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Emma:

- cê tem certeza que não errou a conta? - o Mathias perguntou e quando olhei suas mãos elas estavam tremendo de nervoso

O ashtray me disse que a ex namorada do mathias morreu, e que ele se sentia culpado, já que foi morta pelo inimigo e tal. Era claro que naquela situação ele estava praticamente revivendo tudo de novo.

- eu já disse que tá! se não acredita se fode.- o ashtray se irritou porque desde que entramos no carro o Mathias já tinha perguntado várias vezes. 

- ash.. - o fezco falou com uma voz de desaprovação.

O carro parou em um beco escuro que ficava entre dois prédios velhos e confesso que fiquei com medo de descer do carro. Mas todos saíram, e eu não ia ficar sozinha.

- vem - o ash segurou minha mão firme e fechou a porta do carro.

Ele entrou no prédio a esquerda e logo na entrada já tinha um cara armado na porta do apartamento. 

Entramos lá e todos estavam sérios, o Mathias mudou totalmente a postura. No carro ele tava claramente com medo, mas ali dentro, o medo tinha ido embora.

- olha, eu tenho que aplaudir vocês. - a mulher saiu de um dos quartos do apartamento e se sentou na cadeira da mesa. - podem sentar. - o fezco se sentou e o Mathias também. Mas eu e o ash ficamos em pé pela teimosia da parte dele e ela ficou observando

- tá aqui. - o fezco pois a mochila na mesa e ela mandou o capanga abrir com um gesto.

- bom, isso vai demorar né? 12.000 não é pouca coisa. - outro capanga foi pra perto da mesa com uma máquina de contar dinheiros de cédulas altas. - e vocês aí, não vão se sentar não? - perguntou pro ashtray e ele continuou calado com a cara fechada.

Eu sabia que por teimosia o ashtray não vai se sentar. E eu também sei que ele não vai soltar a minha mão de jeito nenhum. Então eu caminhei até a mesa pra me sentar e ele teve que vir junto resmungando no meu ouvido.

A mulher ficou olhando a cara do ashtray e pra minha também.

- cadê elas? - eu  perguntei pra ela depois de encara-lá. O ash apertou minha mão forte de baixo da mesa como se estivesse dizendo pra eu parar de falar e eu apenas ignorei.

- conhece uma tal de Isis? - perguntou ela pra mim e eu fiquei quieta. - essa aí tava dando muito trabalho.. disse que peguei a pessoa errada e então ela falou um nome: emma. Disse o endereço, onde estudava, falou o nome da família..

Filha da puta do caralho!

- na próxima vez Emma Cooper, eu não vou errar. - ela disse olhando em meus olhos e depois sorriu de canto com superioridade.
- pode trazer elas.
- ela virou o rosto levemente pro cara do seu lado e mandou ele ir buscar as meninas.

O homem voltou com elas mas a Isis tava com um pequeno machucado no canto da boca, parecia que tinha levado um tapa ou sei lá.

- aqui querida. - a mulher olhou pra mim de novo e disse com a voz calma - agora olhando assim, vocês duas não são muito parecidas. - ela continuou e se referiu a eu e Isis.

- pronto. - o homem que tava contando o dinheiro alertou ela depois de ums 15 minutos - tudo certo. - assim que ele disse ela parecia ter se aliviado e sorriu alegre pro fezco e o dagger.

- muito bom fazer negócios com vocês. - a moça virou a cabeça pro lado e deu ordem pro rapaz soltar as três garotas e assim ele fez. Mia ficou aliviada e na hora que a soltaram eu fui quase que de imediato ao seu encontro.

- cê tá bem? - perguntei a ela analisando cada parte do seu corpo com as mãos.

- t-tô. - mia ainda estava assustada e tentando processar tudo.

𝕞𝕚𝕟𝕖-𝔸𝕤𝕙𝕥𝕣𝕒𝕪Onde as histórias ganham vida. Descobre agora