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CAPÍTULO SEM REVISÃO.

Sila

Certain Things, de James Arthur começa a tocar na ampla sala e me permito fechar os meus olhos para apreciar a sua letra. Logo sinto a sua presença atrás de mim e o seu calor me sorrir.

— A propósito, você linda querida esposa! — Murat sussurra contra os meus cabelos, fazendo-me arrepiar inteira. No ato, me viro para ficar de frente para ele e encontro a intensidade dos olhos negros brilhantes. Uma intensidade que eu aprendi a amar. Respiro fundo quando ele me estende uma taça de vinho e na sequência, ele ergue um pouco a sua. — Ao nosso amor!

Fico séria.

— Que ele seja tão forte quanto a mais dura rocha — sussurro, fazendo a minha taça tilintar na sua e logo que bebericamos da bebida, ele larga a sua taça em cima da mesinha de centro, depois, faz o mesmo com a minha. Sua mão ávida se apossa da minha cintura e logo os nossos corpos estão colados.

Deus, estamos tão colados que fica difícil de respirar.

Murat encosta a sua testa na minha, quando as minhas mãos seguram nos seus ombros e no mesmo instante o meu corpo é embalado pelo seu, seguindo o ritmo da música.

— Senti saudades! — Ele sussurra enquanto os seus olhos penetram nos meus.

— Também senti a sua falta! — confesso no meu tom.

— Eu te amo tanto! — sorrio, beijando calidamente na sua boca.

— Também te amo!

— Queria nunca mais sair de perto de você. — Respiro fundo outra vez.

Sinto que estou sufocando com esse amor. É algo tão forte, difícil de se suportar, mas ao mesmo tempo ele é brando, quente e chega a afagar o meu coração embebido desse sentimento. Eu o compreendo completamente. Sei exatamente como ele se sente, porque eu também queria que ele nunca saísse de perto de mim. Quando esse sentimento cresceu de maneira tão dependente e assustadora? Quando ele nos dominou sobremaneira que parecemos acorrentados um ao outro? Me sinto tão forte perto dele, invencível, capaz de destruir quem ousar nos afastar.

— Você é tudo para mim, Sila, nunca se esqueça disso. — Rio quando ele me faz afastar do seu corpo, mas logo ele nos cola outra vez.

— Você é tudo para mim, Murat e não tem como me esquecer disso. — Outro giro e as minhas costas grudam no seu tronco. Murat continua se mexendo e eu continuo a ser embalada pelo corto, só que agora sinto a sua boca na lateral do meu pescoço. Os seus beijos se espalham lentos e arrastados por minha pele, tornando-a febril e logo a minha respiração começa a pesar.

— Amo esse seu cheiro! — Ele sibila, enfiando o seu rosto no vão do meu pescoço e aspira o perfume dos meus cabelos, e quando fecho os meus olhos, consigo viajar nos seus afagos e carinhos.

My Only One de Sebastián Yatra, Isabela Moner começa a tocar logo em seguida e eu não resisto ao calor da sua boca. Portanto, viro a minha cabeça para o lado e a tomo para mim. Ganancioso, Murat me faz virar de frente para ele, parando todos os nossos movimentos apenas para aprofundar o nosso beijo. Logo as nossas chamas estão acesas e elas crescem assustadoramente, tornando-se mais altas e vibrantes, nos fazendo queimar de dentro para fora. Não demora para os nossos sons se espalharem e as nossas mãos buscarem toques mais íntimos, quentes e envolventes. Contudo, meu marido para tudo de repente e um pigarrear me diz que algo está errado.

— Me desculpe, eu não quis atrapalhar! — A voz falha de Emine me faz olhar para trás. — Eu... estava indo à cozinha. Eu... estou com sede.

— Tudo bem, Emine! — Murat fala meio sem graça, após limpar a garganta e quando a garota sai apressada da sala ele começa a rir, me fazendo rir também. — Penso que devíamos ir para o nosso quarto antes que os empregados nos vejam também, Senhora Arslan! — Ele ralha me colocando nos seus braços repentinamente e começa a caminhar para a escadaria. Ansiosa, envolvo o seu pescoço com os meus braços e volto a beijá-lo com a mesma fome de segundos atrás. Contudo, não vamos para o meu antigo quarto de hóspedes, a final, Murat mudou-se para o quarto da frente e agora dividimos o mesmo espaço como sempre deveria ter sido.

Casada com o Turco Where stories live. Discover now