra distração.

— Eu posso ir por outro caminho e vocês seguem até a porta — ele fala.

Eu o olho. Sua ideia é boa. Porém perigosa. Ele pode ser baleado. Não quero que aconteça isso.

— Mas e se você não conseguir? - pergunto.

— Eu vou conseguir. Só vá até a porta. — Ele fala. — Cuida da minha irmã.

Engulo o seco. Então, concordo com a cabeça, deixando Justin se arriscar por nós.

Ele sai de trás do carro e corre em uma direção diferente do nosso objetivo. Maléficos correm atrás dele.

Aproveitamos e saímos de nosso esconderijo.

— Aonde meu irmão foi? — pergunta Ariana.

— Ele foi distrair os Maléficos — falo. — Ele ficará bem... Temos que continuar.

Ela fica parada no lugar por alguns segundos. Mas então se move e nós voltamos avançando. Ouvimos os disparos de Justin.

— Eu vou ajudá-lo — fala Lena. — Boa sorte para vocês lá.

Ela corre na direção que Justin seguiu.

Continuamos avançando. A porta já está bem perto. Tiros pegam nos carros ao meu lado e eu me escondo rapidamente. Espio atrás do carro e vejo dois Maléficos vindo. Niall e Demi disparam contra eles e os acertam.

Continuamos a correr. Quando finalmente chegamos a porta, eu tento abri-la, mas sem sucesso.

Olho para trás e vejo três Maléficos vindo.

— AQUI, ELES ESTÃO AQUI! — grita um deles.

— Rápido, Claire! — diz Niall.

Bato o ombro contra a porta. Ela não se move. Bato mais uma vez. E outra. Mais Guardas aparecem correndo.

Respiro fundo. Então, avanço com o máximo de força. Meu ombro bate contra a porta e a abre. Mando todos passarem rápido e fecho a porta novamente. Uma luz vermelha acima da porta ascende e trancas são ativadas, junto com uma grade de metal que sobe do chão e prende a porta.

Respiro ofegantemente e coloco as mãos nos joelhos. Tento recobrar o ar.

— Travas de segurança — diz Dylan. — Acho que estavam aí para caso alguém arrombasse a porta.

Tudo que penso agora é em um copo de água e uma poltrona para sentar. Acho que devia ter pensado duas vezes antes de aceitar vir para cá.

Viro-me para avaliar o local. Paredes de pedra e o chão com água suja que bate no calcanhar. A luz acima de nós pisca e parece ser a única nesse túnel.

É o esgoto. E só tem um caminho. Seguir reto.

— E agora? — pergunta Demi.

— Continuamos — falo, tirando as mãos dos joelhos e olhando o caminho escuro pela frente.

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