xxxv. QUINTA FEIRA

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— Luma, puta que pariu, você transou com ele de novo? – Raissa falou.

Agora eu estava tomando esporro da Raissa e da Lia, enquanto a Raissa era o policial mal, a Lia era o policial bom.

— Você sabe que isso, entre vocês dois, não vai dar certo.

— Sim, vocês tem razão – Falei – Errei, fui moleque, quem nunca errou e caiu numa pica amiga?

— Eu – Raissa respondeu e eu mostrei o dedo do meio.

— Lésbica não conta!

— Enfim, só não faz essa porra de novo, você quer voltar com ele, ele quer voltar com vocÊ, mas o momento não é propicio para isso, não é possível que a pirocada seja tão boa que você não consegue escapar.

— Não é sobre libído – Lia interrompe o discurso da Raissa – Ela gosta dele de verdade, acontece, quem nunca fez cagada por isso?E nem vem falar nada Raissa, você e a Maria são literalmente hiroshima e nagasaki de tanta toxicidade.

— Mas foda-se, eu não tenho relevância, a Luma tem, eu sempre vou estar num relacionamento secreto e, consequentemente, tóxico, mas a Luma não precisa disso, ela e o Otávio funcionam juntos e funcionam bem, mas, se eles ficarem tomando decisões erradas nos momentos errados, merdas vão acontecer e vai acabar essa relação tão foda que eles tem.

— Odeio quando você tem um bom ponto – Lia murmura olhando para a Raissa e, depois, volta seu olhar para mim – Nem acredito que vou falar isso, mas, se o Tavin vier para cá, vocês vão ficar na sala, nada de quarto.

— Não acredito que eu voltei a morar com os meus pais.

— O que você quer que eu fale? Se vocês não conseguem se controlar, vão ter que ficar só na sala, se eu ver um beijinho sequer, ele fica banido daqui.

Revirei os olhos e elas duas riram.

— Você não era tão libidinosa assim antes – Raissa falou rindo e eu dei os ombros.

— Período fértil.

— Rip Luma vai passar um século sem dar, será que ela aguenta? – Lia falou rindo.

— Lia, eu esperava isso de todo mundo, menos de você!

— Ai ai, gente, me poupe, comentem alguma fofoca para mudar de assunto, não quero mais conversar sobre a vida sexual da Luma – Lia murmurou e se sentou no chão.

— Não sei se vocês sabem quem é a Gabriela, mas ela deu pra passar em filosofia – Raissa falou de forma casual.

— ELA DEU? – Lia pergunta chocada e eu ri disso – Deus me perdoe, o professor de filosofia de vocês é muito feio, puta que pariu, nunca que eu dava para ele.

— Amiga, não julgo ela, sou lésbica, mas dava para passar.

— Eu não, sério. Ele é muito direitista e bafento! – Falei.

— É né, você só senta numa pica amiga – Raissa me provocou e eu mostrei o dedo do meio para ela.

— Achei que ias tirar minha vida sexual de pauta.

— Desculpa, não aguentei. Por sinal e o Daniel? Ele e o Matheus se tornaram muito amigos, eles vão sair sábado.

— Eu tenho ignorado ele, a gente aqui sabe que eu só fiquei em dúvida porque ele era mais fácil de lidar, eu gosto do Otávio, fazer o que, né.

— Honestamente? Eu prefiro o Tavin – Lia falou – Ele é menos feio e mais gente boa, o Daniel é meio sem sal.

Nós ficamos mais algumas horas conversando na sala antes da Raissa ir embora e, tanto eu quanto a Lia, irmos aos nossos respectivos quartos. A primeira coisa que eu fiz ao pegar meu celular foi ver algumas mensagens do Otávio dizendo que ele contou pro Leozin e pro Thiago sobe o que aconteceu entre nós dois, por conseguinte, eu liguei para ele.

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