Capítulo 119

136 24 2
                                    

Eu: Filho, sua habilitação já chegou?

Hugo: Ainda não mãe, deve chegar semana que vem.

Eu: Vamos dar uma voltinha aqui no condomínio quero ver como você está dirigindo.

Hugo: Beleza. Que carro você veio?

Eu: Na BMW.

Hugo: Mentira que vai me deixar botar a mão na sua BMW?

Eu: Vou... Porque não? – bebi o suco.

Hugo: Porque nem a mamãe coloca a mão nela.

Eu: Eu sei, mas vou abrir uma excessão pra você.

Hugo: Legal... – ele subiu foi escovar os dentes e a gente contou para as meninas.

Nat: O carro dele chegou. Ele não sabe, vamos fazer surpresa.

Helena: Ele vai pirar mãe... Vou pegar o meu telefone pra gravar. – foi buscar o telefone dela. Samuel e Julia ainda dormiam pesado. A Laura foi trocar de roupa e a Helena veio com o celular. Logo ele chegou. O carro estava pra baixo da nossa casa então chegamos lá fora ele não olhou pra baixo.

Hugo: Cadê a chave?

Eu: Aqui. – dei a caixa na mão dele.

Hugo: O que é isso?

Eu: A chave do carro.

Hugo: Mãe... – olhou pra baixo e viu o carro. – Não... Não é possível... – começou a chorar. – Jura? É meu?

Nat: É filho... Vai lá... – ele chegou na frente do carro.

Hugo: Se isso for pegadinha eu pego a BMW e fujo

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Hugo: Se isso for pegadinha eu pego a BMW e fujo. – a gente riu.

Eu: Tá maluco? Você não encosta na minha BMW nem morto. – rimos.

Hugo: Eu sabia... Achei que estava possuída. Nem a mamãe toca nesse carro seu. – ria.

Eu: Abre a caixa, pega a chave... – ele abriu entregou a caixa pra Laura, e abriu o carro.

Hugo: Uau mãe... É blindado.

Eu: Logico... Meu filho não vai dirigir no Rio de Janeiro sem segurança. Já tem rastreador de segurança por satélite, blindagem, issufilme, alarme. Completinho...

Hugo: Eu amava quando a mamãe tinha esse carro.

Nat: Eu lembro que você ficou super triste por eu ter vendido no começo do ano. Mas olha só, a versão mais nova é lindo... – ele desceu, me abraçou e abraçou a Natalie.

Hugo: Eu amo vocês, muito obrigado por isso...

Eu: Te amo filho.

Nat: Te amo querido. Seja responsável, a gente fala muito sobre isso né amor.

Eu: Sim filho a gente ainda vai conversar mais sobre isso, agora vamos dar uma volta.

Laura: Eu vou lá pra dentro pra ficar com as crianças a Marta ainda não chegou. – ela entrou e eu a Natalie e a Helena fomos dar uma volta com ele pelo condomínio. Ele dirige super bem, é tranquilo, cuidadoso. Eu estava feliz de ver meu filho tão feliz. E uma coisa que me encantava muito no Hugo e na Helena também era como eles eram gratos por tudo. A terapeuta disse que isso vinha muito pela maneira com que eles foram tratados, com que eles foram cuidados antes de nós e como eles são cuidados desde que nós os assumimos. Eles reclamam de coisas como qualquer adolescente, mas eles são tão gratos por tudo, eles tem uma visão de mundo, de sociedade que muitos amigos deles não tem. Houve uma época em que o Hugo e a Helena se sentiam mal no colégio porque 95% daquelas pessoas são milionárias e vivem numa bolha social, não sabem pegar um ônibus, não fazem nada sem os pais, ou sem um motorista e eles são muito diferentes. Já em casa, Natalie e eu sentamos para falar com ele.

Nat: Filho, seu carro já está no seu nome, vamos arcar com os gastos com material de faculdade que você for precisar como fazíamos com o colégio, mas a gasolina você vai pagar com a sua mesada. A gente sabe que a vovó Patrícia te dá mesada, o vovô te dava também você tem dinheiro guardado e seus irmãos também. A vovó Deborah também te dá mesada que eu sei, então você pode arcar com seus gastos com o carro.

Hugo: Sem dúvida mãe.

Eu: E filho, responsabilidade... Um carro pode te levar para todos os lugares, inclusive pra cadeia e para o cemitério.

Hugo: Ai credo mãe...

Eu: É sério Hugo. Um carro facilita muito nossa vida, mas é preciso responsabilidade. É primordial ter responsabilidade, não só com você, mas com os outros também. Com a pessoa que dirige na sua frente, com a que vem atrás de você, com as que estão andando. Muita atenção filho. A gente sabe que você gosta de tomar uma cervejinha de vez em quando e se isso acontecer, não pegue o carro. Pede um uber, liga pra gente, e no dia seguinte você pega o carro, nada de dirigir alcoolizado, nem exausto filho. Isso é muito perigoso.

Nat: A mamãe e eu conversamos sobre aquela questão que você teve de fazer aulas de moto, porque você queria pilotar moto. A gente não se sente confortável com isso filho. O transito do Rio está muito perigoso e não queremos que você se acabe num poste. Um acidente de moto é algo muito sério. Você tem seu carro, confortável faça chuva ou faça sol, mas não se arrisque filho.

Hugo: É mãe eu pensei sobre isso e não é boa ideia mesmo não. Eu já desisti.

Eu:Que bom querido. –sorri. Eu passei o dia ali com eles, eu estava de folga porque ia trabalhar nosábado. No domingo eu estava me sentindo estranha, sonhei com o Hugo e não foilegal, acordei suando, assustada, esquisita. Na segunda feira fui tomar cafécom meus filhos, era o primeiro dia de aula deles, e no primeiro dia a gente ialeva-los. Deixamos as meninas no colégio primeiro e depois deixamos nosso filhona faculdade. O primeiro dia dele era conhecendo a turma, a faculdade, unstrotes. Eu não gostava disso. Tinham vários pais ali, era uma tradição dafaculdade os pais levarem, eu achei isso legal, era como levar o filho para aescola no jardim de infância. Tinha um casal lá com a filha deles, a menina erachamada de Mali, e ela logo se apresentou ao Hugo, muito bonita, muitosimpática. Os pais estavam explodindo de orgulho dela. O Hugo e ela eram tãoparecidos, em alegria, simplicidade, e de cara se deram bem. O Hugo não falavada Beatrice a alguns dias e ele passou uns dias nervoso segundo a Natalie, euacho que ela contou do que fez e nós decidimos não nos meter e fingir que nãosabíamos. Ele que deveria lidar com isso a maneira dele e se ele quisesse seabrir conosco a gente estaria ali para ele. 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEWhere stories live. Discover now