Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, oferecem os seus cumprimentos aos leitores deste livro.
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Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas rea...
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Você estava tomando um chá com Lily e Dorcas em sua casa, suas amigas que mesmo após Hogwarts permaneceram por perto.
--- Seus brincos são lindos. --- Você elogia Meadows.
--- Eu comprei para usar no casamento, mas decidi não tirá-los nunca mais. --- Ela sorri.
--- Que casamento?
Lily e Dorcas se encaram, nenhuma delas foi capaz de dizer a você, elas pensavam que estavam te poupando, mas dessa vez não havia mais como esconder.
--- Hmm é... --- Ela abre e fecha a boca repetidas vezes, mas não consegue projetar palavra alguma.
--- O que houve? Que casamento, gente?
Lily repousa a xícara de chá na mesa e toca em seu ombro.
--- Remus se casou. --- Ela diz como quem puxa um band-aid, rápido.
--- Ele... Ele... Casou?
--- Sim, tem um mês.
--- Ele casou a um mês?? --- A xícara cai de sua mão.
--- Lamentamos muito não ter contado, ainda era muito cedo, não queríamos que você se machucasse mais. --- Dorcas se apressa em dizer.
--- Isso não faz sentido. --- Você murmura baixinho. --- Eu não acredito em vocês.
--- É verdade S/n, sentimos muito. --- Elas te olham com compaixão.
Você levanta de sua cadeira e anda até a janela, você fica com os olhos presos em sua roseira, mas os pensamentos estão muito mais longe.
--- Podem deixar aí, depois eu limpo. Vocês poderiam ir embora? Eu preciso de um momento sozinha.
--- S/n...
--- Por favor. --- Você diz firme.
Elas saem e você deixa a primeira lágrima escorrer pelo seu rosto.
[...]
--- O que é isso, Lupin?
--- Isso minha querida e maravilhosa namorada é a planta de nossa futura casa.
--- E você quem fez? Está muito bom.
Você o abraçava por trás com a cabeça repousada em seu ombro.
--- Será o nosso lar, construiremos nossa família aqui. --- Ele vira o rosto e te beija.
--- Parece que você pensou em tudo. --- Você sorri.
--- Com certeza eu pensei em tudo. --- Ele se levanta e te abraça. --- Até nos nomes dos nossos filhos.
--- Filhos? No plural?
--- Sim senhora, teremos 3. --- Ele beija seus lábios. --- Um mais velho vamos chamá-lo de Tom, depois outro menino e estou pensando em Benjamin e por fim uma linda garotinha, nossa Emma.
--- Eu te amo, Remus Lupin. --- Você o beija. --- Mas sabe, o mais importante ainda não aconteceu.
--- O mais importante? E o que seria o mais importante? --- Ele finge inocência.
--- Sabe... Eu ainda não sou a senhora Lupin.
--- Isso é verdade. --- Ele franze a testa. --- Como não pensei nisso ainda? --- Ele afasta tampando a boca. --- Teremos que resolver isso então.
Remus ajoelha aos seus pés, ele tira um anel de seu bolso e faz o pedido.
[...]
As lágrimas não paravam mais de cair. Você não sabia o que podia ter dado errado, o que mudou, para onde todos aqueles planos foram parar?
Secando as lágrimas você volta a sala, pega aquela xícara que se espatifou no chão e uma memória toma conta de sua mente.
[...]
--- Não entendo, o que isso tudo significa? Você precisa de um tempo é isso? Você está assustado? --- Você chorava para o homem em sua frente que passava repetidas vezes a mão no cabelo.
--- Eu achei que eu pudesse S/n, eu achei que eu fosse conseguir.
--- Remus nosso casamento é amanhã, você não pode fazer isso comigo.
--- Eu... Eu não...
--- Você não o que? Você não me ama mais? É isso que está tentando dizer?
--- Acho que não consigo viver isso, essa família perfeita, todas essas coisas. --- Ele estava visivelmente inquieto, movimentando as mãos e andando de um lado ao outro.
--- Você prometeu me amar pra sempre, você quebrou sua promessa. --- Suas lágrimas caíram sem cessar.
--- Eu sinto muito, S/n. --- Remus recolheu o seu malão e saiu pela porta.
Sua cabeça girou, seu estômago revirou, você sentiu palpitações no peito. O seu mundo estava desmoronando. Sua visão ficou embaçada, você andava sem rumo pela casa, na porta da cozinha você tropeça e cai.
Sem mais forças você apenas fica ali, o seu peito arde, seu coração sangra.
Ele destruiu tudo em um segundo, tudo o que vocês planejaram. O doce Remus não existia mais, o seu inocente rosto, não é mais tão inocente assim. Você adormece no chão frio, horas depois quando acorda e tenta se mover, suas costas batem no armário e a xícara cai em seu colo.
[...]
Você precisava ver, você tinha que ver. O que ela tinha de especial que você não tinha?
Remus morava em uma pequena casa com ela, você pode ver que estava em reforma e a barriga de sua esposa estava saliente.
Todas aquelas promessas ele cumpriu, mas não com você, foi com outra. Você viu os lábios dela no pescoço dele, como você fazia, será que ele lembrou de você alguma vez? Como ele pode fazer isso?
Você desaparatou para sua pequena e solitária casa.
