O ashtray pegou o celular como se estivesse cansado, e pra ser sincera, com bastante desinteresse também.
Passou uns minutos e o ashtray ainda tava faltando com o dagger.
- ash, dá pra desligar? - perguntei porque aquilo estava me incomodando. Nunca temos um tempo assim e quando conseguimos tem, alguma coisa vem e estraga.
- espera um pouco. - ashtray disse sem nem mesmo me olhar e eu respirei fundo olhando pro caixa da loja.
Eu percebi que a garçonete tava olhando descaradamente pra nossa mesa, e quando finalmente ela percebeu que eu estava a encarando, sorriu envergonhada e voltou a trabalhar atendendo as mesas.
Eu achei super estranho, e logo olhei pro ashtray pra ver se ele tinha visto o mesmo que eu também, pena que ele estava ocupado.
- ash! - chamei a sua atenção mais uma vez e ele me olhou neutro como se não tivesse percebendo meu tom de voz. - manda o mathias parar de falar com você agora! - eu disse autoritária.
- amor, eu tô resolvendo negócios aqui. - owwww ele me chamou de amor!!! Certeza que disse só pra me deixar mais calma.
- me dá seu celular aqui rapidinho.. - eu tentei pegar de primeira mais o ashtray segurou com força, daí eu puxei o celular da mão dele e mandei:
"Mathias, depois você fala com o MEU namorado ok? Vc tá atrapalhando o nosso momento. TCHAU!"
Na mesma hora que desliguei o celular os pedidos chegaram na bandeja da garçonete. nosso pedido inteiro estava lá exceto o milk shake do ashtray.
- o seu já tá saindo. - ela disse já com todo o lanche sobre a mesa, o ashtray olhou pra mim daquele jeito arrogante e com um deboche no olhar que ele sempre faz quando tá meio irritado ou impaciente.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Desse jeitinho aqui. Ela saiu e logo em seguida voltou com o milke shake do ashtray.
- tem certeza que tudo isso foi apenas 6,00 dólares, emma? - perguntou.
- claro que eu tenho né. - eu respondi rápido e começamos a comer.
Conversando e comendo logo o tempo foi passando e a hora de ir embora chegou.
(...)
- quando a gente chegar lá em casa você vai me esperar no carro. - ashtray falou no meio da nossa conversa aleatória e eu o olhei sem entender.
- por que não posso entrar? - perguntei
- porque eu não vou demorar. - ashtray falou quase na mesma hora que eu como se já estivesse pronto pra me ouvir falar aquilo. - não quero que aquele cara te incomode. - terminou dizendo e eu entendi.
- tá, eu espero. - disse não ligando e continuamos conversando até chegarmos na rua de sua casa.
O fezco e os dois caras estavam fumando e bebendo do lado de fora sentados na calçada. Quando viram o carro se aproximar e o ashtray sair, logo olharam pra dentro do carro e me viram lá.
