Capítulo 178

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Nat: Para uma advogada criminalista ela é bem burra.

Lukkas: Pois é...

Eu: Ela está aqui? - perguntei séria.

Lukkas: Sim está na sala ao lado... – eu levantei e sai da sala rapidamente com o Lukkas a Liz e a Natalie me gritando. Eu abri a porta da sala e ela chorava falando com um outro investigador.

Luíza: Priscilla? - me encarou assustada.

Eu: Sua vagabunda – dei um porrada nela a fazendo cair da cadeira. Peguei no cabelo dela e coloquei o rosto dela na mesa – Você achou o que? Que nunca ia ser descoberta sua vadia? – bati com o rosto dela na mesa. - Quem você pensa que é pra fazer o que fez? Quem você acha que é para tentar machucar meus filhos? Quem você acha que é para armar tudo isso e por sinal de maneira muito porca pra uma advogada criminalista. - bati de novo com a cara dela na mesa. - Eu vou tirar de você seu registro. Você não advoga nem para o diabo mais sua vadia de merda. - a joguei na parede - Nem que pra isso, eu tenha que te dar um tiro na cara. 

Lukkas: Priscilla.

Eu: Se depender de mim, você passar até o último dia da merda da sua vida atrás das grades – a joguei contra a parede de novo e cuspi na cara dela – Eu tenho nojo de você... Eu tenho nojo de lembrar que algum dia eu tive qualquer envolvimento com um monstro, com um lixo feito você. – sai dali. – Onde a Rosana está?

Lukkas: Priscilla, vamos voltar pra sala...

Eu: Onde a Rosana está Lukkas? – ele não respondeu e eu sai abrindo portas até que a encontrei com a advogada dela.

XX: O que é isso? – eu dei um tapão na cara da Rosana.

Eu: Você pode até sair dessa cadeia, mas eu vou tratar de fazer da sua vida e da sua família um inferno, igual você fez com a minha família desde o dia que resolveu aparecer e forçar sua presença nela. Os meus filhos estão muito bem sem você. Você mais uma vez só trouxe destruição e quase matou meus filhos... MEUS FILHOS, porque você não é NADA E NUNCA VAI SER...

XX: Eu posso te processar por isso, não pode entrar aqui e agredir minha cliente... – eu parei a 2 centímetros do rosto da advogada dela.

Eu: Me processa... Faça o que você quiser. – sai dali e voltei pra sala que eu estava.

Lukkas: Priscilla você passou dos limites.

Eu: Foda-se Lukkas... Foda-se... A minha vida e a vida da minha família saiu do eixo desde que aquela vagabunda resolveu aparecer e bancar a mãe arrependida. Logo apareceu essa psicopata da Luíza que quase acabou com meu casamento como se eu já não tivesse a bruxa da minha sogra pra fazer isso todos os dias. Ai depois aparece o bandido do genitor querendo dinheiro e sequestra meus filhos com a ajuda dessa vagabunda dessa Luíza. Foda-se... O Rio de Janeiro pode me processar agora se quiser. – falei muito alterada.

Lukkas: Priscilla, fica calma... A Luíza foi presa, e vai permanecer presa. O advogado dela vai tentar um habeas corpus e nenhum juiz vai dar ainda mais tendo envolvido os filhos de uma desembargadora.

Eu: Eu quero que ela vá para o inferno. Ela e a Rosana.

Lukkas: A Rosana vai responder também, por delitos cometidos dentro desse caso, mas ela não deve ficar presa por muito tempo.

Eu: Dê um jeito. Se não fosse ela, meus filhos estariam muito bem agora, e não estariam tomando remédio pra dormir depois do que viveram. Enquanto eles tinham que aproveitar as baladas, as festas dos amigos, a faculdade, o colégio, o ballet, o vôlei, os relacionamentos. Meus filhos estão tomando antidepressivos e remédios para dormir. 18, 16 e 14 anos. Isso não é justo.

Joelson: Elas vão pagar pelo que fizeram, aqueles três também vão Priscilla, isso não vai ficar impune. – ficamos quase cinco horas naquela delegacia. A Luíza e a Rosana fizeram um B.O contra mim e eu nem me importei eu quero mais que aquelas duas se explodam. Dinheiro pra mim não é problema. Fomos embora depois de uma manhã e um inicio de tarde longos. Eu e a Natalie sentamos na nossa cama em total silêncio e permanecemos assim por quase meia hora até que começamos a chorar. Choramos muito. Era um choro de cansaço, de raiva, de mágoa, de tristeza. A gente não estava conseguindo viver nossa vida como a gente queria, como a gente deveria e isso estava nos deixando tão arrasadas. Depois de um bom tempo, estávamos sentadas no tapete encostadas na cama, já tínhamos chorado tudo que tínhamos pra chorar, e ela quebrou o silêncio que antes era ocupado somente pelo nosso choro.

Nat: Quando a gente vai poder ser uma família normal de novo? As vezes eu acho que isso fica cada vez mais distante da gente. Desde que essa Rosana apareceu, a Luíza, tudo na nossa vida foi caos. Como pode isso? Que mal fizemos para vivermos tudo isso? Quando vamos voltar a ser uma desembargadora e uma empresária, mães de cinco filhos, uma delas com uns problemas as vezes, levando nosso filho nas terapias que ele precisa fazer, a gente fazendo nossas viagens pra fora do país quando a gente pode, pra curtir nossos filhos. Assinar boletins e olhar cadernos, fazer lanches, sem se preocupar com nada externo, com nada tentando prejudicar nossa vida e a vida deles?

Eu: Eu estava me fazendo essa pergunta agora. Tudo mudou, tudo virou de cabeça pra baixo da noite para o dia, tudo virou caos. A gente se mudou pra essa casa pra ser feliz e a gente vive no hospital, vive chorando, vive brigando, ou na delegacia.

Nat: Eu espero que a gente tenha nossa vida de volta agora... – pegou minha mão.

Eu: Eu também... Nem que pra isso a gente tenha que se mudar do Brasil.

Nat: É... 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora