Capítulo 136

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NATALIE NARRANDO...

A Priscilla me surpreendeu no nosso aniversário de 17 anos de casamento. Ela passou o dia todo praticamente sem mandar mensagem e eu achei que ela tivesse esquecido. Logo recebi um buque de rosas lindo com um convite para jantar e confesso que eu fiquei toda derretida. Notei a Helena um pouco suspeita entrando e saindo do meu quarto e eu tinha certeza que ela estava aprontando alguma coisa em conjunto com a Priscilla. Me arrumei fiquei linda para o meu jantar de aniversario e fui surpreendida com uma viagem para Gramado. Aquilo tudo era loucura, mas a Priscilla tinha arquitetado tudo. Quando brindamos naquele quarto, ela usava nossa aliança de casamento que ela havia tirado quando foi embora de casa. Tivemos uma conversa importante, era uma conversa que a gente precisava ter. Não tínhamos como retomar nosso casamento, mas reconstruí-lo e recomeçamos ali naquela noite. Passamos um final de semana perfeito, cheio de amor, e muito tesão. Voltar pra casa foi ruim, eu queria mais uma semana só eu e ela, mas já planejava uma viagem só nós duas. Precisávamos ter mais esses momentos de casal, vivermos mais a nossa intimidade, sermos mais esposas, amantes, namoradas, a gente passava muito tempo sendo mães e exercendo nossa profissão. Quando chegamos em casa tudo parecia bem. Minha sogra fazia o jantar, Helena e Hugo a ajudavam e na ilha estavam Maria Elisa e Duda. Meu filho com certeza está ficando com a Mali e eu e a Pri fazíamos muito gosto dessa relação. Ela era uma menina muito boa, adorável, a família dela inteira eram de pessoas muito boas. Os pequenos brincavam no tapete e era uma das coisas que eu mais achava bonito no Samuel e na Ana Julia. Mesmo com a diferença de idade entre eles, os dois brincavam muito juntos. O Samuel mesmo tendo hiperfoco e interesse particular em foguetes e planetas, ele se dedicava sempre nas brincadeiras com a irmãzinha e os dois brincavam muito bem juntos. A Laura não passou bem, ela teve uma crise convulsiva coisa que ela não tinha a muito tempo e isso me preocupou. Minha sogra a levou ao hospital, ela foi medicada, mas ela estava muito letárgica, não queria comer, mal falava. Ela dormia no sofá e aquela noite eu e a Pri não dormimos preocupadas com ela. Passamos a noite toda indo ao quarto dela. De manhã ela desceu para ir para o colégio, de banho tomado, de uniforme, mas ela não parecia bem.

Pri: Laura? – ela não respondia.

Helena: Laura? Mãe os olhos dela estão muito vermelhos. – segurou o rosto dela, e ela foi caindo da cadeira em cima da Helena. – Laura, Laura. – a Pri a pegou no colo e a deitou no chão e ela teve uma crise convulsiva muito forte e demorada. Minha sogra pegou o telefone e chamou uma ambulância. Ela demorou a voltar. Eu chorava, meu coração batia muito forte eu estava sentindo um medo sobrenatural. A Helena estava apavorada, o Hugo, a Juju e o Samuel ainda não tinham levantado.

Patrícia: Chegam em 5 minutos. – ela não reagia.

Eu: Priscilla ela não está acordando, ela não reage. – chorava.

Pri: Eu sei Natalie – já estava chorando também. Ela tem pulso, ela está desmaiada. – aqueles 5 minutos pareceram um ano. Eu falava baixo com ela e ela não acordava. - Acorda filha... por favor... fala com a mamãe... – falava baixo – Filha... Filha, está ouvindo a mamãe? Filha? – a chamava e ela não tinha nem resposta ocular, mesmo estando de olhos abertos. Logo os paramédicos a colocaram no oxigênio e a colocaram na maca, eu fui com ela a Pri ia de carro, porque ia pegar os documentos dela, a Helena ia junto com ela, e minha sogra ia ficar com as crianças até a babá chegar.

XX: Ela tem crises com frequência senhora? – a paramédica perguntava.

Eu: Ela vem tendo só ausências. Mas ela teve ontem, minha sogra a levou ao hospital ela foi medicada, e eu cheguei de viagem ontem a noite e ela só dormia, quase não falava. Desceu hoje pra tomar café, pronta pra ir pra escola e não respondia ninguém. – a paramédica fazia uns movimentos no tórax dela, como se tentasse acordá-la.

XX: Hei... Laura... Está me ouvindo? – mexia nela. – Laura... – ela olhou pra outro paramédico. – Ela não está reativa. Coloca um monitor cardíaco nela. Senhora vamos cortar a camisa de uniforme dela tá.

Eu: Tá... – ela cortou a camisa de uniforme dela colocou os eletrodos nela e ficou olhando no monitor.

XX: A frequência cardíaca dela está baixa, a saturação dela está muito baixa.

XXX: E está caindo muito rápido. Ela está totalmente inconsciente. – bateu no vidro – Precisamos ir mais rápido. – ligaram as sirenes e aquilo me apavorou.

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEWhere stories live. Discover now