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Sila
— Ayla, você já sabe, fique sempre de olho no Ali

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Sila
— Ayla, você já sabe, fique sempre de olho no Ali. Por favor, não tire os olhos de cima dele um só minuto !— repito as minhas instruções antes de finalmente sairmos do carro. — O lugar vai estar cheio e eu não quero que nada o aconteça, entendeu?
— Não se preocupe, Senhora Arslan, o Ali vai estar seguro comigo. _ A garota garante, mas não me sinto tão segura disso.
— Ok! — Aceno um sim para a garota, soltando um suspiro nervoso e me pergunto se todas as mães agem assim feito malucas desconfiadas como eu.
— Relaxe, amor, ele vai ficar bem! — Murat fala tentando me convencer do óbvio, deixando um beijo casto no meu rosto e o seu toque me faz relaxar, mas só um pouco. — Pronta? — Ele pergunta confiante, porém, sorrio para ele.
— Pronta.
Talvez todo esse nervosismo tenha um significado, além das minhas responsabilidades. Penso observando a fachada do hotel imponente com suas paredes de vidros escuros, onde alguns homens usando termos escuros observam atentamente a lista de convidados. A verdade, é que eu não pensei que ficaria tão ansiosa com dia do casamento da minha melhor amiga e do meu irmão mais velho. Quer dizer, a Marli  e eu tínhamos tudo planejado em nossas cabeças na adolescência. Eu seria a sua madrinha, a ajudaria com os preparativos e com o enxoval, e ainda estaria do seu lado nos últimos minutos até que ela chegasse ao altar. Bom, a parte da madrinha até que rolou, mas o resto… infelizmente não pude estar do seu lado a cada minuto como combinamos.
— Eu vou ver a Marli — aviso o beijando rapidamente.
— E eu vou falar com seus irmãos. — Apenas concordo com o meu marido e vou ao encontro da minha amiga que deve estar com os nervos à flor do pano. No caminho encontro um garçom e pego duas taças de champanhe que estão dispostas em uma bandeja.
— Saiam! Saiam todas de perto de mim agora! — Escuto o som da sua voz alterada e decido abrir a porta do quarto de hotel, abrindo um sorriso para uma noiva lindíssima, que nesse momento está andando de um lado para o outro, enquanto respira fundo várias vezes. — Ah, Sila! — A garota se exaspera em um misto de alívio e agitação, e vem imediatamente ao meu encontro, aconchegando-se nos meus braços. — Que bom que você chegou, amiga! Aquelas inúteis só serviram para me bajular. Eu sei que está faltando alguma coisa em mim, mas elas insistem em dizer que eu estou perfeita! — Ela resmunga com um lamento, me fazendo abrir mais um sorriso. — Sério, olhe pra mim, me diga o que está faltando? _ Marli desliza as mãos de alto a baixo do seu corpo, mostrando-me os detalhes do penteado, maquiagem e elegante vestido de noiva que abraça o seu corpo com uma perfeição ímpar.
— Eu trouxe isso pra você. — Lhe estendo as bebidas e ela não hesita em segurar as taças, esvaziando uma delas praticamente com um gole e no ato, beberica a outra como se a bebida fosse o seu bote salva-vidas.
— Obrigada, amiga, eu realmente precisava disso! _ Marli sorri. _ Só você me entende!
— A propósito, você está muito linda!
— Estou, não é? — Sei sorriso se alarga.
— Como disseram aquelas garotas inúteis, você está perfeita, amiga! — Ela sorri outra vez, mas leva uma mão a testa em seguida.
— Coitadas, elas devem estar me achando uma megera agora! — Não seguro o riso.
— Você só estava nervosa demais e isso deve ser normal. — Duas batidas na porta nos faz olhar na mesma direção e a minha mãe põe a cabeça em uma brecha em seguida. O seu sorriso se desfaz quando ela percebe a minha presença no quarto. Contudo, os seus olhos se enchem de lágrimas não derramadas.
— Ah… é… querida, pediram para avisar que já está hora. — A Senhora Eda Yilmaz gagueja pela primeira vez na sua vida.
— Sogra! — Marli cantarola um tanto festiva, a abraçando no mesmo instante. Entretanto, não conseguimos trocar olhares.
Respiro fundo.
— Eu te vejo lá embaixo — aviso e saio imediatamente do quarto. Diferente das outras vezes, não estou evitando a minha mãe e de verdade, eu não deveria evitá-la. A final foi um casamento forçado e completamente desastroso que acabou dando certo. O amor floresceu em terras estranhas e deu lugar a um sentimento de cumplicidade, afeição e devoção. Murat se tornou o homem que eu sempre quis para mim e eu me tornei a sua mulher. Portanto, de alguma forma tenho muito o que agradecer a eles. O problema é que esse não é o momento e nem o lugar para termos essa conversa.
— Você está bem? — Meu marido pergunta assim que me aproximo dele e no ato, ele segura na minha mão, cruzando os nossos dedos, beijando na minha testa.
— Eu… vi a minha mãe. — Decido não esconder o que aconteceu de fato.
— E? — Faço um gesto de desdém.
— Eu quis tanto abraçá-la, Murat! — sibilo sofregamente.
— E eu poço saber por que não fez? — meneio a cabeça em um não lento e sutil.
— Ainda não é o momento — respondo com um suspiro baixo. Entretanto, olho ao redor dos convidados espelhados dentro de um grande salão luxuoso e decorado tipicamente  com detalhes turcos a procura do Ali e da Ayla.
— Relaxe, Habbibi, eles estão bem! — Uma palavra perdida nessa frase me faz olhá-lo.
