Capítulo 109

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Acordei as cinco da manhã, fiz o café da manhã reforçado, acordei as crianças que logo tomaram banho e desceram prontos para comerem e saírem. A Pri ia pegá-los as 7 horas. Eles desceram as malas checaram se não estavam esquecendo nada. Logo a Pri chegou.

Pri: Bom dia.

Eu: Bom dia... E essa casa é sua pode entrar sem tocar a campainha. – ela não me respondeu.

Pri: Estão prontos?

Helena: Só preciso fazer xixi. – foi ao banheiro.

Eu: Laura, remédio. – dei a água pra ela e os comprimidos e ela tomou – Priscilla, os remédios dela. – dei as cartelas pra ela e ela colocou na bolsa.

Pri: Despeçam da mamãe e vamos, não podemos atrasar.

Helena: Tchau mãe, te amo. – me abraçou.

Eu: Te amo filha, divirta-se e cuidado.

Laura: Tchau mãe, vai me dando noticias da Olivia e da Rafa. Te amo.

Eu: Pode deixar filha, divirta-se te amo. – a abracei.

Samuel: Tchau mamãe. Eu vou tirar um monte de fotos do foguete pra você.

Eu: Tira mesmo filho quero ver tudo depois. – o peguei no colo e o beijei – Aproveita bastante tá? Te amo.

Hugo: Te amo mãe, se cuida.

Eu: Te amo filho, se cuida também e divirta-se. – a Pri tinha subido pra dar um beijo na Juju e logo foram para o carro colocaram as malas, eu os ajudei.

Pri: Então é isso. Quando a gente embarcar eu te mando mensagem. Mandei o código do voo pra você pelo whatsapp caso queira acompanhar.

Eu: Tá... Boa viagem, aproveita. – sorri de leve.

Pri: Obrigada. – nos olhamos por alguns segundos e ela foi para o carro. Logo a casa ficou tão grande e vazia. Não demorou muito a Rafa levantou com a pequena.

Eu: Oi bom dia. – sorri.

Rafa: Bom dia...

Eu: Bom dia meu amor, já acordou assim tão cedinho? – a peguei.

Rafa: Ela está com fome, não acordou pra mamar de madrugada.

Eu: A minha cunhada passou essa formula pra ela, e ela parece ter gostado. São três medidas na água morna ou fria. E ela gostou dela morna, acho que por causa do frio de NY.

Rafa: É, ela sempre mamava morninho – preparava a mamadeira dela. Eu dei a mamadeira enquanto ela tomava café. Eu estava tão triste pela Rafa. Ela não precisava passar por nada disso. Dei as noticias do marido dela e ela chorou muito. No fim da manhã ela falou com o amigo deles, ele deu todo o boletim medico a ela. A Inteligência ainda estava atrás do Diego e vigiando de perto os comparsas dele. A Julia começou a ter ciúmes da Olivia. Ao mesmo tempo que ela queria estar perto, ela morria de ciúme dela. A noite recebi uma foto de um numero americano era o chip da Priscilla. Eles estavam no carro que a Pri tinha alugado indo pra casa. O Hugo que tinha tirado a foto. A Pri com um sorriso discreto, as crianças animadas. Me deu uma saudade. Era para ser uma viagem completa de família. Na manhã seguinte eu sai para comprar algumas coisas para a Rafa e a Olivia, e quando entrava no meu carro uma pessoa me chamou.

XX: Natalie? – eu olhei. Era a Luciana.

Eu: Luciana...

Luciana: Como vai? Será que podemos conversar 10 minutinhos? Tempo de um café?

Eu: Tá... Tudo bem. – peguei minha bolsa travei o carro e fomos para a cafeteria ali do shopping mesmo. Pedi um cappuccino e ela também. – E então?

Luciana: Eu queria falar sobre os nossos filhos, sua esposa e a minha. – eu suspirei. - Sei que não está confortável com isso.

Eu: Não, porque o meu casamento acabou... A Priscilla não mora mais na minha casa, ela viajou ontem com meus filhos, amanhã é aniversário dela e não passaremos juntas depois de tanto tempo. Graças a sua esposa.

