05

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emma:

eu não posso negar que estou gostando do ashtray. Eu já tive um relacionamento com outra pessoa e ela me machucou muito mesmo. e eu não quero ter que me preocupar e fazer coisas por um relacionamento. enfim..

estavamos na casa dele e do Fez e no quarto dele. e estavamos mexendo no celular na cama. Eu tava com a perna deitada no corpo dele que estava deitado e ele acariciando a minha perna.

- ash. - falei soltando o celular.

- quê é? - ele falou soltando também.

- tu é muito grosso! nem dá vontade de falar. - bati um pouco nele.

- fala porra. - ele me empurrou um pouco pra eu falar.

- desde quantos anos que você trabalha como traficante?

- desde que começei a falar. - ele falou irônico e eu não sabia se ria ou chorava por ele.

- sério, ash - insisti de saber e então ele apenas me encarou antes de responder:

-não me lembro. - dessa vez ele falou a verdade e olhou pra mim.

- que merda em. - falei um pouco pensativa.
- vou comer. - tirei a perna de cima dele e o mesmo riu

- tu é a mina mais aleatório que eu já conheci. - ele disse e eu ri também
- trás pra mim. - ele saiu da cama e sentou na cadeira.

(...)

passei a tarde inteira na casa deles e o ashtray ficou estranho comigo desde essa conversa.
acho que esse assunto mexi um pouco com ele.

- eu já vou. - falei enquanto todos nós estávamos na sala.

- já? não quer dormir aqui? - fezco perguntou.

- pode ser. Então vou pegar minhas roupas. - falei e o ash foi pro quarto dele. e eu fui atrás.

- por que tá assim? - falei com minha bolsa nas costas pronta pra ir.

ele encarou no fundo da minha alma e depois continuou mexendo no PC.

- pelo menos me leva até em casa.

ele levantou revirando os olhos e levantando da cadeira.

- puta merda, eu sou sua babá? - ele perguntou e eu me magoei um pouco.

(...)

chegamos na minha casa e falei pra ele esperar no carro. entrei em casa e minha mãe tava na cozinha.

- onde você tava em porra? - Mike perguntou ao me ver.

- não importa - subi as escadas e o meu padrasto tava com um cinto na mão. - o que cê tá fazendo? - perguntei assustada

- isso é pra você não sair mais assim!! - ele bateu com o cinto na minha perna e depois bateu na minha cara. eu caí no chão e gritei enquanto ele dava chutes em minha barriga.

- PARA PAI!! - o Mike gritou tentando tirar ele perto de mim e minha mãe tava em choque. eu saí do chão desci as escadas e peguei um copo de vidro e quebrei na cabeça dele.

- FILHA DA PUTA DO CARALHO!! - começei a chorar e peguei um monte de roupa e fui embora.

Minha mãe não parava de gritar meu nome é eu não parava de lembrar do rosto dela me rejeitando.

eu entrei no carro sem parar de chorar e começei a ter uma crise de pânico sem conseguir respirar.

- que caralho que tá acontecendo Emma!? - ele falou assustado sem saber como me ajudar. - calma calma caralho! respira devagar pelo amor de Deus - eu me acalmei e ele me deu um abraço e eu começei a chorar. - o quê aconteceu?! porquê você tá com o rosto sangrando

- foi ele! FOI ELE! - apertei as costas dele no abraço.

- ele quem?! - ele me olhou preocupado.

- o meu padrasto!! ele me espancou! - e ele saiu do carro. - NÃO ASH! - saí do carro rápido e vi que ele tava com uma arma na mão.

ele arrebentou a porta e entrou na casa, e o meu padrasto já tava acordado no sofá, com um gelo na cabeça. o ash tava com um rosto inexplicável. era como se estivesse com ódio e com tristeza ao mesmo tempo, mais o ódio prevalecia no olhar dele.

- QUE PORRA É ESSA?! - o meu padrasto levantou do sofá e minha mãe estava ao lado dele mais não levantou, ela estava em choque.

o ashtray atirou na perna dele e meu padrasto que gritou de dor e sentou no sofá.

- SE ENCOSTAR NELA DE NOVO CARALHO, EU VOU TE ACHAR NEM QUE SEJA NO INFERNO! E NÃO VOU ATIRAR NA SUA PERNA, VAI SER NA SUA CABEÇA FILHO DA PUTA DO CARALHO!! - ele atirou mais uma vez na coxa dele e saiu da casa.

antes de eu ir com ele olhei tudo em volta. Minha mãe chorando por causa do marido, meu padrasto morto de dor no chão e gritando como um bebê e o Mike que tava com um copo de água na mão olhando pra mim assustado e derrubou o copo em seguida. saí e entrei no carro sem falar nada.

(...)

chegamos lá e eu fui direto pro banheiro pra me lavar e pensar um pouco. o que ele fez foi incrível e de qualquer forma foi um aviso pro meu padrasto. eu me senti especial do jeito dele então acho que foi algo bom da parte dele. ele não é muito de demonstrar sentimentos, então aquilo me mostrou que ele realmente gosta de mim. Saí do banheiro e fui no quarto do ashtray e ele estava deitado mexendo no celular. eu me deitei do lado dele e coloquei as minhas pernas em seu corpo de uma forma que desce pra abraçar ele.

- valeu por hoje ash. - ele olhou na minha boca.

- não ia deixar aquele filho da puta sair assim. - dei um leve sorriso olhando pra baixo.

- Eu tô morrendo de dor - confessei e ele respirou fundo olhando pros meus machucados.

- eu não sei fazer curativo, foi mau

- não precisa. - respondi com um sorriso olhando pros meus braços e quando eu levantei a cabeça, ashtray tava bem próximo de mim.

Antes que eu pudesse fazer algo ele começou a beijar meu pescoço, e quando ele me beijou foi rápido e muito bom.

- maninho cade a.. - Fez falou entrando no quarto. nós paramos de nos beijar. - porra, desculpa. fecha a porta Caraí! - o fezco se irritou e fechou a porta de novo.

- saí daqui porra! - ele jogou uma almofada na porta enquanto o Fez fechava ela.

- que merda em. - ri um pouco com sua fala e ele riu também.

continuamos nosso beijo e ele passou a mão nas minhas costas alisando elas. eu ainda estava segurando seu pescoço e ele subiu as mãos até o mesmo, segurou em meus cabelos e ficou apertando meu couro cabeludo

- porra você beija bem pra caralho. - ele falou rindo de canto.

- treinei em muitas bocas - falei pra o deixar irritado, e foi com muito sucesso já que ele parou o beijo.

o Fez já tinha ido dormir, e tinha uma garota loira no sofá. levei um susto mais depois de beber água voltei pro quarto.

- quem é aquela dali no sofá em? eu levei um susto da porra. - falei rindo e ele ficou sério.

- é uma drogada do cassete que tá dormindo aqui por um tempo. - ele falou meio indignado com a situação então decide não tocar mais no assunto.

- posso mexer? - olhei pro computador e fiquei fazendo cara de cachorro pidão. ele só revirou os olhos e eu entendi como não. Então deitei no seu lado de novo.

- vai dormir que já tá tarde.- ele falou e eu assenti.

me deitei de lado e ele virou pro outro lado.

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hi!

𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪Where stories live. Discover now