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Emma:

A minha mãe me ligou depois que eu cheguei em casa e disse que a mãe do vitor ia vir aqui pra me ver.

Eu odeio aquela mulher. A minha ex sogra, é completamente insuportável! Sabe aquele tipo de pessoa que diz não ter preconceito com nada e ninguém, mas cada coisa que ela diz é absurdamente ridículo?

Eu sempre fui "pobre" e a minha ex sogra sempre fez piadas e me excluia de algumas coisas por esse fato. Tipo, teve um dia que ela deu uma festa chique na casa dela, e a rapariga não me chamou e ainda arrumou uma acompanhante pro vitor rica!. Depois eu fui perguntar pra ela do porquê que ela tinha feito aquilo, e adivinha o que ela disse..

"Desculpe querida, mas você não foi ensinada a se comportar em um evento desses, quando aprender, você poderá ir"

Ela tinha vergonha de mim.

Ela fingi gostar de mim, mas na verdade eu sei que ela não me suporta pelo fato de eu não ser da mesma classe social que ela.

Eu fiquei esperando ela a tarde toda e a vadia foi aparecer de noite, susto na hora que o ashtray ia vir me buscar.

Eu abri a porta de casa jurando que era o ashtray, e era ela.

- emma.. como você está? - assim que abri a porta ela disse me olhando com surpresa e ao mesmo tempo com superioridade.

- eu tô ótima, obrigado por perguntar. - eu disse fingindo um sorriso.

- casa bonita que sua mãe arrumou. - ela admitiu entrando na minha casa e se sentando no novo sofá que minha mãe conseguiu comprar.

- as coisas mudam né. - eu tentei não ser grossa mas aquela mulher me tirava do sério.

- mas é claro, tem que mudar mesmo. Se as coisas não tivessem mudado, meu filho ainda estaria com você né. - ela riu e eu quis retrucar.

- então ainda bem que mudou viu, seu filho foi um desastre na minha vida. - eu ri pra ela só que dessa vez ela não riu.

- hum.. bem, eu só vim aqui porque sua mãe confia em mim. Se quiser pode dormir lá em casa. - ela disse.

- não vai dar não, meu namorado vem dormir aqui comigo. - eu disse e ela levantou a sobrancelha.

- já tem outro namorado? - perguntou.

- sim, graças a deus me livrei do seu querido filho. - sorri falso e ela riu da mesma forma resmungando um som meio estranho.

- ainda bem. - ela levantou e subiu as escadas - sua mãe me pediu pra levar isso - ela entrou no quarto da minha mãe e pegou uma carteira cheia de documentos. Dentro daquela carteira tinha documentos da nossa casa e a assinatura da tia milly.
- eu já vou indo. - ela me abraçou como se quisesse me sufocar e eu tive que esperar ela me soltar

- já?! - graças a deus.

- é querida, o vitor vai levar uma moça pra eu conhecer hoje no jantar. - ela disse mas concerteza era mentira, conheço ela, mesmo não tendo sentido nenhum, ela quer sair por cima.

- que bom pra ele, então tá bom. - eu falei.

- até amanhã querida. - eu abri a porta e quem tava lá era o ashtray prestes a tocar a campainha.

Ela olhou pra cara do ashtray analisando minuciosamente cada molécula do seu corpo mostrando todo o preconceito e a falta de respeito por ele só pelo seu jeito de olhar

- oi. - o ashtray olhou pra cara dela daquele jeito meio debochado e falou pra mim ignorando a presença dela.

- entra. - eu disse e ele veio.
- até mais. - eu disse e a mesma saiu da minha casa.

𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪Where stories live. Discover now