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Murat

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Murat

— Eu já disse que não sei! — Seu olhar assustado ganhar uma determinação ímpar e para a minha surpresa, ela dá um passo firme na minha direção.

Afrontosa como sempre. Pense ainda mais irritado.

— Então você não sabe?

— Não, eu não sei, Senhor Arslan! — Chego perto demais dela para olhar bem dentro dos seus olhos. Minha esposa une as sobrancelhas em meio a uma tempestade furiosa que nublam as suas retinas e a sua respiração ofegante chega a aquecer a minha pele.

— Pois eu vou lhe dizer, Sila Arslan. Esse é o diário da Cecília e ele deveria estar no meu quarto agora, mas por algum motivo ele estava em cima do seu criado mudo! — vocifero. Contudo, Sila olha para o objeto na minha mão com nítida surpresa. — Agora me diga, como ele veio parar aqui no seu quarto? — rosno entre dentes.

Nossos olhos chegam a duelar em cólera e o fogo dentro de mim cresce quando ela rir sarcástica.

— Eu não sei, mas faço uma ideia. — Arqueio as sobrancelhas.

— Você é uma mentirosa e manipuladora. Desde que entrou nessa casa tem feito de tudo para entrar na minha vida? O que ganha com isso, Sila? O que você quer com o meu passado, hã? POR QUE VOCÊ NÃO FICA QUIETA COMO UMA BOA ESPOSA SUBMISSA?! — berro, recebendo um tapa forte no rosto, que me faz engolir um grunhido.

— Você é um grande idiota, Murat Arslan! — Ela rebate elevando o tom da sua voz.

Ala dá-me paciência!

— Eu sei que esteve no meu quarto hoje mais cedo. — Decido jogar de uma vez a verdade na sua cara, quem sabe ela admite logo o que fez.

— Ah, você soube? — Sila continua arredia e isso está me deixando cada vez mais puto com ela. Se pelo menos ela admitisse o que fez, se ela aceitasse que me desobedeceu, talvez a perdoaria e até a deixaria matar a droga dessa sua curiosidade, mas ela insiste em me dizer que não fez.

— Deixe-me adivinhar, Senhor Arslan. — Ela volta a se aproximar de mim, mantendo os seus olhos irritados nos meus. — A Dilara falou para você que me viu saindo do seu quarto, certo?

— Exatamente! — Minha esposa sorri com sarcasmo outra vez.

— Ok, Senhor Arslan! Eu também tenho algo para lhe dizer e cabe o Senhor decidir em quem vai acreditar. Na sua cunhada que nutre uma obsessão por você... — Então ela faz um gesto dissimulado com os olhos. — Ah desculpe o meu deslize, eu quis dizer a sua EX-cunhada — Sila dá ênfase a palavra ex e o seu olhar irritado parece ganhar mais uma proporção.

Bufo audível.

— Ou se acredita na sua esposa. Eu não estive na ala sul desde o dia que você agiu feito um troglodita idiota e me expulsou de lá. Mas quero que saiba que se eu tivesse colocado os meus pés dentro do seu maldito mausoléu acredite, Senhor Arslan, o Senhor saberia disso, porque eu faria questão de contar.

Casada com o Turco Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα