Sila Yilmaz nasceu em Antália na Turquia, porém, desde muito cedo ela foi morar com a sua família na Inglaterra. A garota cresceu sem os costumes da sua terra natal. Contudo, antes de morrer, seu pai pediu para o filho mais velho que cuidasse da fam...
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Murat
— O papai trouxe sorvete — Praticamente canto a frase o deixando ainda mais animado.
— De que, papai?
— Hum, tem alguns sabores lá na cozinha. Será que pode pedir para a Samia servir algumas porções para nós três? — peço, o colocando de volta no chão.
— Siiimm! — Ali grita festivo e não mede distância para sair correndo do quarto. Aproveito fitar a minha esposa e droga, ela parece bem brava.
— Onde você estava? — O tom firme que sai da sua boca me faz deslizar o meu polegar pelo meu lábio inferior.
É, ela está brava e não é para menos.
— Por que não atendeu as minhas ligações, Murat Arslan?! — inquire rudemente, porém, dou alguns passos despretensiosos na sua direção. — Sabia que você me deixou uma noite inteira sem dormir? Eu não conseguir pregar os olhos, porque não sabia onde estava e nem como estava! — Sila continua com os seus protestos e enquanto fala, as suas mãos gesticulam e elas estão trêmulas. Entretanto, inesperadamente a puxo para os meus braços e a beijo arduamente na boca. — O que você pensa que está fazendo?! — Ela grunhe raivosa durante o beijo, me empurrando para longe do seu corpo, porém, continuo com o meu árduo serviço que quebrar essa pedra de gelo que pus entre nós. — Murat, pare! — Dessa vez ela põe mais força e consegue me afastar. Sila me encara determinada e respira fundo antes de falar. — Eu preciso te contar algo.
A observo respirar fundo outra vez.
— Então me conte!
— É sobre o Ali. — Franzo a testa.
— O que tem o meu filho?
— Hoje ele teve uma reação meio... estranha. —Uno as sobrancelhas.
— Estranha como?
Sila parece hesitar.
— Vamos, Sila, fale logo!
— Eu o levei ao estábulo essa manhã.
Não acredito que ela fez isso! Protesto internamente.
— Ele estava bem, Murat, eu juro! O Ali estava se divertindo com os animais...
— Mas? — Ela puxa o ar pela boca.
— De repente o Ali ficou paralisado... — Dou um passo na sua direção e a olho bem dentro dos seus olhos.
— O que você quer dizer com, paralisado?
— Ele simplesmente não se mexia e não dizia nada. Mas, quando voltou a si parecia que nada tinha acontecido. O Ali... ele... rio como se tudo estivesse normal. A princípio eu fiquei assustada e nervosa com a sua atitude, mas... — Ela puxa outra respiração e vai até a sua cama pegar algo.