— Habbibi? — Acho graça.
— Significa meu amor. — Sorrio.
— Acho que preciso me dedicar um pouco as nossas origens. — Brinco, beijando o seu rosto áspero devido a barba por fazer.
— Deveria. — Murat ralha. No entanto, volto a procurá-los.
— Onde eles estão? — inquiro ainda a procura e para a minha satisfação, Murat aponta o seu indicador em uma direção. Sorrio ao vê-lo brincar com outras crianças. Ali parece uma criança de verdade rindo e correndo, completamente animado com elas. Constatar isso faz o meu sorriso se ampliar.
— O que acha de colocá-lo em uma escola?
— O que? — Meu marido parece aturdido.
— O Ali precisa desse contato, Murat. Não dá para trancá-lo para sempre dentro da sua redoma de vidro.
— Eu não… — Ele tenta rebater, porém, revira os olhos. — Ok, você está certa!
— Isso quer dizer que eu posso procurar uma escola para o Ali?
— É, você pode. — Ganho um beijo curto na boca e logo a nossa conversa é encerrada pela agitação dos convidados quando o noivo surge festivo acompanhados dos homens da festa.
É realmente uma animação incrível!
Depois, dessa entrada esfuziante, é a vez da noiva entrar com a sua animação e algumas mulheres animadas bem atrás dela.
Uma casamento bem agitado, diga-se de passagem.
Embora seja um casamento religioso, não estamos em uma igreja como é de costume aqui na Inglaterra e em vários países. Marli e Deniz escolheram um casamento turco, com uma mesa retangular ampla suficiente  para acomodar os noivos, as testemunhas e o cerimonialista. É uma cerimônia curta, com poucas palavras turcas e a pergunta da espontaneidade do casal e das testemunhas. É algo tão simples, que não deixa de ser tão bonito.
— Meus parabéns! — falo, abraçando a minha amiga bem apertado, pois estou muito feliz por ela e por fim, paro de frente para o meu irmão mais velho sem nada a dizer.
— Sila… — Ele começa a falar, porém, surpreendentemente abro os meus braços para ele. Deniz parece  surpreso com a minha atitude e um sorriso meu lhe dá a certeza do que realmente está acontecendo aqui.
— Parabéns, Deniz! — sibilo o abraçando e esse abraço foi mais demorado do que de costume. _ Eu te desejo muita felicidade, que Allah sele essa aliança que você acabou de construir, que os seus filhos sejam suas bençãos e que eles sejam o motivo do seu orgulho. Que você e Marli sejam prósperos e que o amor seja a sua prioridade.
Deniz engole em seco quando se afasta de mim, porém, as suas mãos seguram firmes nos meus ombros e os nossos olhos continuam conectados.
— Me perdoe, Sila! Perdoe por tê-la magoado tanto! — Sua voz está um tanto embargada agora e eu não seguro as minhas lágrimas. — Me perdoe, minha irmã! _ Sorrio em resposta.
— Você está perdoado, irmão! — sussurro voltando a abraçá-lo, afagando as suas costas no ato. — Eu te amo, você sabe disso, não é?
— Eu te amo tanto, Sila! Acredite, o tempo todo eu só quis o melhor para você. — Deniz sussurra, afastando-se para enxugar as minhas lágrimas.
— Mas você foi um carrasco comigo — ralho com humor o fazendo sorrir.
— Eu sei e se eu tivesse a chance de consertar o meu erro, o consertaria, acredite.
— Não há o que consertar, Deniz. — Ele une as sobrancelhas, porém, olho para o meu marido que pacientemente me aguarda. — O Murat e eu estamos apaixonados e talvez, eu disse talvez você tenha me impedido de cometer o maior erro da minha vida.
— Que bom, irmã! — Deniz volta a me abraçar, mas dessa vez somos interrompidos por uma noiva radiante e ansiosa.
— Sei que vocês têm muito o que conversar, mas agora eu preciso do meu marido. — Rio da sua afobação e logo sinto o abraço do meu marido atrás do meu corpo. No mais, aproveitei a festa o máximo possível e até dancei o ritmo turco de ser.
Acho que estou ficando boa nisso! E quando voltamos para casa já está bem tarde. O Ali e Ayla estão dormindo no banco traseiro do carro, e após acomoda-los em suas camas quietinhas, decidimos passar algumas horas em nossa sala, bebendo um bom vinho, dançando coladinhos, sussurrando promessas e claro, que esse nosso momento terminou em cima da nossa cama.

 O Ali e Ayla estão dormindo no banco traseiro do carro, e após acomoda-los em suas camas quietinhas, decidimos passar algumas horas em nossa sala, bebendo um bom vinho, dançando coladinhos, sussurrando promessas e claro, que esse nosso momento te...

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Que bom que a Sila resolveu fazer as pazes com a sua família. Bem ou mal, eles acabaram encaminhando a garota para os caminhos do coração, certo? Espero que eles se reúnam logo.
E essa preocupação de mãe com o seu filhote? Sila a cada dia me surpreende.

NO MAIS, quero desejar FELIZ PÁSCOA atrasado para vocês kkkkkkk E como eu passei o meu feriado de páscoa?
CARREGANDO TIJOLOS 🤦🏻‍♀️ kkkkkk nada de chocolates moçada. Tivemos que dispensar um pedreiro trabalhoso, que só estava nos dando prejuízos e agora temos que encontrar outro, e enquanto isso não acontece, estamos colocando as mãos a obra. Marido levantando paredes, um filhão quebrando pisos e o outro carregando metralhas. Oh vida! Kkkkkkk

Casada com o Turco Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt