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Sila

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Sila

Já tem horas que ele saiu de casa e a noite já começou a cair lá fora. O meu nervosismo me levou a fazer dezenas de ligações, mas ele não atendeu nenhuma delas.

Onde você está, Murat?

A aflição não me permite sair de perto da janela e o tempo todo fito os largos portões na esperança de vê-lo passar por eles, mas nada acontece. Eu não devia tê-lo contado sobre o Taylor e a Dilara, mas era isso ou ela iria se safar me deixando em apuros. Com um suspiro olho para o diário intocado e largado em cima da minha cama. Juro que até a minha curiosidade se dissipou diante dos novos fatos.

Por favor, querido, me diga que você está bem!

Um fio de esperança se acende dentro de mim no exato momento que a porta do meu quarto se abre, porém, é o Ali quem passa por ela com um olhar tristonho e me repreendo por ter me esquecido todo esse tempo do menino.

— Ei, você! — sibilo, agachando-me e abrindo os meus braços para recebê-lo. O menino não hesita em correr para os meus braços e no ato, o aperto carinhosamente neles. — Pode me dizer por que está tristinho assim, hã?

— O papai não veio para casa, Sila.

Respiro fundo, porém, sutilmente o levo para a minha cama e após sentá-lo no colchão, me sento do seu lado.

— Ele não veio, mas... — Sorrio amplamente. — Eu estou aqui! — Ele sorri. — Você quer que eu conte uma história?

— De que?

— Hum, você pode escolher.

— Conta a história da rainha Sila e do rei Murat? — Uno as sobrancelhas em confusão. — E você pode dizer que eles têm um filho, o príncipe Ali. — Sorrio, mas confesso que estou surpresa com esse pedido tão bem elaborado.

— É claro, querido, mas você precisa se deitar e tentar dormir. Combinado?

— Sila?

— O que?

— Você pode dizer na história que a rainha Sila é a minha mãe? — Engulo em seco.

— Eu posso sim.

— E pode contar que ela vai me dar uma irmãzinha também? — Meu coração dispara.

— Que tal se você fechar os seus olhos e eu te contar essa história, e as coisas podem ir acontecendo a medida que eu for contando, o que acha?

— Está bem! — Então ele faz exatamente o que eu peço. Contudo não falo nada por alguns segundos, apenas olho para o garotinho de olhos bem fechados e com um sorriso fechado nos lábios.

Respiro fundo e levo as minhas mãos para os seus cabelos, fazendo um carinho neles.

— Era uma vez em um reino bem distante, onde vivia um rei mandão...

Casada com o Turco Where stories live. Discover now