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emma:

- iae ashtray, ficou bom? - perguntei pra o ashtray falando sobre o presente da minha tia.

- uma merda. - ele falou sobre como eu tinha embalado a lace. - mais ela não vai ligar. - ele terminou a frase e eu respirei fundo pra não fazer besteira.

- tchau. - eu falei e saí da casa, não ia discutir.

entrei na minha casa e minha tia tava  na sala, ela pegou no sono por causa dos remédios e acabou dormindo no sofá, sorri em vê ela dormindo tranquila e fechei a porta de casa.

- emma meu amor, ainda bem que você chegou.. não ia conseguir dormir sem você em casa. - tia milly falou um pouco sonolenta.

- você já tava tia.. - falei rindo.
- eu trouxe um presente pra você.
- falei me aproximando e ela arregalou os olhos..

- hum.. cê sabe que eu amo ser paparicada. - ela falou rindo e pegando a sacola.

ela abriu a sacola, e depois pegou primeiro o apoiador da lace e todas as colas com os utensílios. Ela olhou, e bem na hora vi os olhos dela se encherem de lágrimas, e me
emocionei também. Começei a ficar super empolgada pra ela abrir, e na hora que ela viu a lace começou a rir boba.

- pensei que... como ninguém da família sabe que a senhora   tá com câncer, peguei o tom e o tipo de corte que antigamente o seu cabelo era, assim a senhora pode usar ela em família e quando estiver precisando.
- ela levantou pra me dar um abraço e tava chorando muito.

- eu te amo minha filha.. muito obrigado, você é tão preciosa pra mim.. - ela falou e eu a apertei forte com os olhos fechados, imaginando como poderia ser ouvir aquilo da mulher que me colocou aqui.
- nunca se esqueça o quanto eu te amo, se esse tratamento não funcionar ta certo? - ela se separou do abraço e segurou meu rosto pra eu olhar pra ela.

- você vai vencer esse câncer tia, eu sei. - falei olhando em seus olhos, e depois a abraçei de volta. - agora eu vou te ensinar como colocar esse lindo cabelo. - enchuquei as lágrimas dela, e ela as minhas e depois pegamos as coisas da lace pra ir até seu quarto.

(...)

eu tava na escola e muito feliz, pois minha tia tinha saido de casa pra ir ao shopping, e com a lace.
saí da escola olhando pro celular e quando vi eu tinha esbarrado em alguém, a pessoa tava se encostando no carro e eu me encaixei certinho entre as suas pernas, fechei os olhos sem acreditar que porra eu fiz, e pra ficar mais estranho vi que era um garoto. Eu tava quase caindo em cima dele então coloquei minhas mãos pra me apoiar em seu peito. levantei a cabeça de vagar pela vergonha em vê quem era a pessoa e  vi que era o Frank. na hora me bateu um arrependimento e ele me olhou com um sorriso malicioso.

- foi mau mesmo. - tentei sair dali o mais rápido possível

- não dava pra esperar eu chegar em casa gatinha. - ele tava em uma roda com outros garotos envolvidos e segurou minha cintura.

- saí! - falei empurrando o máximo que pode do meu corpo ao dele.

- calma linda. - o frank falou e cravou os seus dedos no meu cabelo e virou minha cabeça pro lado e deu um beijo no meu pescoço.

- então você, é do Frank? - ouvi um dos garotos falar 

- eu não sou de ninguém.- tentei sair de perto dele.

- ELA É MINHA! - ouvi a voz do ashtray e vi que a merda já tava armada. Ele pegou o meu braço e me puxou pra perto dele. -  TA QUERENDO MORRER FILHA DA PUTA! - ashtray me colocou atrás das costas dele pra me proteger. - EU NÃO JA TE FALEI PRA FICAR LONGE DO QUE É MEU?! - ash foi em direção ao frank e o que estava encostado no carro levantou indo de encontro ao mesmo.

- ashtray, vamo agora. - falei por que vi que as pessoas estavam olhando, e podia dar problema.

- e você é quem pra mandar em mim? - o frank falou calmo e os dois se encararam com o maxilar totalmente travado, e os caras que tavam com o Frank ficaram em alerta.

