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Murat

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Murat

— Oh, vocês chegaram! — Dilara cantarola quando chegamos ao topo da escadaria. Inevitavelmente percebo a curta camisola vermelha de seda rendada, que deixa pouco para a imaginação masculina. O meu olhar corre imediatamente para Sila que parece avaliar a intensão da garota.

— Acordada a essa hora? — inquiro com desdém, voltando o meu olhar para a minha cunhada.

— Você sabe que eu não durmo até que o meu pequenino esteja quentinho e confortável em sua cama, certo Ali? — A tia sorri para o seu sobrinho, e tenta uma aproximação, mas o menino se agarra as minhas pernas e ela me fita com um meio sorriso. — Vamos, Ali, já está tarde, querido. Você precisa ir para a cama. — Dilara insiste, estendendo os seus braços para ele.

— Deixe-o comigo, Dilara! — A impeço de tirá-lo de mim. — Eu mesmo o ponho na cama essa noite.

— Oh, tem certeza, querido? — Ela pergunta docemente e no mesmo instante escuto um grunhido de desagrado da minha esposa, que termina de subir os degraus e vai direto para o seu quarto.

— Eu tenho.

— Se quiser eu posso ajudá-lo como banho. — Ela sugere, abrindo mais um sorriso para mim.

... A sua cunhada tem um nítido interesse em você, Murat.

Respiro fundo quando as palavras de Sila se repetem dentro da minha cabeça.

— Não é preciso! — rosno firme, segurando o meu filho nos braços e caminho imediatamente para o seu quarto. — Que tal um banho, garotão? — sugiro o colocando de volta no chão, assim que fecho a porta do quarto infantil e após um aceno seu, começo a me livrar das suas roupas. Ali faz um gesto chamando a minha atenção.

Cabelos compridos. Esse seu gesto me faz sorri outra vez. Ela é linda. Ele disse fazendo o meu coração se aquecer.

— O que achou dela? — Procuro saber. Em resposta ela toca no seu peito do lado do seu coração. — Então ela é especial para você? — questiono esperançoso e nem sei o porquê, a final, Sila tem dia e hora para nos deixar. Mais um sim com a cabeça e o meu coração salta forte dentro do peito, me fazendo respirar fundo. — Banho, garotão! — Decido encerrar essa conversa e ele imediatamente corre para o banheiro.

Minutos depois, Ali está deitado confortavelmente na sua cama e debaixo das suas cobertas. Penso em beijá-lo e finalmente deixá-lo dormir, mas decido ficar um pouco mais e lê uma história para ele. E quando ele finalmente adormece, me pego ansioso e pensando na cena que eu jamais esperava da minha esposa. O seu olhar brilhante, porém, determinado. O toque das suas mãos, o beijo no meio da minha sala e na frente de todos.

Ah, Sila o que você está fazendo comigo? Por que vive preenchendo os meus pensamentos dessa maneira?

Volto o meu olhar para o meu filho adormecido e suspiro, saindo cuidadosamente da sua cama.

Casada com o Turco Where stories live. Discover now