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ashtray:

puta merda como eu odeio gente drogada mais que porra!. Por mais que fosse esses bosta que me faz ter o que comer, eu odeio. Se fosse possível matava todos, menos a rue, ela me faz sorrir as vezes.

a morena foi embora e eu fiquei trabalhando na merda. Fiquei até as 04 da manhã na porra do parque de diversão, ATÉ AS 04 DA MANHÃ!.

eu cheguei em casa puto pra caralho e morrendo de cansado, em vez de eu pensar em dormir a unica coisa que veio na minha cabeça foi a porra da tatuagem da emma.

aquela aranha no braço dela é quase igual a minha e na hora que eu tava fazendo aquela porra no meu pulso pensei nela. Lembrei também o que aconteceu com ela.

ela ia ter a primeira consulta com a terapeuta depois da escola e eu queria levar ela. Eu só consegui dormir depois de fumar e tive que esperar um tempo pra fechar os olhos porque se não era capaz de morrer depois de fumar.

(...)

- acorda irmão, tem que ir trabalhar. - fezco ficou me empurrando da cama

- para caralho. - eu pego um travesseiro e bato nele sem abrir os olhos. - sai daqui vai. - virei pro outro lado.

- você vai perder a hora de levar a emma. - ele falou.

- que hora é? - perguntei. a terapia era as 13:30

- 13:00 da tarde. - o fezco falou e meus obriram rápido pra cassete.

levantei da cama e fui pro banheiro.
tomei banho e escovei os dentes, fui pra o quarto e me arrumei um pouco ia sair de casa e esqueci de passar perfume.

eu posso ser um traficante, mais eu tenho que tá cheiroso pra caralho. Voltei, passei o meu perfume caro pra carai e peguei um pedaço de pão pra comer no caminho.

vi a emma no portão da escola e ela foi em direção ao meu carro.
ela sorriu e parecia triste eu sorri forçado em vê ela mentindo e em seguida ela entrou no banco do passageiro.

- que demora. - ela falou e eu a olhei vendo que a mesma cheirou meu pescoço. - perfume novo? - ela se afastou e colocou o cinto de segurança.

- é. - falei. - vamo? - perguntei e ela assentiu.

(...)

- manda mensagem quando terminar. - eu falei e a dei um selinho.

- tá. - ela sorriu forçado de novo e parecia triste por dentro.

emma:

entrei no consultório e que frio que tava, tinha tantos arcondicionados naquele lugar que aposto que os choros das pessoas saim como gelo.
ainda bem que trouxe um moletom.

coloquei o meu moletom e esperei na cadeira de espera.

- emma cooper. - a recepicionista chamou meu nome. eu levantei minha mão - pode ir pra sala de atendimento. Fica na última porta do corredor a esquerda. - ela me instrui e eu fui.

confesso que eu tava com medo, não sabia o que dizer ou como eu ia falar algo pra ela. Sabia que era uma mulher, em casos de abuso sempre são...

bati na porta e a voz mandou eu entrar. abri a porta e ela estava lá com um sorriso simpático sentada na poltrona cheias de almofadas de couro.

- emma, pode se sentar ou se deitar aqui. - ela falou meu nome e apontou pra uma daquelas cadeiras de psicólogos sabe?

a sala é bem aconchegante e é o único lugar que eu não senti tanto frio. Eu decidi me sentar e ela começou a falar.

𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪Where stories live. Discover now