𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪

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ashtray:

ouvi alguém bater na porta do lado de fora e fui atender.

era um cara com a farda do trabalho da emma. Nunca tinha visto ele antes e a emma disse que só tinha amigas no trabalho.

- oi cara, a emma tá aí? ela esqueceu o carregador na loja e vim devolver. - ele perguntou se aproximando.

- como que você sabe onde fica minha casa? - eu realmente queria saber.

- há, eu trouxe a emma pra cá uma vez. - ele falou e eu não me lembrava.
- foi quando você não podia ir buscar ela lembra? - disso eu lembrava, mais eu achei que tinha sido uma *amiga*.

- há lembro, eu devolvo. - peguei da mão dele e fechei a porta de casa.

a emma tinha me falado que era uma menina que trouxe ela naquele dia. Por que ela mentiu?..

(...)

emma apareceu em minha casa minutos depois.

entrou no quarto e já olhei pra ela daquele jeito.

- o quê foi? - ela perguntou confusa e me deu um ódio.

- naquele dia que cê veio pra cá depois do trabalho sozinha porquê eu não pudi te buscar, veio com quem? - perguntei pra saber o que ela responderia.

- eu não me lembro. - ela tava claramente se fazendo de sonsa.

- hum.. só perguntei porquê um cara veio aí e disse que já tinha te acompanhado até aqui. Mais o quê eu me lembro tinha sido uma garota né? - eu tava tentando não falar nenhuma merda pra ela.

- idai ash, isso já faz tempo. - ela falou se sentando na cama.

- há, agora você lembra? então porquê porra você mentiu emma? - perguntei puto da vida.

- porquê você ia ficar enchendo meu saco que nem tá fazendo agora! - ela falou alterada.

- nada a ver o que você tá falando. - falei.

- ash deixa isso pra lá vai, ele é gay mesmo. - ela revelou.

- espero mesmo que seja. - claro que eu ia me lembrar que ela mentiu pra mim.

(...)

- cê não vai acreditar! - emma fala muito surpresa. - a camily tá namorando!. - ela falou.

- quem é o doido? - perguntei.

- eu não sei, vamos conhecer hoje. - ela falou mexendo no celular.
- minha tia tá chamando você pro jantar de hoje a noite. - a olhei.
- cê vai? - me preguntou.

- se vai ter comida que não seja o macarrão ou cereal que como todo dia, vou sim. - falei e ela riu.

(...)

emma:

- você nem me deu um beijinho hoje. - falei com voz de bebê pro ash.

- que porra é essa com sua voz emma? - ele riu. - odeio esse negócio de fofinho. - ele fez uma careta chata.

- cadê meu selinho? - perguntei fazendo drama.

- se você não parar com essa porra eu vou te dar é um soco. - ele falou sério.

- tá.. parei! - falei normal e deitei na cama.

- voz chata do caralho. - ele ainda tava reclamando.

- vai ficar reclamando? - perguntei indo pra sua frente. - porque eu posso fazer isso o dia todo. - falei daquele jeito de novo e ele revirou os olhos me jogando pra longe dele.