𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪

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emma:

eu começei a ficar com muita fome depois de algumas horas que estava ali dentro, e me lembrei na janela que tinha no meu quarto.

abri ela e sai sem pensar duas vezes e acabei me machucando um pouco. mais mesmo assim corri na rua e um carro acabou parando no na minha
frente mais teve tempo de frear.

olhei pro vidro do motorista e a Abigail tava dirigindo e saiu do carro rápido.

- EMMA? - ela perguntou saindo do carro e eu a abraçei por impulso.
- o que aconteceu? - ela perguntou se soltando do abraço.
- vem vamo pra minha casa. - ela  falou e eu entrei no seu carro.

nós duas fomos pra sua casa e ela me colocou no seu quarto.

- o que aconteceu? - ela perguntou e eu não conseguia nem falar pela fome que tava sentindo.

- pelo amor de Deus me dá uma comida, qualquer coisa. - falei com a mão em minha barriga.

ela saiu do quarto e pegou um prato com carne e arroz dai eu começei a comer.

sabe, desde que eu parei de falar com a Abigail nunca mais a vi e as vezes eu pensava o quão babaca eu tinha sido com ela naquele tempo.

ela só fez algo que eu pedi pra ela fazer, e pela raiva que eu tava sentido por ter terminado com o ash, me segou, e eu não percebi o quão idiota eu fui com ela.

- me desculpa Abi. -falei porque era desse jeito que eu a chamava antes.

- do quê? - ela perguntou.

- por eu ter sido uma idiota naquele tempo com você. - respondi e ela respirou fundo.

- eu peço desculpa também emma.
- ela falou. - eu sabia que aquilo ia dar errado mais mesmo assim fiz porque gostava de você na época, e eu queria que você gostasse de mim também
- ela falou e eu a abraçei porque nós duas esclarecemos as coisas.

- a minha tia me prendeu no quarto.
- falei me soltando do abraço.

- eu sinto muito. -ela falou.

- foi só algumas horas tá...

- não sobre isso emma. - Abigail me interrompeu - sobre seu estupro.

- não foi culpa sua abi. - falei com a voz fraca

- ele se mudou aqui pra casa depois que você parou de falar comigo e tentou me estuprar também emma.
- ela falou e eu chorei. - ele quase conseguiu.
- ela falou olhando pra baixo

- como ele fez? - perguntei.

- minha mãe fez um suco pra nós dois e saiu de casa, ai ele tomou deixando um restinho de suco pra mim que tava cheio de calmante pra cavalo. - filho da puta
- ele me tocou depois que eu tava meia sonza e dai meu pai chegou em casa e ele fugiu. - ela falou e soltou uma lágrima.

- caramba abi. - falei e a abraçando

- ele foi preso por causa do meu pai que lutou pra isso. - agora fazia sentido a pena dele ter sido maior do que deveria. - foi dois dias não foi?
- ela perguntou e eu assenti me lembrando.

eu tenho tantas adolescentes ao meu redor mas nunca ouvi uma delas falar que já sofreu o mesmo que eu. Era bom falar com pessoas que entendiam na pele o que é sofrer isso.

- fiquei com depressão e tento ataques de pânico depois do que aconteceu..  dai começei a tomar remédios e depois parei, eu tava vendo que não tava ajudando a minha situação. - falei e ela tava muito atenta.
- minha tia tá querendo me obrigar a tomar a força os remédios. -falei e ela levantou levando o prato vazio pra pia da cozinha.