- eu não sou porra nenhuma, mas eu sei quem você é.. - Ashtray falou se aproximando mais do frank enquanto ele tentava ir pra trás. - .. é um filinha da puta que ta me devendo um monte de grana, porque foi burro o bastante,  e não sabe nem o básico pra fazer um site de drogas e acabou perdendo tudo. - ashtray falou e o frank abaixou a cabeça, a maioria das pessoas que estavam vendo a briga tavam gravando, e eu tava super desconfortável com os olhares pra mim. Ashtray agarrou na blusa do Frank fazendo ele ficar na ponta do pé.
- se mexer com a minha mina de novo, vai pagar a porra da dívida em dobro e depois eu te mato! - ele empurrou o frank que bateu no carro pegando em minha mão em seguida e saindo pra o seu carro.

ashtray apertou minha mão e as pessoas resmungavam e gravavam me deixando desconfortável.
entramos no carro e ash acelerou sem ligar se ia atropelar alguma pessoa no caminho.

- ash eu disse que era pra gente ir embora. - falei olhando pra janela.
- e se você se dar mau?! - olhei pra ele que fingiu não notar a minha presença
- EU TÔ FALANDO SÉRIO ASH! - falei alto.

- E você acha que eu ia deixar ele tocar em você emma?! eu não tô nem aí pras pessoas porra! EU CUIDO DOS MEUS! - ele falou batendo no volante.
- se não queria atenção, não ficava
comigo porra! e se acontecer de novo, VOU TE PROTEGER MAIS UMA VEZ EMMA, SEM MEDO DAS CONSEQUÊNCIAS PORRA! - ele falou olhando pra mim apertando o volante. e eu decedi parar aquela conversa pra ele prestar atenção na estrada.

- vamos conversar em casa. - falei e ele respirou fundo.

- NÃO EMMA, vamos conversar agora!
- ele falou e parou o carro. - não quero mais que você saia com o celular toda distraída pela rua! - ele falou.

- eu não vou mais prestar atenção no celular quando andar na rua. - eu falei. - eu prometo pra você. - falei e ele respirou fundo.

- e se eu não tivesse lá pra te buscar emma? que porra você ia fazer? - ele falou preocupado soltando o volante calmo.

- eu ia dar um jeito ashtray, obrigado por me ajudar. - falei.

- o problema emma, é que uma hora  ou outra, vai ter que se cuidar sozinha. - ele falou.

- e o que eu fiz a minha vida toda Ashtray?! se eu não tivesse lá por mim mesma Conserteza estaria morta! - falei, pois pra ele era como se eu nunca tivesse passado por uma situação dessa toda a minha vida.

era como se ele estivesse falando pra mim, que todas as formas que fiz pra me ajudar não foram o bastante. Estava me dizendo que eu sou incapaz de cuidar de mim mesma,e isso eu não aceitaria.

- eu me protegi a vida inteira, e de caras piores que ele! eu não tô sendo ingrata, mais se você estiver falando que eu não sei me cuidar só, está mentindo. - falei e ele me olhou sério.

- eu não tô falando que não sabe se cuidar, só quero que seja mais cuidadosa com você mesma. - ele falou e eu respirei fundo.

- eu vou me prevenir mais sobre isso ashtray. - falei colocando o cinto de segurança de volta.

ele ligou o carro e fomos pra casa. Eu saí do carto quando já estava na porta de casa e ele saiu junto. eu subi as escadinhas até a porta e ele segurou minha cintura me virando pra o olhar.

- não fica assim comigo só por tentar te proteger. - ele falou sério mais preocupado. - eu amo tudo em você, e vê que tem caras mexendo com o que  eu amo me irrita. - ele tirou uma mecha de cabelo da minha testa colocando atrás da orelha.

- eu não sei o que eu faria se você não estivesse lá. - falei envolvendo meus braços em volta do seu pescoço. - obrigado. - falei sussurrando em seu ouvido e vi um sorriso de canto de forma em seu rosto.

ele puxou minha cintura pra mais perto do seu corpo e cravou seus dedos no meu couro cabeludo e depois me beijou. foi rápido, ele tinha que ir, entrei em casa e fui tomar banho.

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oioi

𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪Where stories live. Discover now