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Sila

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Sila

Um piquenique, que extraordinário, Senhor Arslan. Resmungo mentalmente, olhando-me no espelho de corpo inteiro, apreciando o short curte e folgado de um tecido confortável, e uma blusa de botões que fiz questão de dar um nó na altura dos meus seios, além de uma rasteirinha, óculos escuros e um chapéu com abas largas. Minutos depois, alcanço o topo da escadaria e o encontro em pé no meio da sala, segurando uma cesta de vime em uma mão e passando algumas instruções para uma empregada.

Entretanto, assim que percebe a minha presença, Murat se aproxima, tirando os óculos de sol e o seu olhar me fita de baixo para cima, entrando o meu olhar no processo.

— Você assim? — O tom de repreensão na sua voz é palpável, porém, faço um gesto de desdém para ele.

— Sim, a final é um piquenique, certo? — retruco passando por ele.

— Sila, essa roupa está muito curta! — Ele rosna, segurando no meu braço, fazendo-me fitá-lo.

— E?

— Os empregados da casa vão olhar para você!

— E? — Arqueio as sobrancelhas.

— Como, e? Você não pode sair assim chamando a atenção de todos os homens para você! — Murat rosna baixo, porém, entre dentes. No entanto, o envolvo com os meus braços, chegando bem perto do seu rosto e simulo um beijo que não acontece. Isso o faz resfolegar um pouco e a sua mão chega a pressionar a minha cintura com uma certa força.

— Eu vou estar o tempo todo com você, Senhor Arslan — sussurro provocativa. — Então deixe que me olhem, mas tenha em mente que só você me tem. — Escuto um grunhido de desagrado sair da sua garganta. Entretanto, volto a pôr os meus óculos e saio da sala, o deixando para trás. Contudo, Arslan me alcança e segura possessivamente na minha mão, guiando-me para dentro do estábulo. — Cavalos? — indago, sentindo o meu coração bater em festa.

— Para onde vamos precisaremos deles. — Sorrio amplamente, inteiramente satisfeita com essa ideia. Ávida, vou direto para o meu preferido, acaricio os seus pelos e encosto a minha testa na sua crista, sentindo o seu calor imediatamente.

— Oi, você! — sibilo carinhosamente, sentindo o meu sorriso se ampliar para o animal. — Estou ansiosa para montá-lo outra vez...

— Nem, pensar! — O rosnado de Murat me deixa frustrada.

— Por que não?

— Você sabe os meus motivos, Sila!

— Mas, Murat...

— Eu disse que não!

Bufo irritada.

— Não o escute, Jessé, você é um doce e eu te amo, ok? — sussurro, o beijando quando o meu marido se afasta.

Casada com o Turco Where stories live. Discover now