Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, oferecem os seus cumprimentos aos leitores deste livro.
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⚠️Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas rea...
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--- Sev?
--- Sim S/n. --- Severo diz sem tirar os olhos do livro de poções em sua mão.
--- Nada. --- Você olhou para ele e sorriu.
Snape é seu melhor amigo, e o responsável por te fazer ter devaneios excessivos.
--- Não creio que seja nada, vamos me diga. --- Ele fecha o livro.
--- Bem, eu estava pensando, o baile de inverno é em dois dias.
Severo coça a nuca e olha ao redor.
--- E eu ainda não tenho um par, assim como você...
--- Pensei que Regulus a tivesse chamado, S/n.
--- Ele chamou, mas...
--- Então você tem par. --- Ele recolhe o livro e começa a sair da biblioteca.
--- Eu o recusei. --- Você segue ele.
--- E por qual razão? Você gosta dele desde o segundo ano.
--- Não gosto mais, pra falar a verdade tenho me afeiçoado por uma outra pessoa.
Severo permaneceu em silêncio por alguns minutos.
--- Tenho certeza que encontrará alguém para te acompanhar, S/n.
--- Talvez pudéssemos ir juntos, Sev.
--- Eu não vou. --- Ele para abruptamente.
--- Mas Sev, é o nosso baile.
--- Sinto muito. --- Ele torna a andar, te deixando para trás.
Se apaixonar pelo melhor amigo era a coisa mais complicada do mundo, pois de um lado existe uma pessoa que acredita que o amor apenas se intensifica e do outro alguém com medo de arruinar a amizade. Severo de um jeito ou de outro estava dos dois lados.
Vocês se conhecem desde a infância, seus pais estudaram juntos em Hogwarts, e vocês são inseparáveis.
Severo foi tomado por pensamentos românticos no momento em que percebeu o quanto você é bonita, ele já sabia disso é claro, mas quando você passou a receber flertes dos meninos da escola, ele compreendeu que o que ele via era realmente belo e o que ele sentia em suas entranhas quando te via era ciúmes.
E agora de repente, você passou a sentir o mesmo por ele? Isso fazia pouco sentido em sua cabeça, afinal o que ele tinha a oferecer a você? O jovem Snape não conseguia enxergar a si mesmo como merecedor de amor.
--- O que está fazendo aí? --- Narcissa e Lucius adentram a comunal.
--- Apenas pensando. --- Você estava sentada no chão, observando a lareira.
--- Snape outra vez?
--- Ok, deu minha hora. --- Malfoy deixa vocês sozinhas.
--- Você devia dizer a ele como se sente. --- Ela te puxa para o sofá.
--- Ele não me dá chances de fazer isso, tudo o que mais queria fazer Cissa era dizer a ele, tirar tudo isso do peito.
Snape que estava em seu dormitório descia para a comunal, mas ele para quando ouve dizerem seu nome na conversa.
--- Ele sente o mesmo que você é claro, só deve ter medo de se machucar ou de estragar a amizade de vocês.
--- Eu também tenho medo Black, mas não posso evitar, eu estou...
--- Apaixonada?
--- Completamente.
[...]
--- Fico feliz que tenha vindo.
--- Você me obrigou, loira.
--- Sim e agora você vai ficar aqui paradinha enquanto eu pego uma bebida para gente. --- Narcissa fala e sai andando.
--- Não precisa, eu... E ela já foi.
Você cruza os braços meio retraída e olha ao redor os pares se juntando no meio do salão. Até que seus olhos te levam até um certo sonserino descendo as escadarias. Você engoliu nervosamente em seco e quando ele olhou em sua direção você virou de costas.
--- Aqui sua bebida. Você viu quem decidir vir ao baile? --- Ela sorri.
--- Calada, Black.
--- Eu o convenci a vir. --- Lucius toma de sua própria bebida.
--- Você o convenceu querido?
--- Sim, S/n estava monopolizando demais a sua atenção, senti sua falta.
--- Ela já era minha amiga muito antes de te conhecer, Barbie.
Vocês ouvem um pigarreio e se viram.
--- Com licença, S/n. --- Snape mantinha as mãos nas costas.
--- Eu vim... --- Ele caminha os olhos pelo seu vestido. --- Está linda, S/n.
--- Você também, Severus.
--- Eu...
--- Você?
--- Eu sinto muito.
--- Pelo que?
--- Por ter sentido pena de mim mesmo esse tempo todo. Eu me escondi dentro dos meus muros invisíveis e não enxerguei ou melhor não quis enxergar o que acontecia ao meu redor.
Você prestava atenção em cada gesto que ele fazia.
--- Estou divagando. --- Ele ri fraco. --- Sempre faço isso quando estou pensando em você e falando com você.
Você permanecia em silêncio.
--- Seus olhos são tão lindos, eles fazem eu me perder, me sentir pequeno e muito bobo. São os mais belos olhos que já vi.
Você sorri desviando o olhar dele. Snape considera esta uma das visões mais perfeitas do universo.
--- Eu não entendo Sev, aonde quer chegar?
--- Eu me apaixonei pela minha melhor amiga, e eu sempre quis o melhor para ela. O melhor para você S/n. Por isso eu mantive as paredes bem altas.
Snape fechou os punhos e respirou fundo.
--- Mas, você mesmo sabendo de todos os meus segredos, mesmo me conhecendo, tendo nota de cada dor na minha alma, cada fraqueza que oculto, mesmo assim você... Me desculpe, eu não queria ouvir suas conversas particulares. --- Ele olha para baixo.
--- Continue. --- Você pede.
--- Eu não queria que achasse que seus sentimentos não são correspondidos.
--- Eles são?
--- Há muito tempo. --- Severo eleva o canto do lábio num sorriso quase imperceptível.
Snape se aproxima de você, ele pega em sua mão, e quando uma música lenta toca ele te tira para dançar.
Severo mantém uma mão em sua cintura e a outra mais acima em suas costas.
Você mantém as mãos nos ombros de Snape e agradece por ter escolhido usar salto essa noite, do contrário estaria dançando sob as pontas dos dedos.
--- Eles são tão fofos. --- Narcissa fala com a cabeça deitada no ombro de Lucius. --- Você não o convenceu apenas por ciúmes, não é? Você quer vê-los juntos tanto quanto eu.
--- Não sei do que está falando. --- Malfoy a gira.
Ele olha mais uma vez para você e Severo dançando e ele sorri. Lucius sente-se orgulhoso de seu feito.