Luciana: Ex esposa. Eu falei pra Luíza não ir para a casa de vocês, mas ela estava determinada a isso. Eu passei o ano novo trabalhando eu fiz plantão. Eu vim para o Brasil por causa da minha filha. A nossa família está aqui embora eu more nos EUA a muito tempo, toda a minha família está aqui. Eu decidi vir, porque ia ser mais fácil lidar com a Beatrice. – suspirou – A gente decidiu ter a Bia pouco depois que nos casamos e eu descobri a cerca de 3 anos que a Bia não é minha filha.

Eu: Não entendi...

Luciana: A Luíza gerou a Bia, e os óvulos eram meus. – ela deixou uma lágrima cair. – A gente escolheu um doador, e estava tudo certo. Ela fez a fertilização. Depois de um mês sabíamos do positivo estávamos muito felizes. Depois ela ficou diferente, arredia e pouco tempo depois ela perdeu o bebê. A gente poderia tentar de novo em três meses e no dia marcado eu fui chamada pra um transplante então ela foi com a mãe dela. Eu estava triste por não ter ido, mas aliviada da mãe dela ter ido com ela. A gravidez foi tranquila, ela quis um obstetra novo e eu não reclamei nem nada. Não imaginei que tinha algo de errado. E a gente foi feliz com a nossa filha mesmo nos desentendendo todos esses anos. Quando a Bia fez 14 anos eu descobri que a Luiza estava me traindo e que não era a primeira traição dela. Foi um choque horroroso pra mim. E ela nunca se desculpou, ela nunca teve vergonha disso. – falava frustrada. – A Beatrice é fruto de uma traição. Ela não fez a inseminação como era pra ser feito e a única pessoa que sabia disso era a mãe dela.

Eu: Meu Deus, ela é... ela é um monstro.

Luciana: É... – secou as lágrimas. – Só que eu passei 14 anos acreditando que a Bia era minha, da maneira que escolhemos e não dela com um amante.

Eu: Mas você a amava demais para deixa-la.

Luciana: É. – deu um leve sorriso. – Você tem dois filhos de coração, o Hugo e a Helena, e você os ama incondicionalmente e independente da historia deles, e com a Bia é assim. Eu odeio a Luiza por isso, mas eu amo a minha filha. Eu a criei por 14 anos como minha filha para descobrir que ela era filha de um amante da minha mulher. O amor não morreu quando eu descobri.

Eu: Eu entendo. E a Bia sabe?

Luciana: Não. Ela não sabe, ainda não sabe e eu ainda estou pensando se eu vou contar ou não. Sinceramente eu não tenho a menor vontade e desejo que ela saiba disso. Com isso, a Luiza ficou nas minhas mãos de certa forma, porque ela sabia que a filha a odiaria. Embora ela não faça muito esforço para ser mãe, ela não suportaria o ódio da Bia. Então eu disse que eu sairia de casa e levaria a Beatrice comigo e ela propôs de tentarmos de novo, reconstruir nossa vida e eu disse que viria para o Brasil e ela topou e a gente veio. Ficamos 3 anos em São Paulo, recebi uma proposta muito boa aqui no Rio e vim pra cá, e ela quis vir com um interesse súbito no Rio de Janeiro sendo que ela mal falava com a mãe dela direito a algum tempo e eu nem sei porque elas brigaram, enfim... Não me interessa mais... Mas eu não sabia que ela já estava tentando fazer contato com a Priscilla. E por uma grande e infeliz coincidência, nossos filhos se conheceram e começaram a namorar. Foi o que ela precisava pra se aproximar. A gente brigando todos os dias, de se agredir fisicamente e a Bia sofrendo com isso então eu sai de casa, comprei um apartamento no prédio ao lado, a Bia a principio ficaria com ela e no réveillon eu trabalhei e a Bia ia ficar com ela e ela foi para a sua casa.

Eu: Ela beijou minha esposa na minha casa. Ela cercou a minha esposa o tempo todo...

Luciana: Minha filha me contou. A Beatrice está morrendo de vergonha Natalie. Ela está muito chateada, deprimida. A gente vai viajar alguns dias eu não posso me ausentar muito e ela conversou muito comigo. Ela não quer ficar com a mãe dela, ela não quer mais falar com a mãe dela de tanta vergonha que ela está, de raiva que ela tá.

Eu: Eu não a culpo. - ao mesmo tempo tive um gosto amargo dessa resposta, porque eu culpei minha mulher.

Luciana: E tem uma coisa que queria que você soubesse. – suspirou. 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora