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Sila

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Sila

— Oh, nossa! — resmungo dolorosamente, me sentando em uma cadeira de frente para uma mesa farta, onde o meu marido já está acomodado. Devo dizer que ele está intacto, até parece que nem bebeu do tal Raki. No ato, fecho os meus olhos para a claridade que me incomoda e apoio a minhas cabeça nas mãos.

— Como você está? — O escuto perguntar, mas bufo em resposta.

— Meu estômago está embrulhado e a minha cabeça não para de latejar.

— Eu disse que você estava exagerando. — Ele retruca divertido.

Espera, divertido?

Ergo a minha cabeça para olhá-lo, fazendo uma careta para a dor que retorna por conta da luz.

— Eu estava curtindo um pouco e você prometeu cuidar de mim, se lembra? — retruco um tanto manhosa.

— Certo, Dona Sila! Beba um pouco desse suco, isso vai diminuir os seus enjoos e eu vou pedir uma aspirina pra você. — Seguro o copo que ele me estende e no ato, beberico um pouco da bebida gelada. Não demora para Murat retornar para a mesa e me estender um comprimido que eu engulo de bom grado.

— Obrigada! — digo, analisando as suas vestes. — Você não vai trabalhar hoje?

— Por que a pergunta? — Aponto na sua direção.

— Você não está arrumado para sair.

— Eu não vou para a empresa se é o que quer saber. Vou trabalhar em casa hoje.

— Oh! Por quê?

— Relatórios e e-mails, coisa que eu posso fazer daqui. A propósito, espero que melhore logo. — Ele diz ficando de pé e o meu coração dispara com a ansiedade de falar o que está preso na minha garganta.

— Murat? — O chamo ficando de pé. Ele se vira e me olha nos olhos.

— Sim?

— Sobre a noite passada... é... obrigada pela noite divertida!

Arg, covarde! Retruco mentalmente, puxando uma respiração sutil.

— Foi um prazer, Sila! — Novamente ele me dá as costas para ir ao escritório e eu reviro os olhos.

— É... Murat?

— Sim, Sila? — Ele volta a me olhar.

Engulo em seco.

Ele ergue as sobrancelhas.

— Eu quero!

Desculpa a palavra, mas porra!

— Desculpe, o que você quer? — Ele dá alguns passos na minha direção, mas os seus olhos penetrantes não escondem a sua confusão.

Limpo a garganta antes de continuar.

Casada com o Turco Where stories live. Discover now