²⁰Rᴇᴍᴜs Lᴜᴘɪɴ - Mᴇ ʙᴇɪᴊᴇ

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 Você saiu correndo e se trancou no banheiro

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Você saiu correndo e se trancou no banheiro. Colocou as mãos na pia e encarou seu rosto vermelho de tanto chorar no espelho.

Alohomora. — Você ouviu uma voz dizer o feitiço e entrar pela porta.

— Vai embora, Remus. — Você pede com a cabeça baixa.

— Não, eu não vou embora, você não pode me dizer que me ama e sair correndo. — Ele para atrás de você.

Você não consegue controlar as lágrimas e elas correm rápido pelas suas bochechas, lava o rosto, ergue a cabeça e o olha através do espelho.

— É isso Remus, eu gosto de você, tá bom? — Você se vira para ele. — Droga eu gosto de você desde o primeiro ano, eu gosto de você mais do que um amigo, é isso, agora chega vai embora. — Você volta a ficar de costas para ele.

— Por que não me disse antes S/n, por que nunca me contou nada? — Ele toca no seu ombro.

— Isso não importa mais, você está com ela agora. — Você se vira para ele com a voz embargada.

— Mas S/n...

— Remus, por algum motivo achei que tivéssemos chance algum dia, para ser franca eu achei que você gostasse de mim também, mas estava tão emperrado em expressar os sentimentos quanto eu.

Você abaixa mais uma vez a sua cabeça, e ele levanta o seu rosto segurando o seu queixo.

— Eu te amei S/n, eu amei você a cada dia desde a primeira vez que te vi. — Ele pausa e seca uma lágrima em seu rosto. — Mas estou com a Agatha agora

Você deixou mais uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Ele caminha até a porta, mas para de costas para você.

— Isso não é justo, S/n. — Ele levanta a voz. — Por que não me disse antes? por que? Eu fui apaixonado por você por anos e agora que estou finalmente seguindo em frente você me diz que me ama? — Agora ele é quem chorava.

— Você disse que também me amava, por que VOCÊ não disse? — Você diz o encarando depois dele se virar para você.

— Porque eu nunca achei que teria chance com você, nunca. — Ele leva as mãos à cabeça. — Meu Deus olha pra você. Eu nunca achei que você fosse gostar de um cara como eu.

— Um cara como você? A porra de um cara como você? O que você quer dizer com isso? — Você seca as lágrimas e grita exaltada.

Você abaixa a cabeça e busca ar nos pulmões.

— Um cara que me respeita, que me tratou bem todos esses anos, que não se aproximou de mim só por causa da porra do meu sobrenome, alguém em que confio e que confiou em mim para contar o seu maior segredo? — Você movimentava as mãos. — É, com certeza um cara como você, seria terrível para mim Remus Lupin.

Você voltou a encarar a pia.

— Vai embora, por favor. — Você pediu a ele tentando controlar a respiração.

Ele sai do banheiro e fecha a porta, fica ouvindo o seu soluço e seu choro com as costas na parede, ele sabia que devia ir embora, ele devia voltar para o seu dormitório, ele devia voltar para a sua namorada, mas ele entrou no banheiro novamente.

Você o olha e ele se aproxima te olhando nos olhos, segura o seu rosto com ambas as mãos, e encosta a testa na sua, as lágrimas de vocês se misturam.

Você coloca as mãos no peito do garoto.

— Eu sinto muito. — Você foi a primeira a dizer.

— Eu também sinto.

Você o afasta um pouco para trás, e ele deixa os braços caírem ao lado do corpo, imagina em como a situação de vocês seria diferente se tivessem tomado coragem para confessar os sentimentos um ao outro muito antes.

Seria um namoro muito longo e muito feliz, você já conhecia o pai dele e ele te adorava, sua família admirava muito Lupin, vocês teriam a aprovação de todos, os seus amigos provavelmente comentariam que já estava na hora, que vocês enrolaram demais e que todos já suspeitavam que isso aconteceria.

Por que vocês não suspeitaram que isso deveria acontecer? Por que você teve que dizer a ele esta noite, num jogo estupido de verdade e desafio, nesta noite depois dele iniciar um namoro com uma garota que você nem sabia que ele gostava?

Remus não pensava muito diferente de você, ele só queria secar as suas lágrimas, como ele fazia sempre, ele só queria te envolver em um abraço debaixo do edredom como vocês sempre faziam, ele estava muito desapontado consigo mesmo por ser o motivo de fazer a sua amiga sofrer, logo ele quem sempre esteve por ela em todos os momentos difíceis.

— Se eu pudesse voltar no tempo eu jamais teria ficado com ela, eu correria para você, eu abraçaria você e não soltaria nunca, eu beijaria você até não ter mais ar nos pulmões. — Ele passa as mãos no rosto, tentando inutilmente secar as lágrimas. — Então você teria que me fazer respiração boca a boca para me acordar e eu continuaria te beijando depois disso. — Você ri baixinho da piada do garoto. — Mas não posso fazer isso com ela, S/n, você sabe.

Ele está com a aparência mais destruída de todas, você nunca o viu tão desgrenhado. Nem após suas transformações.

Ele dá mais um passo para trás, mesmo sabendo que não queria se afastar de você.

— Espera, só um pouco por favor. — Você diz num engasgo.

Ele não resiste, ele estava esperando que você pedisse que ele ficasse, ele te queria, droga como ele queria. Ele voltou até você novamente, e você podia ver o brilho nos olhos dele.

— Me beije. — Você pede com os seus olhos enormes e brilhantes

— O que?

— Me beije Remus, só um beijo. — Você seca as últimas lágrimas que caíram. — Você ainda vai voltar para ela de qualquer maneira, eu só quero um beijo. Beije-me.

Ele encara os seus lábios.

— Você escolheu a ela não a mim, eu só peço um beijo.

Ele passa a mão pelo seu rosto, você fecha os olhos absorvendo o carinho dele, ele passa o dedo pelo seu lábio e aproxima o rosto do seu. Abrindo os olhos, você pode ver o quanto os olhos dele brilham, as cicatrizes tão de perto não parecem que a fizeram sofrer tanto, elas o deixam ainda mais lindo.

Ele engole em seco.

Parece uma eternidade o caminho em que suas bocas percorrem até finalmente se encontrarem. Quando ele encosta o lábio no seu, você o beija, era o seu beijo, seu primeiro e único beijo com o garoto que você amava. Ele segura firme seu cabelo entre os dedos. Você o puxa pela gola da camisa.

As grandes mãos dele caminham pelas suas costas, apertam a sua cintura e rapidamente passam pela sua bunda.

Você sabia que seria o único momento em que ele seria seu, você não podia pedir que ele deixasse a namorada por você, ele iria embora. Então não queria parar de beijá-lo.

Você dava nele pequenos selinhos castos nos intervalos para respirar.

Depois ele te olhou nos olhos uma última vez e te deixou sozinha no banheiro. Era a única coisa dele que você teria, você tocou em seus lábios e fechou os olhos.

Ele foi embora, ele a escolheu, ele está com ela agora, seria apenas um beijo, você repetiu essas palavras para si mesma enquanto voltava para o seu dormitório.

Antes de poder entrar na sua comunal, ouve passos rápidos atrás de você. Você se vira para olhar um Remus que parecia cansado de tanto correr.

— Eu escolho você.

Foram as únicas palavras que ele mencionou antes de capturar os seus lábios novamente. 

IᗰᗩGIᘉᕮS ᕼᗩᖇᖇY ᑭOTTᕮᖇ ⁽ˡᶦᵛʳᵒ ¹⁾Where stories live. Discover now