— Eu falhei outra vez — falo baixo demais, apenas para por para fora toda a minha dor. — Não as protegi como prometi — sussurro, sentando-me na poltrona do lado da cama e seguro na sua mão, beijando-a calidamente em seguida. — Mas isso não vai ficar assim, meu amor. Eu juro que não.

Uma batida leve na porta me faz olhar na mesma direção e sou obrigado a dizer até logo.

— Eu vou voltar, Sila, descanse, meu amor! — Beijo calmamente a sua testa e saio do quarto tendo o cuidado de fechar a porta atrás de mim. — Alguma notícia? — pergunto um tanto seco para o homem usando um jaleco branco.

— A situação dela não é nada fácil, Senhor Arslan. Muitos órgãos foram esmagados e ela não reagindo ao tratamento.

— Faça o possível para salvá-la, eu a quero viva. Quero que ela pague por tudo em vida, entendeu?!

— Estamos fazendo o melhor possível, Senhor Arslan. A Dilara já não consegue mais respirar sozinha e temo pela falência múltiplas dos seus órgãos.

Fecho as mãos em punho.

— Mantenha-me informado! — ordeno.

— Sim, Senhor! — Assim que ele se afasta pego o meu celular e ligo para o meu segurança, que atende no primeiro toque.

— Senhor Arslan?

— Ele falou alguma coisa?

— Temos alguns nomes, Senhor.

— Ótimo! — Respiro fundo, porém, consternado. — Ele já sabe?

— Ainda não, Senhor.

— Ok, estou aí!

***

— Não foi fácil arrancar-lhe as informações, Senhor Arslan. Então não se assuste quando o vir.

— Quem ele mencionou?

— Uma policial dentro do presídio, duas prisioneiras e dois dos nossos. — Paro bruscamente.

— Dois dos meus homens?

— Eles já estão aqui caso queira falar com eles.

Puxo a respiração.

— Deixe-me adivinhar? São do turno da noite.

— Exatamente!

Rio, mesmo sentindo a fúria me consumir por dentro. É claro, ela entrou nos meus domínios enquanto dormíamos. A filha da mãe podia ter feito algo com o Ali e eu nunca me perdoaria por isso.

— Alan Bruser! — falo com certo desdém assim que adentro o meu antigo escritório.

— Olhe para mim, seu infeliz! Olhe o que os seus homens me fizeram! — O homem rosna com dificuldade, enquanto avalio o seu rosto extremamente machucado.

— Nossa, isso está feio! — retruco com fingida preocupação. — Mas, se você tivesse falado nada disso teria acontecido.

— Você é um monstro! — Ele me acusa com extrema irritação.

— Eu sou um monstro? A sua filha atentou contra a minha esposa grávida outra vez. Me diga, Alan quem é o verdadeiro monstro? — le ergue os seus olhos inchados para mim. — Primeiro ela matou a própria irmã grávida, depois aterrorizou o meu filho e agora tentou matar a Sila, mas eu que sou o monstro?

— Você disse que ela tentou matar a Sila?

— Dessa com uma arma e se não fosse o Jessé...

— Quem é esse Jessé?

Casada com o Turco Onde histórias criam vida. Descubra agora