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Emma:

A Abigail me ligou e disse que o sobrenome da família era: King.

Então eu saí de casa e fui pra o condomínio onde o amigo da abi ia estar me esperando pra me dar passagem pra entrar na casa.

Assim que eu entrei no condomínio o garoto me acompanhou e deu um jeito de entrar na casa dizendo que era um amigo da escola e o professor mandou algumas tarefas pro tal drogadinho.

Então uma empregada nos levou até uma sala de visitas e eu fiquei esperando ele chegar pra termos uma conversa.

As coisas ainda estavam confusas na minha mente e eu não sabia ao certo como ia começar aquela conversa difícil.

O menino entrou na sala e o rosto dele ainda estava super machucado.

- quem é você? - ele me perguntou e antes de responder respirei fundo.

- é.. meu nome é Emma. - tentei sorrir mais apenas fiquei parecendo uma idiota.

- ela precisa falar uma coisa contigo. - o amigo da abi disse tentando não se intrometer muito na conversa.

A princípio, o garoto que estava sentado na minha frente totalmente machucado ficou sem entender. Mas depois de analisar meu rosto e pensar um pouco, ele soube o que eu estava fazendo ali.

- eu sou a namorada do..

- não fala o nome dele aqui. Se não vão ficar fuxicando pra depois falarem tudo pro chefe. - o machucado falou se referindo aos empregados.
- meu pai me trancou no quarto por 1 semana. Eu não aguentei e acabei falando o nome dele. E agora, meu pai não quer me deixar em paz. Disse que depois que resolver tudo vai me internar.

- eu.. sinto muito. - não sabia o que dizer então lamentei.

Claro que ele não ia colocar a vida dele em risco. Ele só dedurou o ashtray porque o pai o forçou a isso.
Então acho que podemos ter uma conversa.

- eu que sinto muito. ele.. já sabe? - perguntou então eu neguei.

- você sabe que não pode fazer isso com a vida dele, né? - o meu tom de voz preocupada tomou conta de mim e vi a tristeza e a pena nos olhos dele.

- eu não queria isso, eu juro. - ele disse quase que em um sussurro então eu tentei segurar o choro.

- você não conhece ele, tá? Ele é bom e também tem sonhos. Você não pode deixar o seu pai acabar com um garoto que não tem escolha de vida como você, Isso é injusto. - não consegui me conter e acabei chorando um pouco.

- ele me deu uma surra, porra!

- Ah, não é possível que você achou que ia ficar devendo grana e não ia ter consequências. Você não é um bebê como seu pai acha. - eu falei o que tava engasgado e ele ficou em silencio.

- eu vou devolver o dinheiro pra ele.

- não vai adiantar de nada se ele estiver morto ou na cadeia. - respondi rápida e fiquei o encarando
- o que disse pro seu pai? - perguntei pra assim saber o que dizer

- disse que ele me encontrou na rua e me bateu porque eu roubei drogas dele.

- então você literalmente mentiu. E seu pai quer pegar ele pra acabar com mais um traficante de rua
- fazia sentindo na minha mente e ele apenas ficou calado. - você vai mentir mais uma vez.

- não vou não. - ele me respondeu como se tivesse alguma escolha.

- eu acho melhor você mentir. Se o ashtray for preso, ou você morre de abstinência ou morre nas ruas.
- o garoto sabia que eu tava falando a verdade.

𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪Where stories live. Discover now